❤ Capítulo 5 ❤

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Fomos pegar todas as nossas bagagens no carro -que não eram muitas- e logo fomos conhecer nosso cantinho. A casa não era gigante mas também não era tão pequena.  Era o essencial para nós.  A fachada era de cor verde com um portão de grades preto e logo entrando, tinha um quintal com um caminho de pedras e muitas plantas ao redor. Inclusive um banco de madeira ao lado da porta principal. A porta era de madeira maciça com puxador de ferro, dessas modernas e grandes de hoje em dia. O lado externo estava bem cuidado e com uma aparência convidativa. Já por dentro era tudo bem simples.
Meu pai como pudemos observar tinha comprado a casa mobiliada, e os móveis eram todos de madeira também.
Eis que haviam 6 cômodos e uma garagem. Dois quartos, uma cozinha, uma sala de estar, um banheiro e um pequeno quartinho de bagunça que no momento estava vazio - e no que dependesse de mim e minha mãe ele iria estar bem cheio em poucos dias.)
Não gostamos muito das camas e armários dos quartos. Se fôssemos pagar aluguel, continuaríamos com móveis do jeito que encontrássemos.  Mas como a casa agora era nossa, decidimos pegar parte do meu dinheiro para arruma-lá do nosso jeito. No entanto, para a primeira noite estava bom, combinamos que no dia seguinte fariamos nossas "compras".
Já passava das 20:00, então arrumamos rapidamente nossas coisas, trocamos algumas coisas de lugar e caimos em um sono pesado.

No outro dia...
- Ah, mãe,  tem certeza que não podemos ir à tarde? Estou morta de sono.
- Já são 10h da manhã, garota! Você já dormiu o suficiente. E eu não consigo dormir mais, aquela cama me deixou com uma dor nas costas horrível.
Eu odiava com todas as minhas forças acordar cedo!
- A minha não. Mas ela é um pouco desconfortável.
- Então! Pare de reclamar e vamos logo comprar algumas coisas para deixar esta casa com a nossa cara.

Entramos mais ou menos em 10 lojas. E já tínhamos comprado quase tudo. Faltavam apenas 1 armário e algumas coisas de decoração. Passamos novamente pela grande biblioteca, e eu decidi visita-lá no fim da tarde. Já que agora eu não tinha mais meus livros por perto.
Chegamos em casa às 14h, com dezenas de sacolas, e segundo a loja, às 15h30min chegariam os armários, as camas, os colchões, a televisão e os ar-condicionados.
Enquanto decorávamos a casa, ouvimos um som de batidas no portão, a princípio ficamos surpresas, quem seria? Era o nosso primeiro dia na cidade e já tínhamos visitas? Minha mãe pediu para eu ir ver quem era e atender. Quando abri a porta, notei que era uma senhora de pele clara, com uma expressão convidativa, de aparência humilde, que passava uma primeira impressão  agradável, que de certo não apresentava nenhum risco. Então por essa razão, me aproximei do portão de grades e abri meu melhor sorriso e ela logo foi se apresentando:
- Oi, prazer, meu nome é Sarah Dino.
Ah, deve ser a tal vizinha que o Sr, Martinez falou. Aquela que adora dar festas para as filhas.
- Olá, meu nome é Jessica. Eu sou nova aqui. Me mudei ontem.
- Oh, minhas boas-vindas então!  Vim aqui atrás da Sr. Batista, a antiga moradora, éramos colegas. Mas de qualquer forma é sempre bom termos novos vizinhos. Saiba que quando precisar de qualquer coisa pode contar comigo e meu marido Arthur Dino! Moro no fim desta rua! Venha ver!
Então saí de dentro de casa e olhei pra onde a Sr. Dino apontava. Era uma casa de dois andares, com uma árvore na frente, aliás a rua inteira era cheia de árvores e arbustos. Inclusive logo ao lado da minha casa tinha uma casa com uma placa de aluga-se e alguns arbustos. O que deixava a fachada da minha casa, com uma aparência incrível.
- É aquela casa amarela, ali.
- Ah, sim. Muito bonita.
- Quem é Jessica? -  apareceu perguntando minha mãe.
Então a D. Sarah se apresentou e conversou por um longo tempo com a minha mãe, como se fossem grandes amigas. Depois de alguns minutos de conversa logo ela nos convidou para jantar na casa dela.
- Mas hoje? Eu e a Jessica estamos cheias de trabalho. Arrumando a casa, organizando nossas coisas, desarrumando as malas...
- Ah, Rebecca, não vai me fazer essa desfeita, vai?
- Ai, Sr. Dino...
- Não aceito um não, ok? Te espero juntamente com minha família,  em minha casa às 19h da noite e boas vindas novamente. (risos)
Simplesmente disse isso, e saiu.
Realmente a Sr. Dino, parecia ser de boa índole, e era muito bom saber que conhecíamos alguém ali.
Terminamos nossa arrumação, e apesar do trabalho que deu, ficou lindo cada cantinho da nossa casa E valeu muito a pena.
Minha mãe, decidiu que era a hora de ligar para o meu pai. Eu não via motivo para tal atitude, no entanto, ela sabia o que estava fazendo.
Ela discou o número, e na primeira ligação deu linha ocupada, na segunda ele atendeu no segundo toque.
Fui sentar no banco de madeira, não queria ouvir a conversa. Se nós fôssemos ao jantar na casa da Senhora Dino, eu não poderia ir à biblioteca, pois teria que fazer uma visita breve, para chegar em casa a tempo do jantar.
O pior era que eu estava tão ansiosa para ver os livros que poderiam ter lá... O jeito era ir no dia seguinte, porque com certeza minha mãe não iria recusar o convite, afinal se  por um lado ela era um pouco ignorante, por outro ela sempre queria causar uma boa impressão.

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