Trust Me [ Kim Taehyung ]

하나

Seis anos depois

- Sana? - oiço um riso vindo do meu telemóvel. - Estás bêbada outra vez? - ela ri-se mais. Suspiro. - Consegues vir até à minha casa?

- Sim. - riu se ainda mais, oiço uma voz masculina. - Taehyung eu vou andando está bem? Não, não é preciso eu consigo sozinha. Hani eu gosto tanto de ti. - fez uns barulhos com a boca parecendo beijos. - Eu estaria na merda se não fosses tu.

- Sana despacha te. Os meus pais devem estar a chegar.

Ela desligou me o telemóvel e eu voltei a deitar me na cama. Olhei para o teto e suspirei. Não era a primeira vez que a Sana ficava bêbada e ligava-me, ela vinha sempre para minha casa. Os meus pais não se importavam, eles até sabiam o porque de ela vir para cá mas eu tentava não mostrar aos meus pais uma Sana bêbada.

Passado alguns minutos oiço alguém a bater a porta.

- Hani!!! Meu amor, abre a porta nós podemos fazer com que resulte. Dá me mais uma oportunidade. - oiço um riso vindo da porta. Arrasto me até a porta da entrada.

- Hani?? - oiço uma voz masculina. Paro a meio do caminho e começo a tremer. Vou ainda mais lentamente até à porta. Abro lentamente e vejo um rapaz a impedir a Sana de cair.

- O meu irmão pediu me para trazer a Sana até aqui. Ele não confia nela sozinha neste estado. - olho para o rapaz e controlo me para não chorar. Agarro na Sana e com a ajuda do rapaz meto a no sofá.

O rapaz vai até a porta e sigo lhe.

- Obrigada. - digo baixo fechando a porta mas este mete o pé a frente impedindo a de se fechar.

- De nada. - sorriu para mim de forma fofa. Ele tirou o pé e eu fechei a porta. Vou até ao sofá e olho para a Sana. Suspiro. Fazer o que com ela?

Tento levanta la e com muito esforço arrasto lhe para o meu quarto, deito lhe na minha cama e vou buscar um copo de água e um comprimido dos mais fortes que tenho. Quando chego ao quarto ela está sentada na minha cama a olhar para cima.

- Queres vomitar ou algo?

- Não, não bebi tanto para chegar a esse ponto.

- Então? - digo sentando me ao pé dela. Ela olha para mim e vejo umas lágrimas na sua cara.

- Eu estava a falar a sério quando disse que estaria na merda se não fosses tu. - ela limpa as suas lágrimas com as mangas do casaco. - Tu estás sempre para mim quando preciso e eu sou uma amiga de merda. Nunca estou lá quando precisas.

Puxo lhe para um abraço e dou lhe festinhas nas costas.

- Sana, tu tratas me mil vezes melhor que a minha irmã. Ela mesmo estando em Busan, maltrata me, não fisicamente mas psicologicamente. Se eu pudesse trocava a minha irmã por ti.

- Hani. - ela separa o nosso abraço e olha para mim. - Muda te para minha casa por favor.

- Falamos disso amanhã, agora precisas de dormir. - tiro lhe o casaco e os sapatos e vou buscar um pijama para ela. Tiro lhe a blusa e substitui a pela camisa do pijama, faço o mesmo com as calças. Deito lhe na minha cama e deito me ao lado dela. Fecho os olhos e quando estava quase a adormecer oiço o telemóvel da Sana a vibrar. Pego nele e vejo uma mensagem. Abro e no topo do ecrã estava Taehyung.

" Conseguiste chegar a casa da tua amiga? O Jungkook por acaso tentou alguma coisa contigo, se tentou diz me que eu mato aquele pirralho. "

- Deve ser o irmão do rapaz que trouxe a Sana. - disse baixo enquanto punha o telemóvel dela na mesa de cabeceira.

Monday morning

Acordo com uns gemidos de dor vindo do meu lado e vejo a Sana com a mão na cabeça.

- O que é que aconteceu?? - ela pergunta enquanto se sentava na cama.

- Estás de ressaca. Outra vez. - sento me ao lado dela e aponto para a minha mesa de cabeceira. - Tens aí o comprimido e água. - ela toma o comprimido. - Ontem pediste me para mudar me para tua casa.

Ela ia dizer algo mas foi interrompida pela minha mãe a entrar no quarto.

- Bom dia meninas. - sorriu. - Quando estiverem prontas venham tomar o pequeno almoço está bem? E querida - virou se para mim. - tenho de falar contigo. - ela saiu do meu quarto e foi para baixo.

Fomos lá para baixo e os meus pais estavam sentados a mesa a comerem.

- Hani, vais ter de ir para Busan e ficar com a tua irmã. - o meu pai disse enquanto lia o seu jornal.

Não. Por favor não.

- Porque? - disse começando a chorar, não conseguia controlar este defeito meu.

- Vamos ter com os teus avós e não podes perder as aulas por isso. Já te inscrevemos numa escola em Busan.
A tua irmã e o marido dela vão tomar conta de ti.
Uma semana antes das férias acabarem vais para lá.

Não é que eu não goste da minha irmã. Ela que não gosta de mim. Pensa que eu inventei isto da ansiedade só para chamar a atenção. Obriga me a falar com as pessoas e quando estou a ter um ataque ela bate me. Não acredita em mim. Não havia outra alternativa. Os meus pais nunca me deixariam aqui sozinha, nem que fosse para casa da Sana.

2 meses depois

Tinha chegado a altura. Estava no carro dos meus pais à espera deles. Sinto o meu telemóvel a tremer e vejo uma mensagem da Sana.

" Se a tua irmã tentar algo ligas me que eu faço todos os possíveis e impossíveis para te ir buscar "

Sorrio levemente ao ler a mensagem. Já estava a preparar me mentalmente para o que eu vou sofrer. O meu pai começa a dirigir em direção a Busan, durante a viagem inteira estive a falar com a Sana por mensagens. De 5 em 5 minutos ela dizia que estava com saudades minhas e que se acontecer algo para lhe ligar que ela faria os possíveis para me ajudar. Isto sim é uma amiga, não são aquelas com quem partilhamos gostos, ou com quem nos damos bem. Mas sim alguém que estará para ti sempre que possível.

Passado umas horas chego finalmente a Busan, a minha irmã e o seu marido estavam a porta de casa a minha espera. Os meus pais estavam com pressa por isso não chegaram a cumprimenta la, despeço me dos meus pais e lentamente pego nas minhas coisa indo para dentro de casa.

- Eu e o Jin não vamos estar cá a noite, mas eu deixei as coisas prontas para depois comeres, é só aqueceres. - sorriu para mim, estranhamente ela parece mais calma mas não ligo muito. - Anda, vou te mostrar o teu quarto. - ela pega numa das minhas malas e sobe as escadas. Subo lentamente atrás dela e quando chegamos a última porta do corredor ela abre a porta e era como se estivesse em casa dos meus pais. Como se nunca tivesse mudado para Busan.

- Eu tentei recriar o teu quarto, como ele é simples até foi fácil. Vês? Até está ali a parede onde só tem pôsteres dos BigBang. - ela sorri para mim. - Eu quero tentar remediar tudo, peço imensas desculpas pelo que te diz sofrer mas prometo que nunca mais o faço. - depois do seu discurso acontece algo entre nós que nunca aconteceu. Ela abraça me. 18 anos. Estive a espera de um abraço da parte dela à 18 anos. Valeu a pena a espera.

Eu quase que fazia isto de uma fic de um só capítulo mas desisti.

With all the fucking love J.