Capítulo 16

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No outro dia, acordei cedo pois as aulas recomeçariam. Só mais seis meses e acabariam de uma vez, graças! Enfim, tomei um banho, me arrumei e minha mãe me deixou lá. Cheguei lá e fui direto para a minha sala. O Bernardo tinha trocado de sala e ficado justo na minha, droga. Dei um beijo no rosto dele, como se nada tivesse acontecido e sentei do seu lado.

  — Bom dia Ber. 

—  E aí Sophi, como você está?

— Bem e você?

—  Tranquilo. 

—  Sobre o que você queria conversar? —  Me fiz de desentendida.

  — Sobre aquele dia... — Eu o interrompi

—Vamos esquecer aquilo Bernardo, foi totalmente errado.

—Você pode esquecer, mas eu não.

—Só não quero que volte a acontecer, ok? Nós somos primos.

—Tá bom priminha.

As meninas chegaram e ficamos o tempo todo conversando, nós quatro. Bateu o sinal pro intervalo e nós descemos pra comer, quando eu voltei pra sala tinha milhares de bilhetinhos na minha mesa, tipo: como é dar o golpe da barriga? Será que essa gravidez existe mesmo? Quando o bebê nascer vai voltar pra farra e dar pra sua mãe cuidar? Eu fiquei louca de ódio e comecei a chorar.

—Quem escreveu isso não sabe o que tá dizendo. — A Lu tentou me tranquilizar.

Eu comecei a chorar e a Pri, se aproximou da minha mesa.

—Se incomodou com as verdades Sophi? — Disse rindo.

—Foi você né cachorra? O que você ganha com isso? 

—Só de te ver chorando já ganhei o meu dia. Cuidado queridinha, você não pode se estressar ou perde a coisa que carrega ai dentro.

— Você mede as palavras pra falar do meu filho, sua cadela sem raça.

—Sophia, seu filho não vai nascer, eu não vou deixar eu vou acabar com você antes. — Ela me ameaçou.

Eu fui pra cima dela e dei um tapa na cara dela pra ela nunca esquecer, ela pegou nos meu cabelos e nós começamos a brigar. Logo o Bernardo me pegou e outros meninos da nossa sala nos separaram.

—Me solta Bernardo, eu vou acabar com ela.

—Quem vai acabar com você sou eu. Me solta, que nem na barriga dela eu ainda não trisquei. — Priscila provocou. 

—E não vai triscar nunca.

—Vamos ver cachorra.

—O que está acontecendo aqui? Sophia Castellamare e Clara Cardoso, podem me explicar? — O professor entrou na sala.

—Ela me provocou, essa vagabunda. — Eu respendi.

—Me acompanhem as duas até a diretoria.

Nós fomos até a sala do diretor, o Carlos.

—Quanto tempo vocês não vinham me fazer uma visita meninas, já estava com saudade.

—Carlos, hoje eu não to afim de gracinhas. — Eu disse.

—Dá logo o papo que eu quero ir embora. — Priscila disse revirando os olhos.

—As duas sem gracinha. Por que o motivo da briga? — Carlos perguntou.

Engravidei do JogadorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora