Capítulo vinte seis

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Um ano depois...
Frank

Elise estava muito estranha, tinha me dispensado mais vezes que meus dedos podiam contar. Ela me ligava melosa, mas estava sempre ocupada com algo, isso me deixava louco. Mas eu não queria interferi fosse lá o que ela estivesse fazendo. Ela tem jogados indiretas grandes para mim. Sempre fala sobre casamento. Ela não tinha sutileza nenhuma. Eu havia comprado um anel para ela, mas queria dar no momento certo. Fazer um belo jantar. Enquanto isso eu a estava torturando. Ela sabia que eu queria comprar o anel. E vivia fuçando as minhas gavetas para ver se encontrava algo. Mas estava no apartamento de Daniel. Eu pedi para que ele guardasse para mim. Até eu ter uma ideia de como lhe preparar uma bela surpresa. Daniel estava vindo para casa. Ele falou que precisava de um tempo com seu melhor amigo. Eu até ficaria muito lisonjeado se Matt não me ligasse logo em seguida falando que Daniel havia pedido para ele vir também. Não dava para medir nossa amizade o escolher quem gostávamos mais éramos os três mosquiteiro e sempre fomos nos. Sofia havia rompido com ele a dois meses atrás e parece que só  agora ele havia se dado conta. Ele estava aceito bem o término, mas de um mês para cá, tudo mudou. Ele sempre estava triste, ocupado e fazia mais plantões que o necessário. De ima hora para outra o cara decidiu se mudar para o hospital ele não  saia de la. Isso estava me deixando preocupado. Daniel não era o tipo de cara que sofria ele irradiava felicidade por onde passava.
A porta da frente se abre, e eu já sabia que era ele.
-Pensei que tinha trocado a fechadura. Demorei um século para conseguir abrir.-Diz ele se jogando de sapato e tudo no sofá. Minhas entranhas se contorceram, mas ele estava passando um momento difícil eu não ia da uma de paranoico.
-Você estava de plantão de novo?-Ele estava de jaleco, o que me fez deduzir que ele estava de plantão. -Sim e não.-Diz ele arrancando os tênis com os pés e deixando cair em meu tapete.
-Daniel você esta um lixo. Até parece que voltou dos mortos. Já deu, pode parar com isso! Você precisa descansar. Ela não te merece. Você é melhor que isso.
-Acha que eu estou fazendo plantões por que estou na fossa? Acha que estou assim por Sofia? Pensa mesmo isso de mim? Cara você não podia estar mais enganado. Eu ate fiquei mal na semana em que ela terminou comigo. Poxa nos namoramos por quatro anos. Criou um laço grande. Eu a amava. Mas eu quero que ela seja feliz, e se eu não posso proporcionar isso a ela, fico feliz que ela tenha rompido. Pois odiaria ter um casamento falido. Nosso namoro a muito tempo já estava desgastados.
-Então me explica por que você está uns cinco quilos mais magro. E não sai mais daquele Bendito hospital? -Eu estava furioso com Daniel, ele estava sendo irresponsável, totalmente negligente com sua saúde.
-Sabe por que Fran?-Por que faz um mês que nasceu uma linda garotinha com leucemia. Entendi. Eu não paro de pensar naquela garotinha. Ela tem um tipo de leucemia rara. E estamos só esperando ela morrer para passar a bomba para alguém falar para sua mãe.
-Você imagina como eu me sinto. Eu sei que escolhi ser oncologista pediátrico, mas não pense que acho fácil, por que não acho. Eu só queria poder ajuda-la, mas eu não posso. Isso não esta em minhas mãos.
-Ele se sentou rápido demais e colocou as mãos no rosto. Meu amigo estava chorando e aquilo me trouxe lágrimas nos olhos. Era um animal insensível.
-Sinto muito Dani, eu não fazia ideia.-Me sento e colo minha mão em suas costa, tentando dar a ele algum conforto.
-Não é sua culpa. Aliás não é culpa de ninguém. Isso e só como as coisas são.
- Por acaso você já conversou com a mãe dela.
-Não eu não posso, pois ainda sou só estagiário. E mesmo que eu pudesse não falaria. Provavelmente passaria essa tarefa a outra pessoa, não quero ter a imagem da mãe dela em minha mente. Isso seria difícil demais. Sei que ela são pobres e mal tem dinheiro para bancar o hospital. Eu consegui convencer meu pai a pagar pelas dispensas. Mas fiz no anonimato. Não quero que ninguém saiba.
-E quais são as chances da criança?
-Vinte cinco por cento. Só mesmo um milagre divino.
-Eu conheço alguém que faz, e Ele não cobra nada.
-Frank peço a Ele todos os dias. Muitas e muitas vezes ao dia. Sem que está nas mão de Deus e Ele vai fazer o que achar certo.
-Sim amigão ele vai.-Ela é tão linda. Parece um anjo. Comecei a chama-la de Angel, e isso virou febre no hospital, todos há chamam assim. Ela e o bebe mais querido daquele lugar ganhou o coração de todos e principalmente no meu. Eu a amo. Da para acreditar? Eu simplesmente amo aquela garotinha. Eu sei que vai parecer estupido por que ela tem apenas um mês de vida, mas parece que ela me conhece. Quando eu não estou perto ela sempre esta chorando, e quando eu a pego ela fica calma, serena. E por isso que eu não saio do hospital cara.
-Todas as coisas contribui para o bem daquele que ama a Deus.
