- Ah, mas isso ele poderá fazer... Daqui 15 anos quando for posto em liberdade. - dei meu melhor sorriso irônico.

- Isso não está certo, eu tenho direito a um advogado e um julgamento.

- Você não tem direito a nada, foi pego em flagrante e todas as provas que achei no seu apartamento foram entregues à polícia e passadas ao juiz. - retruquei cheio de ódio. - Você achou mesmo que eu te mantive aqui todo esse tempo sem fazer nada a respeito do que você fez? Você mexeu com o cara errado e pior ainda com a garota do cara errado... Deveria me agradecer por não ter dado um tiro no meio da sua testa. - apontei o dedo pra ele.

- Isso não vai ficar assim Herrera. - Carlos cuspiu cheio de ódio.

- Não mesmo, em breve você vai encontrar seu amiguinho Felipe, isso se eu conseguir manter ele vivo quando pegá-lo com as minhas mãos. - respondi cheio de ódio.

Christian acionou a porta e os policiais entraram, vi que Carlos se assustou, ele sabia que não receberia nem um décimo do tratamento que estava recebendo aqui. A prisão de verdade era mil vezes pior do que minha sala de interrogatório.

- Não se preocupe eles vão cuidar muito bem de você. Não é mais problema meu Hernandez. - sorri.

Um dos policiais me cumprimentou antes de se aproximar de Carlos e algemá-lo.

- Eu espero que o Felipe mate aquela vadia é o que ela merece.

- Calem a boca desse idiota, por favor. - pedi impaciente.

Um dos policiais socou o estômago de Carlos e ele se dobrou em dois perdendo o ar. Fiquei satisfeito vendo ele ser arrastado e as portas finalmente se fecharam.

- Um problema a menos. - suspirei.

- Que bom que o Sebastian conseguiu a prisão do Carlos, não sabia que ele tinha tanta influência.

- Foi ideia dele me ajudar... Então eu aceitei. - sorri dando de ombros. - Vamos descer e vê se não fica de estripulias pelos próximos dias viu? Você precisa ficar de repouso.

- Você tá parecendo minha mãe falando assim. - Christian resmungou.

- Ué quem mandou você se comportar como uma mulherzinha e não me obedecer?

- Cala a boca. - deu um soco no meu ombro.



Na hora do almoço Alfonso me buscou na editora e fomos almoçar juntos. Após fazer os pedidos ele me encarou.

- Tenho uma novidade para você. - sorriu apertando minhas mãos.

- Qual?!

- Carlos está preso. Meu pai me entregou os documentos sábado e hoje os policiais o levaram.

- E pra onde ele será levado?

- Para uma penitenciaria de segurança máxima. Eu quero ver ele conseguir fugir dali. - sorri.

- Quanto tempo ele vai ficar lá?

- Quinze anos. - respondi. - Agora só falta pegarmos o Felipe.

Um arrepio percorreu meu corpo só pela menção daquele nome.

- Vou pegar esse filho da mãe, meu amor. Nós dois vamos. - ele beijou meus dedos.

Sorri me sentindo confiante e um pouco mais tranquila. Tínhamos um plano e ele ia dar certo.

O garçom trouxe nossos pedidos e começamos a almoçar. O celular de Alfonso tocou poucos minutos depois nos interrompendo.

- Alô?

Irresistível - O Caso Portillo ✔حيث تعيش القصص. اكتشف الآن