Capítulo 13

Mulai dari awal
                                    

-Eu vou pegar o cobertor e travesseiro - minha mãe avisou.

O Lucas se levantou antes que ela.

-Eu vou, mãe. Não se preocupe.

Meu pai, o Lucas e o Maurício entraram no quarto do meu pai. Fui falar com a pessoa que devia estar sofrendo mais.

-Está tudo bem, mãe? - perguntei ao me sentar do seu lado.

Ela secou os olhos, tentando fazer com que nenhuma lágrima caísse.

-Sim - a voz dela saiu trêmula.

Passei meu braço pelo seu ombro e minha mãe aconchegou sua cabeça entre meu ombro e minha cabeça.

-Por que você não se separou? - perguntei.

-Como assim? - ela perguntou confusa.

-Por que mesmo sabendo da traição do pai não se separou dele?

Minha mãe tirou a cabeça do meu ombro e sentou melhor para podermos ficar frente a frente.

-Eu não podia, e não posso - ela explicou.

-Claro que pode, você tem mais que o direito - reclamei, já irritada com aquela situação.

-Não, eu não posso. - Ela balançou a cabeça. - Eu fiz uma promessa, não pode quebrá-la.

Franzi a testa. Que promessa?!

Minha mãe continuou:

-A vinte anos atrás eu fiz uma promessa, em frente à várias pessoas, diante a Jesus. Prometi estar com seu pai e ser fiel a ele, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, nos momentos bons e maus, eu não posso nem se queria me separar dele.

-Mas ele quebrou essa promessa antes - protestei.

-Mas nem por isso eu vou quebrar a minha.

Os homens voltaram do quarto e aquele assunto teria que ficar para outra hora.

-Aqui - meu pai disse entregando um travesseiro e uma coberta para o Maurício.

Minha mãe tomou a dianteira da situação, pegou as coisas das mãos do meu pai e tratou de ir arrumar o sofá para o Maurício.

Não vi o Lucas ali, como imaginei que ele estava no quarto, fui até lá. Entrei em seu quarto e ele estava lá, deitado olhando pro teto.

-Oi. - Me deitei ao seu lado.

-Oi. O que achou disso tudo?

-Do Maurício ser nosso irmão? - encarei ele.

-É.

-Um grande azar. Logo o Maurício?!

-Pois é. Parece que não temos muita sorte - ele brincou.

-Não mesmo. - concordei.

Ficamos lá, olhando para o teto e soltando suspiros.

-Vai se comportar, né? - ele disse de repente.

-Não posso prometer nada, não controlo minha paciência, e muito menos minha raiva. - Dei de ombros.

-Pelo menos tenta. Não por ele - ele disse aprontando o queixo para sala, falando do Maurício -, por nossos pais, por mim.

-Tá bom.

Eu sei que o Maurício vai me provocar de todas as formas possíveis, mas por mim e pela minha família vou ter que me controlar, minha mãe já não está muito bem, não quero dar mais um motivo para ela ficar mais pra baixo.

Surpresas do DestinoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang