A aventura de Owen -Parte 2

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–Esse túnel não tem fim!? –O resmungo de lamentação de Owen ecoou pelo o ambiente claustrofóbico. Quanto tinha caminhado? Já perdera a conta... Seus pés doíam e sua barriga roncava, indicando a fome que já o dominava. Infelizmente a sua mochila só tinha insetos e nada de alimento. Já estava se arrependendo daquela "aventura", por que decidiu se dirigir para o interior do túnel? Como pensou que aquilo seria uma boa ideia?

–Mas agora não posso voltar atrás, não é? –Inquiriu ao besouro dourado que agora pousava tranquilamente em sua cabeça, apreciando a vista.

–Já devo estar perto fim... O cheiro de ar fresco está cada vez mais forte. –Pelo assim esperava, era um bom farejador, sempre competia com Aubert nas aulas de rastreio, todo o lobo tem que aprender a usar suas habilidade... O faro era uma das principais.

–Quando eu sair daqui vou querer comer um grande torta salgada de peixe frito com suco de cenoura! –Anunciou, mas só de imaginar aquilo sua barriga respondeu com um alto ronco – Se eu sair daqui...-Sussurrou meio apreensivo.

Popiru, o besouro, voou da cabeça do lobinho, para a surpresa desta, já que era a primeira vez que o inseto demonstrava algum desejo de fugir ou de se movimentar.

–Ei! Espera! Somos parceiros? Esqueceu? –Falou enquanto corria atrás do besouro dourado. O cheiro de ar fresco se tornava cada vez mais forte, logo o pequeno logo sentiu uma forte rajada de vento atingi-lo, seus olhos se fecharam ao sentirem a mudança na iluminação do ambiente, antes escuro agora estava, subitamente, claro.

–O que...? –Owen notou que Popiru agora pousara em seu ombro, tranquilamente. Demorou um pouco para seus olhos se acostumarem ao novo ambiente, mas aos poucos recobrou a visão e pode identificar as imagens a sua volta. Estava em baixo de uma espécie de ponte de pedra... Era estranho, pois na vila dos lobos só existem pontes de madeira. Ouvia ao longe barulho advindo de conversa de pessoas... Farejou. Não reconhecia aqueles odores, eram feditos...Logo entendeu o por que, já que ao lado do túnel a qual tinha acabado de sair havia pequenos canos que pareciam vir de lá de cima, aonde deveria estar a cidade. Destes canos uma água esverdeada e fedorenta jorrava sobre o rio poluído que passava por debaixo da ponte.

–Eca...-Levou a mão ao nariz, rapidamente. Aquilo, definitivamente, não era a vila dos lobos. Mas, então, onde estava?

–Só tem um jeito de descobrir... –Se arrastado pelas as beiradas, tentando não tocar na água, o lobinho caminhou rumo aquele mundo novo...

~**~~**~

–Vá embora, filhote! –Mandou um coelho alto que portava uma espécie de armadura de metal, este estava aos pés da escadaria de um grande prédio que mais parecia um pequeno castelo.

–Mas, eu só quero falar com o prefeito! –Insistiu um jovem coelho de orelhas cinzentas que quase eram ocultadas pelo o seu cabelo negro. Seus olhos cor amarelada, pareciam se iluminar na penumbra do ambiente, tal como brasas de fogo –Pensei que todo o cidadão da vila tivesse direito a uma audiência!

O guarda coelho soltou uma rouca risada.

–Ora, ora...Um coelhinho inteligente. O prefeito não tem tempo para conversar com filhotes, ele é um coelho muito ocupado!

–Sim, lógico... Ocupado o suficiente para escolher coelhos como sacrifício? Como o meu tio?

O coelho mais velho assumiu uma postura série, levantou a lança que segurava e apontou a lâmina para o pescoço do menor.

–Cuidado com o que fala...

–Ou o que? Vai me matar? –Disse o coelhinho dando um meio sorriso. O guarda não pareceu achar nada engraçado, na verdade, pelo o contrário, estaria levando a sério os questionamentos levantados pelo o mais novo, talvez até pensando em dar uma resposta que não seria dada através de palavras...

Baby Bunny (Romance Gay/Mpreg)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora