Capítulo 26 - Borboleta εїз

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- Você vai perdoa-la algum dia?

- Provavelmente não. - Harry respondeu enquanto colocava as duas mochilas sobre a cama e o baú de Gemma sobre uma cômoda que ficava ao lado da porta, enquanto Louis colocava a outra bolsa no chão.

- Eu sei que o que ela fez foi horrível, ver tudo aquilo acontecendo com o próprio filho e não fazer nada. Eu entendo que você se sinta assim sobre ela, mas... ela continua sendo sua mãe e... ela parece tão perturbada, não parece estar sã.

- Podemos não falar sobre isso? Por favor? - Harry implorou em voz baixa.

- Tudo bem, está tudo bem - Louis foi para a frente dele e tocou o rosto do garoto - Me desculpe por tocar nesse assunto.

- Não se desculpe. - Harry falou sentindo os dedos curtos de Louis acariciando sua bochecha.

- Sorria - Louis pediu cutucando uma das covinhas do cacheado.

Harry esboçou um leve sorriso que logo sumiu, ele cobriu a mão de Louis com a sua e a tirou de seu rosto.

Louis segurou a mão do cacheado antes que ele a soltasse.

- Não importa quantas vezes você me afaste, eu sempre vou me aproximar novamente. - Louis falou e colocou a mão  novamente no rosto do cacheado.

Ele iria beijar o garoto, mas uma grande borboleta azul havia entrado no quarto pela janela e passou voando bem entre os rostos dos garotos, fazendo Harry se afastar o mais longe possível de Louis e do inseto.

- Eu não gosto mais de você - Louis falou observando o gracioso inseto agora pousado calmamente sobre o baú  de Gemma - Por um acaso você  percebeu que essa borboleta tem aparecido em quase todos os lugares que estamos? - perguntou agora se dirigindo a Harry. Mas logo notou que o garoto estava praticamente  do outro lado do quarto. - Hey, o que houve?

- Trauma... - Harry suspirou ainda olhando pra borboleta.

- De uma borboleta? - Louis perguntou querendo rir do garoto.

- É que... - Harry respirou fundo e explicou o que o padrasto havia feito com o inseto, que havia praticamente o feito comer a borboleta.

- Por que? - Louis estava com os lábios entreabertos e tinha uma expressão  horrorizada.

- Não sei, ele estava bêbado. - Harry deu de ombros sem se importar.

Louis franziu o cenho olhando para o cacheado.

Seu garoto havia passado por tanta coisa; havia sido abusado quando criança, praticamente torturado com um  inseto, e quem sabe por outras coisas que o garoto não havia o contado. Havia sofrido com o fato da mãe não dar atenção para o que acontecia e ainda havia perdido a pessoa que o protegia, que era Gemma.

Harry era forte, por mais que tivesse tentado tirar a própria  vida, ele ainda estava ali, havia passado por tudo aquilo e ainda estava ali, mesmo que agora estivesse quase desmoronando, ele era forte, e Louis o admirava por isso.

Tomlinson queria ajuda-lo a superar cada um de seus medos. E ele iria.

- Vem cá - ele esticou a mão para o de olhos verdes. Harry aceitou a mão estendida. - Sente-se. - ele empurrou uma das mochilas para o lado na cama para que Harry sentasse. - Agora feche os olhos, fique com eles fechados.

- Por que? - Harry questionou confuso.

- Você confia em mim?

Harry não o respondeu, o encarou por alguns segundos e então fechou os olhos. O que fez Louis se sentir feliz. Harry confiava nele!

O Tomlinson foi até a cômoda, ele se aproximou com cuidado do baú para pegar o inseto. Ele se surpreendeu pela borboleta ficar quieta ao invés de fugir como qualquer inseto faria ao ter um humano tão próximo.

