Capítulo 17 - Efusão

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"Mãe?" ele gritou, ouvindo a voz retumbar pelo local fechado. Levantou-se e correu até a única porta que estava na sala redonda, mas antes de atravessá-la ouviu gritos do outro lado e gelou.

"Gabriel, isso está matando você!" a voz emanava desespero.

"Não fale bobagens, Amelie" O tom dele era calmo, mesmo após ouvir os gritos "Eu estou bem."

"E eles, estão bem? Ficaram bem? Você destrói tudo o que toca e não tem ninguém pra recuperar esses danos! Olha o estado que ficou aquele lugar!"

"Você preferia que eu tivesse deixar eles invadirem e matar todo mundo? Que eu faça de conta que não tenho nada a ver com isso!?"

"Você não tem nada a ver com isso, Gabriel!" Adrien nunca ouvira a mãe gritar tão alto.

"Você está histérica, Amelie. Olha pra mim." Adrien encostou o ouvido na porta, pois as vozes silenciaram, mas retornaram a seguir em um tom mais calmo "Nós temos um trabalho a fazer, e você sabe disso."

"Gabriel, nosso trabalho..."

"Já acabou!? É isso que você vai me dizer!? Ouviu isso, Plagg!? Consegue ouvir daí!? Está orgulhoso!? Gabriel gritava, e Adrien deu três passos para trás, vendo que a voz se aproximava. As duas portas da sala foram jogadas para trás, e Gabriel entrou, mas não do jeito que Adrien esperava.

À sua frente, Chat Noir entrou na sala. Ele era mais alto e os cabelos platinados estavam penteados para trás. Tirando aqueles detalhes, era quase como se olhar no espelho, mas 10 anos à frente. Até mesmo a constituição física era parecida. Atrás dele, outra figura entrou.

A mulher usava uma roupa justa a todo corpo, deixando a mostra apenas uma parte do colo e a palma das mãos. No busto, o azul escuro começava, e ao longo do corpo descia um degradê, transformando-se em um verde água quando chegava nas pernas. Uma cauda longa que encostava no chão, feita de algo semelhante a penas de pavão, caía de sua cintura, presas à frente por um fino cinto com uma fivela verde em formato de pavão, pouco mais escura do que a cor da roupa. O Miraculous. A mesma fivela que vira no cofre de Gabriel.

"M-Mãe?" Adrien falou e colocou as mãos sobre a boca, consciente de que estava em um local onde não devia estar, porém nenhum dos dois olhou para ele. Era quase como se ele não estivesse ali.

"Você sabe quanto tempo da minha vida eu dediquei a isso, Amelie?" Gabriel começava a gritar, e suas mãos tremiam em punhos fechados "Quantas noites de sono perdidas? Quantos ferimentos profundos?" a voz dele estremecia ao final das perguntas.

"A Ladybug se foi, Gabriel. Você não pode fazer isso sem ela." ela caminhava pela sala passando a mão pelos cabelos preso em um rabo de cavalo alto, visivelmente impaciente, virando-se a seguir "E você sabe que não devia ter guardado o Miraculous do Hawkmoth. O Jean não desistiu, Gabriel. Ele sabe que acabou. Eu já pedi pra você devolver aquilo. O Plagg já pediu pra você devolver. O Nooroo já pediu pra você devolver. Por que você não escuta ninguém?" Amelie implorava.

"E as pessoas lá fora? E os roubos? As mortes? É isso que eu escuto, Am! Tudo que o mundo vai perder porque nós simplesmente decidimos não fazer mais isso!" Gabriel aproximou-se de Amelie e colocou as mãos sobre os ombros dela, os lábios torcidos em um sorriso insano "Eu vou escolher um novo portador para o Miraculous do Hawkmoth, e quando isso acontecer, vai ser alguém tão bom que vão me dar o da Ladybug também. E você vai poder usar, e tudo vai ficar bem!"

"Não é mais nossa decisão, Gabriel" Adrien via ela sorrir tristemente, olhando para Gabriel. Adrien estava ali, vendo e ouvindo tudo, mas seus pais não conseguiam vê-lo, e mesmo assim ele trancava a respiração, com medo que sua presença fosse notada.

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