Tom Benson não resistiu, houveram complicações durante o dia e eles fizeram o possível, Mônica agora era órfã, sua mãe morreu em seu parto, seus avós também não eram mais vivos há algum tempo, ela só tinha uma tia distante que não a conhecia e não a queria.
-Querida - disse a assistente - vamos deixar todos esses assuntos pra depois e pensar no enterro do seu pai.
- Não vai fazer diferença nenhuma mudar de assunto, se após isso eu não vou ter onde morar.
- Olha, você pode ficar por um tempo em lares adotivos até completar dezoito anos, ou alguém querer te adotar, mas isso é pouco provável pela sua idade.
- Isso não é vida, eu não posso viver assim! E você não está me ajudando! - diz ela chorando muito.
- Sinto muito querida, mas são as únicas opções, a menos que você tenha algum conhecido que esteja disposto a te adotar ou apadrinhar. Olhe, sei que as circunstâncias não são as melhores, mas não é o fim do mundo. Eu já perdi pessoas importantes para mim assim como você, no começo é agoniante, você sente-se perdida, mas um dia, algum dia, supera.
Ela funga e chora mais ainda até sair correndo para o banheiro, eu a sigo mas quando chego lá ela se tranca em um box, paro pra pensar nas palavras de Olivia por um momento e tenho uma ideia, pode não funcionar mas já é alguma coisa.
- Monnie amiga, vou pegar um pouco de água pra você ok? Já volto - digo baixinho pra porta fechada enquanto ouço fungadas vindas lá de dentro.
Saio do banheiro e sigo pelo corredor até finalmente parar em frente a uma janela. Pego o celular e disco o número de mamãe.
~ligação~
-Alô, Amber? Como está aí querida?
-Ah mamãe - digo triste - O Tom... Ele não resistiu.
- Como? Ah Meu Deus!
- Sim mãe, a Mônica está arrasada.
- Ah filha.. Mande meus pêsames a ela.
- Mandarei, mas mãe? Ela não tem mais ninguém, ficou órfã, terá que ficar em lares adotivos - digo triste, - eu sou a única pessoa que sobrou para ela, será... Será que você não poderia conversar com papai para adotarem-na?
- Ah Amber, isso não é algo que se decida de uma hora para outra.
- Por favor mãe, você a conhece tanto quanto eu, sabe da nossa amizade, ajude-a por favor.
- Ahh - ela suspira - dê-me alguns minutos pra falar com seu pai está bem?
- OK, obrigada mãe!
- Por nada querida.
Desligo o aparelho, busco um copo, pego água e volto para o banheiro, após entrar bato de leve no box que Monnie se encontra.
- Hey Monnie, sua água.
Ela abre a porta, eu entro, entrego o copo, fecho a tranca e me sento no chão.
- Meio apertado aqui não é? - Digo a ela, que está sentada.
- Sim - ela sussurra, aperta-se um pouco para a esquerda e faz um gesto para que eu me sente do seu lado, então me abraça e chora no meu ombro por alguns minutos, nenhuma de nós fala nada, mas eu sei que ela precisa desse momento para refletir e se desestressar.
Depois de um tempo ela levanta a cabeça e sussurra:
- Obrigada.
- Ah Monnie, você sabe que sempre pode contar comigo.
- Eu sei - ela diz, então se levanta e me aperta com o corpo contra a porta - E esse é um dos motivos porque te amo. -Ela completa com lagrimas nos olhos. Fico um pouco sem reação com a declaração, mas não tenho muito tempo para pensar, porque ela aproxima a cabeça da minha, e junta seus lábios aos meus.
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Por Um Tempo... [Hiatus]
Teen FictionOlhando para trás é quase difícil de acreditar em quão louco meu ano foi. Primeiro minha melhor amiga Mônica sofreu uma terrível perda, em seguida me contou um dos seus principais segredos que nos abalou, depois, nos vimos obrigadas a mudar de cidad...