XI

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Bigger, StrongerColdplay

Uma coisa boa em ter pais de merda era que eles nunca estavam em casa.

Aquilo era algo que Louis seria infinitamente grato quando se tratava dos Payne-Maliks. Contanto o fato de que Louis tinha várias opções do que fazer em seu tempo livre e ter um lugar para descansar era sempre bom quando se era, basicamente, sem-teto. Fazia muito tempo desde que Liam havia confiado à segurança do lugar, sabendo que Louis não era burro o suficiente para roubar nada, e por causa disso sempre que Anthony (ou Ben ou Stan ou Oli ou Lucas ou qualquer outro conhecido de Louis que fazia caridade) estava ocupado com outra coisa e não podia abrigá-lo com seus sapatos sujos e suas mãos nervosas e manchadas de nicotina, ele poderia ir até lá. Apenas se sentar no quarto de Liam e ouvir música enquanto olhava para a parede ou pela janela, de vez em quando tentando ler um dos vários livros que Liam tinha apenas para decoração. Às vezes ele também fumava com um naguilé, mas normamente ele fazia isso com Zayn.

Falando da maravilha mística, Zayn não estava muito por perto ultimamente. Ou, pelo o menos, não no apartamento. Desde que conseguiu um emprego e um namorado, ele andava sendo uma completa borboleta social — nunca e casa, sempre fazendo alguma coisa. Era meio que maravilhoso; Louis não conseguia nem invejá-lo por isso.

— Então, você e Niall, hein? — Louis havia perguntado no dia seguinte do baile, tentando dar um jeito na bagunça de spray de cabelo que ele ainda não teve tempo de lavar.

Ele tinha ficado na casa de Anthony na noite anterior, fugindo logo depois daquela bagunça de festa. Tinha sido uma escolha inteligente — Anthony sempre era uma companhia fácil e tranquila. Eles acabaram assistindo O Incrível Hulk enquanto Anthony dava um gole em sua cerveja desconhecida e fazia comentários incrivelmente nerds que Louis secretamente achava interessante enquanto roia as unhas, firmemente ignorando o celular que tinha desligado depois de receber inúmeras e irritadas mensagens de Liam. Ele podia estar firmemente ignorando o fato de Harry não ter mandado nenhuma mensagem também. Talvez ele estivesse firmemente ignorando a si mesmo.

Por fim, foi uma noite agradável, talvez um pouco inquieta.

Na manhã seguinte, Louis tinha rastejado de volta para o apartamento dos meninos, quando o sol ainda estava fraco e rosado, para devolver as roupas emprestadas, dobrado-as de qualquer jeito com suas mãos calejadas. Ele se sentia parecia um lixo quando bateu na porta de Zayn, com seu celular desligado e intocado no bolso de trás, ao lado do pequeno livro de bolso de Andre Gide que havia encontrado no banheiro de Anthony — ele gostava de ler quando seus pensamentos eram demais ou de menos. Mas Zayn não se importava, ou talvez não tivesse percebido, enquanto dava um passo para trás para permitisse que ele entrasse, com o rosto ainda amassado, olhos inchados e um sorriso distante no rosto. Louis só conseguia pensar uma coisa sobre aquele olhar, então ele mal tinha dado dois passos para dentro do quarto com cheio de óleo antes que ele perguntasse maliciosamente, se estatelando na cadeira.

— Sim — Zayn assentiu direto e feliz, jogando suavemente as roupas de lado com um sorriso quase maníaco no rosto recém-acordado — Sim, estou apaixonado agora — ele disse aquilo de maneira calma e natural — Acho que minha alma também foi transfigurada.

— Ah, foi? — Louis perguntou, com um sorriso irônico parecendo sair a qualquer segundo — Bem, isso é incrível, Querido. Adoro quando isso acontece.

— Sim — Zayn concordou. Ele fechou as portas do guarda-roupa antes de voltar para Louis com um sorriso ainda maior — Ele me ajudou muito a evoluir. Finalmente entendi o elemento do romance no mundo. E meu caminho, também.

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