Capítulo 15 - Sinal ❤

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Fechei meus olhos para apreciar a música, mas um dos meus fones foram tirados e senti uma respiração quente ao pé do meu ouvido, fiquei imóvel.

— Oi anjo – A voz suave de Vincent saiu e me deu calafrios. — Que isso? – Ele riu por eu ter me contorcido toda pelo calafrio.

— Tá rindo de que? – Vociferei, tirei o fone e joguei na mesa do refeitório.

— Porque você tem que ser tão geniosa? – Ele mudou a expressão e eu me calei.

Apenas bufei. Tá, ele acabou com meu autocontrole em um segundo.

— Desculpa – Pronunciei devagar e baixo.

— Que? Não ouvi direito – Colocou a mão na orelha zombando de mim.

— Você ouviu – Revirei os olhos e ele se sentou na cadeira na minha frente. — Foi mal pelo que eu disse, eu não costumo pensar muito antes – Olhei para as minhas mãos. Senti ele se aproximar de mim, colocou a mão no meu queixo e me fez levantar o olhar e admirar seus olhos, como ele olhava os meus.

— Então você acha que temos uma ligação? – Ele sorriu de lado e colocou um fio do meu cabelo atrás da orelha.

— Não força – Tirei a mão dele de mim e ele riu, ri junto com ele.

Sem que eu pudesse me preparar ele se levantou e me abraçou, um abraço que me surpreendeu muito. Eu hesitei por alguns segundos, mas me deixei levar pelo abraço aconchegante que ele me proporcionava, me ajeitei em seu peito e fechei meus olhos podia ouvir as batidas do seu coração, estava rápida, como o meu.

Aquelas borboletas voltaram, eu não estava com raiva dele, havia se dissipado totalmente. Eu queria uma segunda chance para mim mesma. E realizar o desejo da minha irmã de seguir em frente.

Nos desgarramos do abraço e ele ficou me olhando por alguns minutos que mais pareceram horas, meu rosto estava queimando, eu olhava de soslaio e percebia os olhares a nossa volta. Ele sorriu e me deu um beijo no topo da cabeça.

Eu só queria saber quem tinha sido o namorado da minha irmã, quem tinha a iludido a ponto de ela querer se matar. Eu estava convencida de que Vincent não podia ser, ele é meigo e não é do tipo que ilude alguém. Pelo menos eu espero que não, não dá para dizer ao certo.

— Vou te levar pra sair de verdade agora. – Ele me deu um peteleco e se sentou de novo.

— Ruiva! Te achei, pensei que seria mais fácil – Bernardo apareceu afobado e se sentou ao meu lado.

Olhei para Vincent que levantou imediatamente e foi em direção ao balcão para pegar comida, eu baixei a cabeça e dei uma risada da reação estranha dele. Amanda apareceu, mas não parou para falar nada, apenas foi pegar a comida junto com Vincent, olhei de esguelha e ela não parecia estar muito bem. Afinal, nem tinha ouvido a voz dela ainda.

— Oi cabelo de fogo – Senti a mão da nojenta puxar meus fios e me levantei enfurecida logo em seguida, já sabia quem era muito bem. — Ela tá nervosinha – Debochou.

Ela me pegou pelo braço e me puxou, mas Bernardo interviu e fez ela soltar meu braço, ela olhava de cima a baixo para ele e ele a olhava mortalmente, ele era como um irmão protetor, ele já surrou um menino por apenas puxar meu cabelo isso foi a muitos anos atrás, claro, éramos crianças.

Elise ainda continuou encarando-o, como se fosse um pedaço de carne suculento. Não conseguiu disfarçar, igual a Vitória.

— Vejo que seguiu meu conselho e se afastou do que não te pertence – A morena ao lado de Elise falou, me lembrando o que ela disse a dias atrás.

UMA CARTA PARA MIMWhere stories live. Discover now