Capítulo 29

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Ao amanhecer depois da briga horrível com o Lorenzo, a empregada diz que ele mandou avisar que o carro estava na garagem. Sai sem comer, passei no meu antigo apartamento para falar com a Bianca e explicar a ela que terei que voltar. Ela voltaria para o apartamento do Thiago, em Copacabana mesmo. Passei na praia e tomei um banho pra tirar toda essa mazela do corpo. A Carol liga dizendo que o Lorenzo passou lá, avisando que nos teríamos que sair de lá.

Chegando lá, subo as pessoas olham pra mim como se fosse me crucificar.

- O que você fez? - subo as escadas com a Carol falando.

- Arruma suas coisas agora! - disse

- Me responde o que foi que aconteceu? - ela indagava pegando no meu braço.

- Eu já disse, arruma suas coisas que vamos embora daqui agora! - retruquei.

- Não vou embora sem saber o que aconteceu.

- Você é insuportável! - gritei - Insuportável - repeti - aconteceu o que tinha que acontecer o Matheus e o Polegar quase se mataram num lugar deserto onde eles nos pegou se beijando - ela arregalou os olhos - quer mais? Vou te dizer mais... O Lorenzo ia me pedir em casamento, já tinha anel e tudo e eu estraguei tudo! - dei um murro na porta e sentei na cama chorando.

- Ah amiga sabíamos que isso um dia ia acontecer e hoje foi esse dia. Não fica assim. - ela disse me abraçando.

- Mas tudo bem, sairei daqui, mais ele nunca mais vai ouvir de mim. Ele está aqui no morro?

- No escritório do baile - respondeu e eu sai descendo as escadas correndo indo na direção do galpão do baile.

Já me conhecendo os seguranças me deixaram passar, ando aquele corredor ouvindo uns gemidos muito altos e quanto du mais me aproximava mais altos ficavam, abri a porta do escritório de vez pegando o Lorenzo transando com uma morena muito bonita. Eu arregalei os olhos e a moça me olhava e o Lorenzo também.

- Quero fala com você! - disse fechando a porta atrás de mim.

- Depois a gente continua Polegar! - a mulher dizia, eu estava ficando vermelha de raiva.

- Depois a gente continua amor, só vou falar com essa mulher aqui e já volto pra você. - revirei os olhos

Depois deles derem um beijo na minha frente, ela se vestir e ele também finalmente ele senta na cadeira atrás da mesa e olha pra mim.

- Pra quem estava apaixonado por mim, você é bem rápido! - disse num tom sarcástico.

- Já ouviu a música que diz assim: A fila anda a catraca gira? Pronto! - ele abre a blusa - suponho que você não veio aqui para ouvir letras de musicas, já desocupou a casa?

- Estava lá arrumando as malas, você vai ter sua casa desocupada hoje mesmo!

- Acho bom! - disse - mais alguma coisa?

Não respondi, levantei e caminhei bufando até a porta. Mas eu ainda tinha algumas coisas para falar. Voltei me apoiando na mesa.

- Tem sim, mas alguma coisa que eu preciso falar!

- Pensei que você já tinha ido! - falou e se encostou na cadeira novamente. Tinha percebido as jóias novas nas suas mãos, no pescoço, roupas novas.

- Não podia ir sem dizer que... - os meus olhos já marejavam - eu te amo e que a culpa disso tudo é minha. Eu só trouxe dor de cabeça pra você, eu... Eu te trai, te magoei por muitas vezes, te fiz de bobo, te fiz chorar e te deixei por muitas vezes perturbado. Abortei um filho seu, um filho nosso que poderia está aqui hoje com a gente, te chamando de pai, mas aí eu estraguei tudo outra vez - ri em meio as lágrimas - eu aceito e entendo todo o seu ódio por mim, não vou te pedir que me perdoe porque eu sei o quanto você gosta de mim e o quanto você fez para me proteger. Obriga por tudo! - ele levantou e olhou pra mim, deu a volta na mesa e sentou nela de frente pra mim.

- Concordo com tudo que você falou, mas agora você não me engana mais...

- Não quero enganar ninguém Polegar, só quero te dizer adeus, porque não sei se vamos nos ver mas...

- Pode ter certeza que não! - disse - agora você pode ir embora.

{...}

O que ela quis dizer com "não sei se vamos nos ver mas"? Vi ela saindo com a certeza de que acabou de vez agora, que a minha marrentinha eu já não tenho mas, pego a arma dela que deixei dentro da minha gaveta. Já tinha o perfume dela.

Desci o morro indo para a casa da minha mãe, para ver o meu filho. E o colo de mãe é incomparável. To parecendo corno... Parecendo não, sou corno mesmo e muito idiota também!

- Mas já acabou o romance meu amor? - a voz da Monique era de felicidade, assim que atendi a chamada.

- O que você quer?

- Quero te consolar meu amor, vem aqui em casa, estou sozinha - manei a cabeça, não seria uma má ideia.

- Vou pensar, de qualquer forma te ligo se não for. - desliguei o telefone e me concentrei na estrada.

{...}

- Lar doce lar! - disse ao entrar no apartamento.

- Aqui estamos nós novamente - disse a Carol, colocando as malas no sofá.

- Ajudei-a colocar o resto pra dentro, entrei no meu quarto onde estava tudo arrumado, a Bianca depois que ficou mãe se tornou mas arrumadinha. Deitei na cama e comecei a chorar, era o que tinha para aquele dia.

* Bom gente obrigada por estarem acompanhando o livro, desculpa pela demora de postar é que ultimamente não tenho parado muito em casa, mas para recompensa-los vou posta amanhã dois capítulos!!! Beijosss.

Dona do MorroWhere stories live. Discover now