Capítulo dezessete.

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"Está tudo bem?" A voz de Harry me assusta, me fazendo pular, eu rapidamente coloco meu celular em meu bolso.

"Sim, hum, era apenas um vendedor." Eu tropeço em minha palavras. Por alguma razão, eu não acho que eu deveria dizer ao Harry que eu falei com a minha avó.

"Então, podemos voltar para a sala de estar?" Ele pergunta com uma risada.

"Sim, eu vou estar lá em um segundo!" Eu lhe dou um sorriso cheio de dentes e ele me dá um olhar estranho antes de sair do quarto.

Eu pego meu celular e tento ligar para minha avó, mas vai direto para caixa postal novamente. Algo está errado. Harry provavelmente poderia me dizer se os demônios estão procurando por ela, eu não consigo lhe dizer que eu estava falando com ela.

Eu jogo meu telefone na cama, em seguida, marcho para a sala de estar, onde Harry me cumprimenta com um sorrio. Mais uma vez, eu me sento ao lado dele no sofá e ele descansa seu braço em cima de mim, brincando com meu cabelo.

"Ok, então eu só tenho que focar." Eu suspiro. "Será que já acabamos?"

"Há mais alguma coisa que você preferia estar fazendo?" Ele pergunta e mesmo que ele esteja sorrindo, eu posso dizer que ele suspeita de algo.

"Eu só queria ir na livraria e pegar alguns livros que falem sobre isso." Eu digo, tentando o meu melhor para agir naturalmente.

"Tudo bem, quer que eu dirija?" Ele levanta do sofá, oferendo uma mão.

"Eu estava pensando em ir sozinha." Me levanto sem sua ajuda e caminho para a porta da frente.

"Por quanto tempo você acha que vai ficar fora?"

"Eu não sei. Se eu não voltar essa noite, chame a polícia. Oh, espera, você fez Hailee matar todos eles." Pego minha bolsa e saio antes que ele possa dizer qualquer coisa que me chateie.

Eu começo a dirigir até a casa de minha avó, rezando para que eu lembre o caminho. Ela não vive longe, apenas um caminho de trinta minutos. Eu ligo o rádio, de repente me lembrando de todas as vezes irritantes que Hailee cantava as músicas. Agora que ela se foi, eu realmente não tenho ninguém.

As emoções me batem com força, lágrimas surgem em meus olhos e ameaçam transbordam, mas eu as afasto. Eu tenho que ser forte agora. Além disso, ela provavelmente deve estar vendo agora, e eu não quero que ela me veja chorando.

Antes que eu saiba, eu estou estacionando na frente da casa da minha avó, me pergunto como eu cheguei ali. Tudo parece a mesma coisa de seis anos atrás. Eu corro para a porta da frente, olhando constantemente por cima do ombro para ver se qualquer um poderia estar me seguindo.

Quando eu tento virar a maçaneta da porta, ela se abre. Bem, ótimo. Lentamente, eu entro na tranquila e pequena casa. Eu vou até a cozinha primeiro e noto imediatamente que os temperos estão no chão. Eu vou para a sala, mas tudo está como deveria estar.

O escritório e o banheiro não mostram nenhum sinal de algo estranho. Minhas suspeitas crescem quando eu vejo que a porta do quarto está fechada. Ela nunca passa o tempo em seu quarto. Tão lentamente quanto eu posso, eu viro a maçaneta e empurro a porta.

"Querida!" Minha avó grita, lágrimas escorrem pelo seu rosto. Ela está amarrada a uma cadeira no meio do quarto, um pano está em volta de seu pescoço, que provavelmente era para contê-la em gritar.

Assim que eu me aproximo para libertá-la, alguém me joga no chão. Minha cabeça bate contra o tapete, dor explode dentro de meu crânio. Me concentro em meu atacante que está em cima de mim. É um homem com várias tatuagens, cabelo preto cheio de gel e olhos negros.

dEVIL |h.s| traduçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora