Capítulo 2 - De cara com a Barbie ❤

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Assim que saí, bati de frente com uma menina e todos os seus livros – que reparei não serem didáticos – foram derrubados no chão. Fiquei em pé suspirando pensando se minha situação podia piorar. Abaixei para ajudá-la enquanto ela se recompunha do tombo que acabara de sofrer.

— Foi mal. – Disse, entregando os livros a ela.

— Tudo bem. – Sussurrou enquanto eu a ajudava levantar. — Você é nova, está com a Amanda? – Perguntou ainda sussurrando.

— Sim, mas porque estamos sussurrando? – Pergunto a ela.

— Ah, desculpe. – Sua voz se normaliza. — É que eu não posso ser pega fora do meu quarto.

— Angelina, você... – Amanda sai em disparada do quarto. — Ah, oi Kathy. – Ela diz com um sorriso. — Todo mundo enlouqueceu aqui, vocês não podem sair! – Ela disse. — Porque as duas estão conversando, alias?

— É porque ela não prestou atenção. – Respondi.

— Você que precisa ter mais atenção ao sair do quarto. – Ela arqueou a sobrancelha.

— Ah não, gente. Sem brigar. Entre logo. – Amanda puxa Kathy para dentro do quarto e deixa a porta aberta para mim. — Anda.

— Porque eu entraria – Bufei e segui andando para sair do dormitório.

— Qual parte da advertência não entendeu? – Ela falou um pouco alto para eu ouvir.

— A parte que eu não estou nem aí – Revirei os olhos e continuei olhando.

Enquanto eu me afastava do meu quarto fiquei aliviada em não ouvir os passos de Amanda atrás de mim, apesar dela mesma ter dito que não tem interesse em falar comigo é o que mais está fazendo hoje.

Continuei encarando os corredores da minha nova casa. Não é tão ruim enquanto está vazia, parece até um bom lugar e tranquilo.

Desci as escadas e parei em uma sala de estudos, espiei para ver se tinha alguém e para a minha alegria estava vazia então fui até a estante que estava ali e passei a mão pelos livros em busca de algum interessante. Porém, apenas livros de física espacial, química orgânica, dentre outros. Nada de mais.

Vi alguns computadores e pufes coloridos. Com certeza os computadores eram protegidos por senha, então nem adiantava tentar.

Saí da sala de estudos e fui aos corredores e enquanto eu caminhava algumas vozes foram surgindo e cada vez mais eu estava perto. Então ao longe vi uma amazona. Alta e loira com olhos bem verdes, nariz com alguma plástica – devo acrescentar – cintura fina e bustos bem fartos. Ao seu lado uma morena dos cabelos longos e franja que quase cobria seus olhos, ao lado da mesma outra loira, que também me olhava com nojo.

As três vieram na minha direção e eu apenas fiquei parada as encarando. Acho que elas vão tentar me intimidar. Dei de costas antes que chegassem até mim, mas acho que era tarde. Uma delas segurou meu braço:

— Ei, novata. Porque está andando por aí uma hora dessas? Não te disseram que não pode? – A loira de olhos esverdeados me questionou.

Tirei meu braço da mão da loira com nariz em pé, ao lado da amazona.

— Você também não devia estar aqui. – Cruzo os braços.

— Acontece que eu sou a irmã do diretor. Elise. Eu tenho privilégios que não são dados a você, coisinha. – Rosnou.


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UMA CARTA PARA MIMWhere stories live. Discover now