Algumas Verdades

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Hello, angels!
Sim, atrasei em um dia, mas aqui estou eu com capítulo novo.
Quero agradecer a todas que me incentivaram a continuar o livro em uma segunda temporada. É sério, saber que vocês gostam tanto, me deixa muito feliz e como eu quero que vocês também fiquem, decidi que vou fazer o livro 2. Felizes?

Enfim, eu gostei muito desse capítulo porque a Heather finalmente falou o que queria, mas fiquei com mais ódio ainda da Helen. Se também sentirem isso, bem-vindas ao clube ;)

Bj!

☆☆☆

Antes de chegar em casa, divaguei sobre várias formas de como eu iria encontrar Helen, pensei na possibilidade de ela não estar em casa, mas nunca imaginei que seria daquela maneira.

Ela estava sentada no sofá, com o olhar vago, fixo em algum lugar a sua frente e um copo do que eu suspeitava ser Vodca em sua mão. Helen não se mexeu quando entrei. Não se mexei quando indiquei as escadas para Sammy e disse: "Pegue o corredor a esquerda, vire no outro e abra a terceira porta. Me espere lá por favor". E não se mexeu quando parei a sua frente, cortando sua linha de visão.

-- Vodca barata, Helen -- enruguei o nariz, olhando a garrafa na mesa de centro, ao lado de alguns papéis. -- Você realmente deve estar no fundo do poço.

Não é que eu quisesse esfregar na cara dela que ela merecia aquilo, eu apenas desejava não representar a garotinha medrosa que tinha fugido no dia anterior.

-- Onde estão os empregados? -- perguntei, pois ninguém tinha ido abrir a porta quando toquei a campainha da minha própria casa e não ouvia som algum de qualquer atividade agora.

-- Dia de folga -- murmurou ainda sem olhar para mim.

Claro, ela não deixaria que alguém a visse daquela maneira. Deve ter sido um grande surpresa eu ter aparecido, mesmo que ela não demonstrasse isso. Suspirando me joguei na poltrona ao lado e fiquei a encarando, até que, enfim, ela virou sua atenção para mim. O olhar vago tinha desaparecido, dando lugar ao ódio.

-- O que você disse a ele? -- questionou com o tom quase que totalmente controlado, fazendo o reflexo ligeiramente imperfeito da imagem que sempre tentava exibir, contrastando bastante com o que demonstrava agora.

Mas ela não estava bêbada.

-- Não precisei dizer muita coisa -- falei. -- E nada do que eu disse era mentira.

-- Eu amava seu pai -- disse entredentes. -- Eu o amei por dezoito anos! -- contrariando tudo que eu já vi, uma lágrima desceu pelo seu rosto e seu ódio pareceu aumentar ainda mais, assim como seu tom de voz. -- E como eu temia, você destruiu tudo!

-- Não -- eu disse calma. -- Você destruiu. Você não foi uma boa mãe. E isso te tornou uma péssima esposa. A culpa é sua.

-- Não seja ridícula -- largou o copo ao lado da garrafa e levantou, apontando o dedo para mim. -- Você vai até o seu pai agora e vai dizer a ele que exagerou. Que ele precisa voltar para mim e...

Ri, interrompendo-a.

-- O quanto mais vai se humilhar, Helen? Os erros são seus, conserte-os. Mas não tenha a ilusão de que vai conseguir. Você sabe, sempre que ele toma uma decisão, é definitiva, a não ser que algo muito bom o convença a voltar atrás. E eu não vou te ajudar. Você nunca foi minha mãe, os únicos momentos da minha vida em que me ajudou foram naqueles que me mandavam para ainda mais longe. Sempre que passávamos qualquer tempo juntas, as coisas tinham que ser do seu jeito e sem falar dos momentos em que tentava bancar a mãe boazinha só para manter as aparências. Estou de saco cheio e repito, eu não vou te ajudar. Nem agora, nem nunca.

Loucamente Apaixonada [Completo]Where stories live. Discover now