Louis pegou a borboleta pelas asas com cuidado para que elas não se rompessem. Andou até Harry e se ajoelhou na frente dele. Pegou uma das mãos dele e com cuidado colocou o inseto nela. A borboleta ficou parada com as asas fechadas.

Louis percebeu o corpo de Harry tensionar.

- O que voc-

- Está tudo bem. Abra os olhos - Louis pediu olhando para cima para poder ver o rosto do garoto já que estava ajoelhado - Vê? Ela é inofensiva.

A borboleta andou um pouco na mão do garoto e então abriu as enormes asas azuis. Ela era praticamente maior que a mão  do garoto.

O inseto levantou vôo subindo em espiral para o teto do quatro e então caiu, mas antes de atingir o chão ela explodiu, explodiu em milhares de partículas, como grãos de areia, mas eles erão azuís brilhantes.

- O que porra é isso?

Louis começou a quase gritar levando do chão de maneira trapalhada e se sentando na cama ao lado de Harry, o qual estava abismado assim como ele.

As partículas brilhantes flutuaram subindo e então uma silhueta humana havia sido formada, era a de uma garota.
As partículas flutuaram mais ao redor e formaram perfeitamente os traços e feições da garota.

- Gemma? - Harry engasgou sentindo sua garganta se fechar.

Louis tinha a boca aberta encarando a figura brilhante.

- Isso é um sonho bizarro ou eu estou drogado? - o mais baixo não conseguia acreditar no que via.

- Proteja-o. - a figura falou com uma voz suave, mas que parecia muito distante, quase como um sussurro, e então ela se desmanchou em partículas novamente, mas dessa vez elas flutuaram para cima se juntando e tomando a forma de uma borboleta novamente e então  saiu voando pela janela.

- Eu... O que... o que acabou de acontecer aqui? - Louis estava pálido e arrepiado.

Harry estava sem expressão, em estado de choque.

- Garotos, eu- Johannah entrou no quarto logo parando de falar - Que caras são essas? Parecem que viram um fatasma.

- Pode-se dizer que sim - Louis mumurou mais para si mesmo.

- Hm? Ah, tanto faz. Hey, tem comida na geladeira, eu vou trabalhar. Louis, suas irmãs  estão na casa da Jenna aqui do lado, vá busca-las para almoçar mais tarde, e o Dan chega hoje. E tchau, estou atrasada - Johannah falou tudo rápido e saiu do quarto apressada.

- Quanto tempo eu vou levar para processar que eu vi um fantasma de verdade? - o Tomlinson falou baixo.

- Por que ela falou com você? Por que ela não falou comigo? - era o que mais Harry queria saber. Por que o fantasma de sua irmã  havia aparecido e falado apenas para Louis, não havia se quer o olhado. - Por que ela disse 'Proteja-o'?

- Acho que ela estava referindo a você. Para eu... protege-lo.

- Não faz sentido. - Harry pos as mãos nos cachos os apertando entre os dedos tentando pensar em algo lógico.

- Agora entendo por que ela aparecia em todos os lugares... acho que... acho que... na verdade não acho nada, eu estou confuso. - Louis suspirou. - Hey, chamou Harry - Vamos, vamos comer. Você ainda não comeu nada hoje. - o Tomlinson estava tentando amenizar o clima estranho de tudo aquilo, precisava de jeito pra distrai-lo. - Ursinho, vamos - chamou pelo apelido que o garoto não  gostava.
Só então Harry esboçou alguma reação.

- Certo... - ele falou baixo e levantou da cama ainda atordoado e o seguiu para a cozinha.

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então, no próximo capitulo Vai  começar a viajem, é  vai ocorrer uma passagem de tempo pra chegar nela, mas enfim, na viajem vai acontecer coisas legais... eu espero 😉

Até depois xx

P.s.: eu tenho fobia de borboletas '-' ...

e de qualquer inseto q tenha mais de 2 centímetros.

Don't Touch || l.s au (concluída)Where stories live. Discover now