Capítulo 24

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Voltando pro morro, depois que eu saí da casa da minha amiga colorida. Sentei lá no meio da galera que soltava um pagodinho com um churrasquinho com os moradores. As piriguetes do morro disputavam pra ver quem sentaria no meu colo, terminou que ninguém sentou.

Passando dominó apostamos só nota de cinquenta e o infeliz do piqueno ganhou a rodada levando seiscentos conto. Ladrão safado.

- Notícias da Miranda mano - o De maior falou no meu ouvido.

- Preciso sair aqui pessoal, ótimo churrasco. Quem ganhar desse ladrão que é o piqueno dou o dobro depois. - todo mundo gritou.

Entramos no quartinho

- Manda.

- Ela está sozinha em casa, se quiser pegar ela é agora!

- E vai ser agora mesmo, é hoje que ela me paga.

Pego minha moto e desço voando pra casa da Monique. O porteiro também me conhece e me deixou entrar. Toco a campainha e dou de cara com a Miranda, mais loira que nunca.

- Então você achou que me colocaria pra trás? - falei entrando no apartamento enquanto a cara dela era de quem não me imaginava ali.

- Lorenzo? O que você está fazendo aqui?

- Vim ver se era verdade o que me disseram e olha que não é mesmo. Você está viva sua vadia.

- Não fala assim comigo Lorenzo, eu posso te explicar.

- Cala a boca sua vadia, nojenta, mentirosa. - peguei pelos seus cabelos - A minha vontade é de te matar aí agora sim vai ser verdade.

- Por favor não faz isso! - joguei ela no chão.

- Só não meto a mão na tua cara porque bater em mulher é só na cama, mas fica ligada por onde você anda. Cade o meu filho?

- Está na escola. - ela chorava

- Arruma as coisas dele que ele vem morar comigo!

- Não, você não vai levar meu filho. - gritou

- Vou levar sim e nem que ora isso eu mate você! E por tanto tempo eu amei você, agora tenho nojo, sua vadia. - sai deixando el no chão.

Vou na casa da minha mãe e conto tudo pra ela e a Juliana estava lá também, escutando tudo. Elas ficaram horrorizadas com o plano da Miranda. Fui para o meu escritório, em cima da mesa tinha uma caixa com um bilhete.

"Aí está a arma personalizada que você me pediu."

Abri a caixa e saiu do jeito que eu pedi dourada e com a sigla do nome da Sabrina em diamante.

~~

- É sempre bom te ter aqui - eu falei para o De maior que estava deitado na minha cama - você me acalma.

- Você que é um anjo na minha vida, amo ficar aqui sentindo o teu cheiro - ri e me agarrei ainda mais nele! E você e o Lorenzo?

- Somos amigos agora, ele entendeu, ou pelo menos eu acho que entendeu que tudo acabou.

- Aquele dali não vai desistir fácil.

- Eu sei que não, mais deixa ele pra lá!

Depois de um tempo o De maior foi embora me deixando sozinha,resolvi criar. Depois de toda essa confusão, não tive tempo pra desenhar. Passei a tarde desenhando, escolhendo tecido, respondendo e-mail de lojas. Meus pais me ligaram, para saber se eu estou bem.

- Olha o que tinha pra você lá em baixo na portaria! - a Carol fala me dando um susto.

- Vai matar outro de susto sua vaca! - falei séria - Mandaram pra mim essas flores? Deve ser coisa do De maior.

- É, deixa eu ler o cartão - eu dei a ela enquanto cheirava as flores - "Queria misteriosa, que já não é tão misteriosa assim - arregalei os olhos - você foi embora sem nem me dar seu número, mas eu te encontrei e te espero ora jantar, amanhã as oito, passo para te pegar beijos" - nossa que autoritário!

- É o galego, ele me encontrou, eu não disse nada pra ele da minha vida! Que estranho.

- Janta com ele e descobre o que ele quer com você!

- Farei isso mesmo.

Esse jantar ficou martelando na minha cabeça, mas do que eu queria, melhor avisar o Lorenzo caso aconteça alguma coisa. Isso está estranho de mais.

Dona do MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora