Capítulo 2 -Estrutura.

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Tom Benson não resistiu, houveram complicações durante o dia e eles fizeram o possível, Mônica agora era órfã, sua mãe morreu em seu parto, seus avós também não eram mais vivos há algum tempo, ela só tinha uma tia distante que não a conhecia e não a queria.

-Querida - disse a assistente - vamos deixar todos esses assuntos pra depois e pensar no enterro do seu pai.

- Não vai fazer diferença nenhuma mudar de assunto, se após isso eu não vou ter onde morar.

- Olha, você pode ficar por um tempo em lares adotivos até completar dezoito anos, ou alguém querer te adotar, mas isso é pouco provável pela sua idade.

- Isso não é vida, eu não posso viver assim! E você não está me ajudando! - diz ela chorando muito.

- Sinto muito querida, mas são as únicas opções, a menos que você tenha algum conhecido que esteja disposto a te adotar ou apadrinhar. Olhe, sei que as circunstâncias não são as melhores, mas não é o fim do mundo. Eu já perdi pessoas importantes para mim assim como você, no começo é agoniante, você sente-se perdida, mas um dia, algum dia, supera.

Ela funga e chora mais ainda até sair correndo para o banheiro, eu a sigo mas quando chego lá ela se tranca em um box, paro pra pensar nas palavras de Olivia por um momento e tenho uma ideia, pode não funcionar mas já é alguma coisa.

- Monnie amiga, vou pegar um pouco de água pra você ok? Já volto - digo baixinho pra porta fechada enquanto ouço fungadas vindas lá de dentro.

Saio do banheiro e sigo pelo corredor até finalmente parar em frente a uma janela. Pego o celular e disco o número de mamãe.

~ligação~

-Alô, Amber? Como está aí querida?

-Ah mamãe - digo triste - O Tom... Ele não resistiu.

- Como? Ah Meu Deus!

- Sim mãe, a Mônica está arrasada.

- Ah filha.. Mande meus pêsames a ela.

- Mandarei, mas mãe? Ela não tem mais ninguém, ficou órfã, terá que ficar em lares adotivos - digo triste, - eu sou a única pessoa que sobrou para ela, será... Será que você não poderia conversar com papai para adotarem-na?

- Ah Amber, isso não é algo que se decida de uma hora para outra.

- Por favor mãe, você a conhece tanto quanto eu, sabe da nossa amizade, ajude-a por favor.

- Ahh - ela suspira - dê-me alguns minutos pra falar com seu pai está bem?

- OK, obrigada mãe!

- Por nada querida.

Desligo o aparelho, busco um copo, pego água e volto para o banheiro, após entrar bato de leve no box que Monnie se encontra.

- Hey Monnie, sua água.

Ela abre a porta, eu entro, entrego o copo, fecho a tranca e me sento no chão.

- Meio apertado aqui não é? - Digo a ela, que está sentada.

- Sim - ela sussurra, aperta-se um pouco para a esquerda e faz um gesto para que eu me sente do seu lado, então me abraça e chora no meu ombro por alguns minutos, nenhuma de nós fala nada, mas eu sei que ela precisa desse momento para refletir e se desestressar.

Depois de um tempo ela levanta a cabeça e sussurra:

- Obrigada.

- Ah Monnie, você sabe que sempre pode contar comigo.

- Eu sei - ela diz, então se levanta e me aperta com o corpo contra a porta - E esse é um dos motivos porque te amo.  -Ela completa com lagrimas nos olhos.  Fico um pouco sem reação com a declaração, mas não tenho muito tempo para pensar, porque ela aproxima a cabeça da minha, e junta seus lábios aos meus.

Por Um Tempo... [Hiatus]Where stories live. Discover now