Capítulo 12

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Estou me perguntando de novo se devo levantar e correr, quando ele surge novamente no meu campo de visão.

Sua camisa desapareceu e eu me perco por alguns instantes, admirando seu peito de estátua grega.

Sinto um frêmito de prazer percorrer minha espinha, ansiando e temendo o que está por vir.

Será que ele vai me machucar agora?

Começo a tremer e fecho os olhos.

– Abra os olhos Emma!

Eu abro imediatamente quando percebo que ele me chamou de Emma e não de senhorita Jones. Prendo meus olhos nos seus.

Escuros e perigosos.

Ele senta na cama, se inclinando sobre mim. E eu vejo que ele tem uma tesoura em suas mãos.

– Eu não vou te machucar, confia em mim?

Ele estava falando sério? Eu estou amarrada e indefesa e ele está segurando um objeto cortante, porra!

Meu coração bate tão forte contra minhas costelas que acho que pode ser ouvido do outro lado do Central Park. Por alguns ínfimos segundos a luta interna dentro de mim toma ares de final do mundial de MMA, tamanha a força com que minha atração tenta matar o meu medo.

– Emma? – Ele me chama novamente e eu sinto a impaciência em sua voz. – Você quer ir embora? Basta uma palavra e eu desamarro você e nunca mais precisamos nos ver.

É aquele nunca mais que faz meu coração falhar não mais de medo do que vai acontecer e sim de nunca mais vê-lo. Eu sacudo a cabeça negativamente.

– Não, eu não quero ir embora.

Ele sorri e eu vejo que ele também segura sua gravata.

– Vou perguntar de novo. Confia em mim?

Confio?

Eu não tenho muita certeza, embora já tenha ido longe demais para recuar.

Sacudo a cabeça afirmativamente.

Então ele coloca a gravata sobre meus olhos, amarrando atrás da minha cabeça.

O mundo escurece pra mim.

Meu coração volta a disparar.

– Não se mexa – ordena e eu praticamente paro de respirar.

Calafrios atacam minha espinha quando sinto a ponta fria sobre minha pele e percebo que ele está cortando as minhas roupas.

Puta que pariu, ele vai mesmo cortar as minhas roupas?

Tento me mexer, querendo ver o que ele está fazendo.

– Eu mandei não se mexer. Não gostaria de cortar esta sua pele branca e perfeita, senhorita Jones – sua voz ressoa ameaçadora em meus ouvidos e eu paro amedrontada.

Assim, com somente o som da tesoura destruindo minhas roupas pelas suas hábeis mãos e a minha respiração entrecortada, eu vou sentindo o frio da noite maculando minha pele, conforme o tecido que me cobre vai desaparecendo.

Minha blusa se foi. Meu sutiã toma o mesmo rumo.

– Você tem seios lindos – sua voz acaricia minha pele e eu tremo ao senti-la ali, em meu mamilo que se eriça. Ele assopra e deposita um beijo quase casto sobre ele.

Gemo e me mexo ansiosa, então uma mordida forte e dolorida me faz gritar.

– Não mandei se mexer – exclama friamente e agora eu sinto a tesoura na minha calça jeans.

O Leão de Wall Street - DegustaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora