Capitulo Dois - Assumption

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Muito obrigada pelo carinho que alguns de vocês continuam me dando mesmo com tudo que aconteceu. Vocês são a luz na minha vida, acreditem. Não só agora como em muitos outros momentos durante esses anos.

Boa leitura, Darks!

~o~


Eu não quero nada disso. Devo empurra-lo e correr para bem longe. Correr para bem longe desse meu coração descompassado pela primeira vez por causa de alguém.

Não posso estar me sentindo assim por uma pessoa que acabei de conhecer, por Deus! Nem sabia que isso é possível. Eu vou me ferrar caso deixe isso ir mais longe para no final, tudo acabar. A maioria dos problemas da vida de alguém são causados por um terceiro.

Minha mãe ajuda a resolver os meus problemas quando preciso, mas nunca os causou, é mais fácil acontecer o contrario. E o Stanley, que mora no mesmo prédio que eu — me dá dor de cabeça com algumas coisas, eu diria — mas, não me mete na vida dele. Ele me afasta ou só me chama para essas festas, e olhe lá.

Mas um cara que acabei de conhecer simplesmente já está me criando problemas? Fazendo-me duvidar de quem sou. Fazendo essas coisas dentro de mim se manifestarem. E ainda sou um idiota porque mesmo tendo consciência de disso, continuo aqui. Não corro, não o empurro. Apenas me mexo mais contra seu corpo na batida da música.

O que há de errado comigo?

Seus olhos não param de se fixar nos meus. Esses malditos olhos. Ele não está sorrindo, só me olhando. Por vezes, quebra o contato porque desce a visão para os meus lábios e faço o mesmo, mas logo voltamos a nos olhar.

Tantas perguntas se formam furiosamente na minha cabeça. Eu quero dizer todas elas. O que estamos fazendo? Apenas dançando? Não, isso não pode ser só uma dança entre dois caras que acabaram de se conhecer. Até para mim está claro. Todas as pessoas em volta estão com uma intenção a mais. Estão se agarrando com o parceiro.

Isso quer dizer que queremos algo mais?

Eu quero algo mais com Harry?

Verdade é: já não sei de mais nada.

Por que um homem?

Ele inclina um pouco a cabeça, suas mãos descendo mais abaixo da minha cintura. Coloca o rosto entre a linha do meu pescoço e ombro, fazendo os pelinhos da minha nuca se arrepiarem ao sentir sua respiração quente.

Agindo de forma completamente nova para mim mesmo, levo meus dedos para trás de sua cabeça. Ele vira o rosto e sinto seus lábios formando um sorriso contra minha pele, esfregando o nariz levemente ali. Passa a língua no local e mordisca. Fecho os olhos e aperto meus dedos entre seus fios de cabelo. Queria tanto sentir a textura. São pesados e macios como imaginei.

Seus braços me envolvem num aperto que me suspende levemente para si e agora estávamos praticamente dançando abraçados — faz isso como se quisesse me manter ali para sempre — e parece tão bom, mas ao mesmo tempo tão errado me sentir aquecido, desejado e até confortável nos braços do homem que conheço por menos de meia hora, ou exatamente isso. Eu nunca me senti assim com a proximidade de alguém antes.

Por que ele?

Seu rosto volta à posição normal, de frente para o meu. Tão próximo que nossas respirações estão se misturando. Nossas bocas entreabertas. Ficamos olhando os lábios um do outro e desacelerando a dança até tornar-se algo mais lento, os corpos ainda juntos.

Antes que a gente se beije — já que por algum motivo louco, eu quero beijá-lo — o empurro usando a consciência que ainda tenho. Ele me olha confuso e quando abre a boca para falar, o calo com minha mão e sorrio. Pego seu pulso e o levo dali.

Light In The Dark (l.s. AU dark!Harry)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora