Dezessete - Alice

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– Sua princesa?

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Sua princesa?

Sim, fiz a mesma pergunta mentalmente, porque era bastante interessante. Meus hormônios todos tinham gostado bastante dela. No entanto, dita na voz esganiçada de Rumpel, ela não soava nem de longe tão excitante assim.

– Sim.

Rumpel estreitou aqueles olhinhos de rato e revezou olhares entre mim e Jax. Dava para ver as conexões que ele estava fazendo, porque eram exatamente as que eu também estava.

– Mas seria possível que Jax Trent...

Longe. Dela. – insistiu Jax. – Quer adivinhar o que tem na ponta das flechas dessa besta?

Rumpel riu, um riso de escárnio e talvez, lá no fundo, um pouquinho de medo também. Eu adoraria que fosse de medo.

– Aposto que é prata encantada. – respondeu o duende, como se aquilo não fosse nada demais. – Não se preocupe, cavaleiro Trent, não tocarei na garota. Pelo menos não por enquanto.

Jax pareceu não gostar muito daquela resposta, porque mesmo quando Rumpelstiltskin se afastou de mim, a besta permaneceu bem apontada na direção dele. Sem hesitar nem um pouco, corri na direção da janela e, em uma velocidade invejável, Jax me puxou para fora.

– Onde está o Tobias? – perguntei, me virando para tentar enxergar dentro do casebre de Rumpel mais uma vez.

Jax, que segurava a besta com uma mão e me puxava com a outra, franziu as sobrancelhas.

– Que Tobias?

– O gato. – respondi. – Um que usa botas. Pelo ruivo. Olhos verdes.

Jax ficou me encarando como se eu tivesse ficado maluca.

– Isso me lembra a descrição de um Tobias que eu conheci, mas, definitivamente, ele não era um gato.

Sim, eu sabia de qual Tobias ele estava falando. O problema foi que, ao me lembrar dele, eu me lembrei das memórias de Evangeline, consequentemente lembrei daquela versão príncipe encantado de Jax, lembrei dos beijos dele que eu tinha sentido como se fossem em mim, lembrei dele sem roupas, lembrei de... Bem, lembrei de coisas bastante inapropriadas, principalmente porque ele estava bem ali na minha frente.

Devo ter ficado paralisada momentaneamente, vermelha feito um tomate maduro, porque Jax parou e me encarou com aqueles olhos escuros, em um misto de divertimento e preocupação.

– Tudo bem...?

Encarei-o, devendo parecer muito estúpida.

– Claro, tudo, hum, ótimo. Mas então – tossi, querendo desesperadamente mudar de assunto – como você sabia que eu estava na cabana do Rumpel?

Jax fechou a cara e começou a andar rápido, do jeito que ele fazia quando estava se sentindo contrariado. Então ele grunhiu alguma coisa que se parecia muito com o barulho de um troll manco.

Coração de vidro [FINALIZADA]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora