Capítulo 18 - Isso sim é um encontro ❤

593 81 0
                                    

" Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor."

1 João 4:8


— Você está linda – Vincent disse me fazendo corar. — Ainda bem que veio arrumada. Tenho uma surpresa para você – Ele estendeu sua mão e eu aceitei. Ele me guiou até a parte externa da sua casa.

Era um jardim lindo e bem extenso, tinha algo planejado ali e era muito bonito, tinha um violão, almofadas e alguns comes e bebes, ele me olhou de soslaio e eu fiz o mesmo, contudo não contive meu sorriso, aquilo estava lindo. Tinha um véu cobrindo a parte das almofadas no chão, estava tudo bem arrumado e... romântico.

Não sou lá a maior fã de romantismo, mas tenho que admitir ter gostado daquilo. Tinha também algumas flores prendendo o véu formando um tipo de tenda, um pano lilás cobrindo o chão, era uma bela visão;

— Você fez isso tudo só para um ensaio? – Inquiri.

— Não exatamente – Ele me guiou novamente, mas dessa vez para se sentar com ele entre as almofadas ali no chão.— Nós não conseguimos ter um encontro nenhuma vez em dois meses então achei legal unir o útil ao agradável – Ele pegou o violão que estava ao lado dele e começou a afinar o mesmo.

—Você pensou em alguma música? – Perguntei, pegando alguns morangos que estavam me chamando.

Eu tinha que me distrair, não podia ficar encarando o quanto ele estava bonito naquela roupa ou na boca dele que parecia um tanto quanto convidativa. Eu não queria confundir as coisas, mas isso já estava acontecendo e também eu provavelmente estava com cara de idiota comendo aqueles morangos.

— Sim, eu pensei na música Love is war, do Hillsong, o que acha? – Ele voltou seus olhos para mim e eu apenas sorri e concordei — Seu sorriso... – Ele deu uma pausa para falar, soltou o violão e se aproximou de mim, ele tinha o poder de me deixar nervosa.

Seus olhos fixaram nos meus e em seguida os dele correram por todo meu rosto e parou na minha boca. Senti as bochechas corarem e um tremor violento tomar minhas pernas, se eu estivesse de pé, iria precisar de ajuda, com certeza.

— O-O que tem meu sorriso? – Gaguejei, nunca me senti tão envergonhada, ele abaixou a cabeça e deu uma risada então dei um tapa de leve na sua cabeça, ele levantou a cabeça e olhou fixo nos meus olhos.

— Seu sorriso tira meu oxigênio – Ri de leve e ele passou uma das suas mãos no meu rosto, não resisti fechar meus olhos para apreciar seu carinho. Ele pegou um dos fios fujões e pôs atrás da minha orelha. — Bem, vamos ensaiar.

Ok. Não era isso que eu queria agora, mas acho que ir devagar não era uma má ideia, afinal.

— É, vamos – Acedi a contragosto.

Ele pegou novamente seu violão. Pigarreei um pouco fazendo com que ele soltasse uma gargalhada gostosa de se ouvir. Acho que nunca tinha prestado atenção nela.

Começamos a ensaiar a canção e foi como uma sintonia, aproveitamos para conversar sobre ideias para a igreja e tudo mais, um certo momento paramos e deitamos na grama um pouco mais distante dali e ficamos lado a lado olhando o céu e conversando sobre a criação do mundo. Depois voltamos a ensaiar e ficamos um bom tempo cantando. Nós fazíamos um par vocal muito bom, não é apenas porque eu gosto dele, mas realmente combinamos vocalmente, numa sintonia extraordinária.

Ele fazia meus olhos faiscarem, eu me cativava sempre que ouvia ele falar da fé e do amor dele por Deus, meu coração palpitava forte de emoção ao ouvi-lo cantar doce e apaixonadamente, não era para mim que ele cantava, a sua paixão era redirecionada para Ele e isso me surpreendia toda vez. Eu realmente queria ser assim, com tanta paixão, estou me reaproximando aos poucos d'Ele, mas já sinto meu coração arder em algumas coisas, como antes.

UMA CARTA PARA MIMWhere stories live. Discover now