Escrava ou submissa? Submissa ou escrava?

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Mais um textinho instrutivo pra vocÊs... espero que gostem


Submissas e escravas são tipos de bottoms, assim como brats, masoquistas, etc.

Há um tempo quero escrever sobre esse tema, porém acabei adiando por conta de outras tarefas. Nos últimos dias percebi que realmente precisa escrever algo sobre o assunto visto que vi muitos textos a respeito do tema, alguns com uma visão mais correta, porém outros completamente errados realçando relacionamentos abusivos e deixando para traz o aspecto da consensualidade que tanto pregamos.

Bom, uma submissa não é melhor que uma escrava e nem o contrario, portanto não estou aqui para discutir valores e fazer
comparações do tipo.

Quando adentrei no BDSM, adentrei como submissa, tinha uma boa dose de liberdade e não devia satisfações a ninguém de coisas como que tipo de roupa eu estava, o que estava comendo, o que iria fazer, se iria sair, se eu falava era porque eu queria, se eu pedia uma opinião era porque eu queria e não porque era submissa de fulano. Me submetia apenas em sessão, porém com o passar do tempo isso não foi mais me satisfazendo e eu percebi que necessitava de um relacionamento 24/7, pois eu queria que a pessoa tivesse mais controle sobre mim.

Me sentia uma submissa, pois não tinha cedido completamente o poder sobre mim a alguém. Isso é ser submissa, é se submeter alguém entre 4 paredes (EPE) ou fora dela (PPE), mas continuar tomando decisões sobre a própria vida.

Quando me tornei escrava, cedi todo o controle sobre mim a meu dono entrando assim em um relacionamento (TPE- Total Power Exchange: Total troca de poder), porém isso não significa que me anulei ou que não posso interromper uma sessão no caso de algo estiver errado. TPE esta longe de ser um relacionamento abusivo. Explico melhor nesse texto sobre TPE:

Uma escrava é propriedade de seu mestre, enquanto uma submissa pode se sentir propriedade. Uma escrava ainda possui limites, mas pelo que conhecemos são poucos. Uma escrava em cena é mais passiva, normalmente não fala sem autorização, interrompe a sessão quando algo de grave acontece, sua entrega é maior, portanto a confiança no seu mestre é enorme.
Uma escrava é uma submissa, mas nem toda submissa é escrava. Uma submissa não se torna escrava por querer se livrar das responsabilidades da vida, até porque um bom mestre incentiva sua propriedade a crescer como pessoa.

Uma escrava não é alguém que sente prazer apenas em humilhação e dor, pois quem sente prazer apenas nisso é puramente masoquista. Uma escrava sente prazer na escravidão completa, em ser propriedade.

Para uma escrava não basta apenas se dizer pertencente a alguém, o controle total que essa relação exige é necessário contato, portanto morar com o parceiro é o mais indicado.

A entrega que falamos não é apenas sentimental. Primeiramente é física, é a entrega que exige confiança, responsabilidade, conhecimento e tudo isso faz com que nos entregamos completamente interferindo o mínimo possível no relacionamento e na sessão.

Eu como escrava sinto admiração e excitação profunda por meu dono. Portanto as praticas realizadas por ele são prazerosas para ambos e não sou forçada a nada, pois se faço algo para agradar é porque eu quero.

Uma escrava não depende do dono para pensar, é alguém que possui opiniões que simplesmente agradam o dono.
Uma escrava cede todos os aspectos relacionados ao controle para o top que normalmente é sobre as amizades, horários, atividades, roupas, maquiagem, tarefas enfim tudo relacionado a vida da bottom.

Uma escrava pode deixar "seus limites" nas mãos de seu dono para que ele os molde da maneira que sejam ultrapassados e que não fuja de nenhuma das bases que regem o BDSM. A confiança do mestre sobre a escrava e dela sobre ele terá de ser 100%.

Uma escrava consulta o dono sobre qualquer decisão e só não fará isso se for uma emergência.
Portanto a característica principal que diferencia uma submissa de uma escrava é o controle cedido pela escrava que é total e o nível mais intenso com que vive a D/s fazendo com que a entrega seja maior.


Meu Despertar no BDSMWhere stories live. Discover now