Esse versículo já tinha me consolado algumas vezes, e agora eu estava usando para consolar meus amigo que estava destruído por uma belezinha. Daniel era o tipo de cara que fazia todos em sua volta sorrir, se divertir ele sempre tinha uma piada nova para falar, nunca gostou de ninguém triste perto dele, sempre está rindo e fazendo alguém rir esse era seu dom, acho que foi por isso que ele optou por trabalhar com crianças com ele não aguentava as ver triste sempre queria faze-las sorrir e ele sempre conseguia. Agora ali estava meu amigo triste, destroçado por causa de garotinha. E o pior é que ele nem tinha mais o apoio de Sofia neste momento. Sempre achei que ela o faria feliz mas acho que me enganei, olhando agora para os dois eles nunca combinam ela é muito séria e cética, sempre reclamava que Daniel dava mais atenção aos estudos e trabalho do que a ela. Ela não via o Herói que Dani é. E sei que quem saiu perdendo foi ela.
-Eu sei Frank e isso é o que me faz levantar todos os dias e ir para aquele hospital.
-Deus sabe o que faz amigo, tenho que Ele tem um lindo plano para realizar, através dessa garotinha. As vezes Ele permite que coisas ruins aconteça, para que lá na frente possa transformar isso em algo positivo. Eu não sei o que poderia ser, mas os planos de Deus sempre são perfeitos.
-Sim, e eu nunca deixei de acreditar nisso. Minha confiança está em Deus e nada nem ninguém pode abalar isso.
Ouvimos passos pesados. -Frank não comenta nada com Matt sobre a garotinha não. Eu não quero que ele fique abalado em um momento como maravilhoso como este que ele está vivendo.
Matt rompe pela porta com as mãos cheias de sacolas e caixas.
-Qual é vocês vão ficar aí parado, me olhando.
Eu me levanto imediatamente para ajudá-lo.
-Para que tudo isso cara? -Pergunto tirando pelo menos umas sete sacolas de suas mãos. O emblema na embalagem já dizia tudo.
-Como assim para que tudo isso?-Diz ele, em um tom insultado.
-Vou ter gêmeas. Tudo tem que ser em dobro.
O cara estava surtando por que ia ser pai, já tinha comprado mais coisas que provavelmente as crianças iriam usar. Colocamos as sacolas no sofá. Na verdade se tinha alguém que havia nascido para ser pai era esse cara. Matt seria um maravilhoso. Ele estava tão ansioso para se tornar um, que nem quis esperar um tempinho, Helena engravidou poucos mais de dois meses depois que eles casaram. Ambos estavam radiantes.
-Mas afinal para que tirou do carro?-Pergunto intrigado.
- Eu preciso esconder de Helena. É que eu prometi para ela que eu ia dar um tempo com as compras, mas eu não resistir. Olha para essas saídas de maternidades são tão lindinhas.-Eu não estava ouvindo aquilo de uma cara de que dois metros de altura.
Ele tirou um macacão vermelho com um vestidinho em cima rendado. Era muita renda e muito babado para uma roupa só. Ele começou a tirar uma por uma nos mostrando como se aquilo fosse a coisa mais incrível do mundo. E pelo visto para ele era. Nem parecia que era Matt, um lutador nato.
-Cara são só dois bebês para que você comprou oito saídas de maternidades? -Ele me olhou indignado.
-Daniel, fala para mim que esse insensível, não acabou de falar isso.-Daniel me olhou com o mesmo exagero de indignação.
-Ele falou cara, e se eu fosse com você quebrava a cara dele. Como pode ser tão insensível Frank? -Diz Daniel dando corda as maluquices de Matt.
-Frank, Frank, Frank, você tem muito que aprender meu caro. Comprar roupas de garotas é muito difícil, eu não quero que quando elas tiverem quinze anos olhei para as suas fotos, e pense que eu não sabia comprar roupas para elas. Não quero que elas pensem que sou um pai careta e fora da moda. Quero ser o pai descolado. Entendeu? Se não, Isso ira frustra-la.
-Isso é besteira e não ira frustra-la. Elas vão apenas pensar que eram as roupas da época.
Meu Deus eu estava mesmo, tendo conversas sobre roupas de bebê com dois homens? Isso era sinistro.
-Meu caro, coitado dos seus bebês.-Diz Matt pondo a mão em minha costas.
-Eu não tenho bebês.
-Mas vai ter, e quando isso acontecer vou ficar do seu lado para apoia-lo. -Matt segurou meu ombro e apertou.
Ouvi ele falando aquilo me deu uma felicidade instantânea. Eu queria muito a ter lindos bebês com Elise.
-Daniel estava quieto. Eu sabia que ele estava pensando na garotinha. E eu aqui dado corda a Matt. Lanço um olhar para Matt, e ele entende o recado.
-Pó Dani desculpa. Você aí na fossa e eu aqui discutindo sobre minha vida perfeita.-Lanço um olhar furtivo para Matt.
-Nem vem com coisas de marica para cima de mim. Eu estou feliz, pois vou ganhar duas sobrinhas incríveis. E sei que vou ser o tio favorito.
-Ata, depois de mim é claro.-Digo ofendido. Mas no fundo eu sabia que realmente ele seria o tio favorito.
-Eu vou ser o tio bonitão, certamente ela a vão gostar mais de mim.--Diz ele apontando para seu corpo.
Eu tinha admitir que ele era realmente o mais bonito de nós três. O cara gastava um tempo grande treinando. No Colégio Daniel era esguio e magro, parecia num palito de dente,  ele sempre teve um rosto de modelo britanico. O tipo de cara que as meninas suspiram involuntariamente. Mas agora além do rostinho bonito tinha ganhado peso. Sair com ele era o mesmo que não existir. A mulherada ficavam loucas. Teve muitas cenas engraçadas, com garotas tentando conseguir seu telefone. Era um dos motivos das implicância de Sofia, como se o cara tivesse culpa de parecer um astro de Hollywood.

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