- Eu fiquei tão nervosa na sua frente aquele dia. - sorri sem jeito.

- Então você finge muito bem, eu gostei da forma como apertou minha mão naquela noite, te achei extremamente corajosa. E em todo esse tempo você nunca me fez pensar o contrário.

Sorri e sem mais resistir beijei Alfonso, e me inclinei ficando em cima dele. Seus braços envolveram minha cintura e ele nos virou na cama. Meu futuro marido era controlador demais pra se manter submisso por muito tempo e eu adorava isso nele. A boca de Alfonso desceu pelo meu pescoço, sua barba me arrepiando. Afundei minhas mãos por baixo da camisa dele, puxando-a pra cima e expondo suas costas. Alfonso se afastou por um segundo pra arrancar a camisa e voltar pra cima de mim.

- Me fode do jeito que só você sabe fazer! - sussurrei usando o linguajar sujo dele que eu também aprendera a amar.

- Você sabe que não precisa me pedir duas vezes. - sorriu voltando a me beijar.

Em questão de minutos estávamos totalmente nus e era Afonso quem falava besteiras no meu ouvido, enquanto me tocava, lambia, mordia e me enlouquecia. Cheguei ao orgasmo após o que pareceu ser horas de tortura. Alfonso usara sua língua pra me fazer perder a cabeça, mas de uma forma torturantemente lenta e deliciosa. Foi uma libertação quando meu corpo todo tremeu embaixo dele e segundos depois eu estava sendo preenchida de novo pelo seu pau. Alfonso gozou rapidamente e tombou na cama do meu lado.

O abracei e fiquei escutando o coração dele batendo acelerado até diminuir o ritmo voltando a sua frequência normal. Quando tive certeza de que ele dormia me afastei.

Sai da cama com cuidado pra ele não acordar e me vesti, o cheiro dele ainda me envolvendo. Fechei os olhos lembrando das sensações que tínhamos acabado de experimentar e me recusei a encarar aquilo como uma despedida. Enfiei na minha cabeça que aquilo ainda iria acontecer incontáveis vezes.

Terminei de me vestir e encarei Alfonso dormindo. Segurei as lágrimas, não podia fazer qualquer barulho que me denunciasse e o fizesse despertar. Dei dois passos pra trás rezando para que aquela imagem não fosse a última que eu tivesse dele.

Sai do quarto e fui direto pra cozinha, me abaixei e acariciei os pelos de Rique me despedindo dele também.

Eu sabia que os seguranças estavam na porta da frente e dos fundos então teria que fugir pela janela, por sorte o parapeito era grande e eu conseguiria atravessar de uma janela a outra.

Peguei a mochila que estava preparada pra mim e a abri. Vesti o colete por baixo da blusa junto com o cinto e coloquei nas costas. Respirei fundo antes de voltar para a sala e abrir a janela. Encarei o parapeito e as ruas lá embaixo, fechei os olhos e me concentrando para não olhar para baixo, passei as pernas pela janela. Colei as costas rente à parede e fui na direção do apartamento que eu sabia que estava vazio. Agradeci pela janela estar destrancada e entrei. Tirei o boné e o dinheiro de dentro da mochila e larguei no chão, peguei a chave e forcei contra a fechadura até que a mesma se abrisse.

Sai pelo corredor do outro lado onde ficava o apartamento de Alfonso e entrei no elevador. Com o boné consegui passar pela recepção, por sorte o porteiro estava distraído. Entrei no primeiro táxi que apareceu e ele foi direto pro endereço que eu dei. O ferro velho perto da editora onde trabalho.

Fiquei com medo quando cheguei lá e encontrei tudo vazio e apagado. Uma luz acendeu iluminando o portão de ferro e dei um passo atrás com medo do homem que surgiu. Ele era gordo, estava sujo e mal vestido.

- Você deve ser a tal garota que ele disse que viria, entre vou lhe mostrar onde está seu carro.

O encarei com desconfiança, mas então me lembrei dos meus irmãos. Me aproximei e o cara me guiou até o carro. Fiquei surpresa ao ver que era um Cetroën DS4.

Irresistível - O Caso Portillo ✔Where stories live. Discover now