Capítulo 18

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No elevador eu me olhava no espelho o meu rosto estava vermelho, meu nariz parecia de palhaço.

- Otária! - dizia pra mim - você é uma otária.

O elevador apitou e abriu no meu andar, eu saí antes de entrar no meu apartamento pego meu celular e me impressiono com o tanto de chamadas do Lorenzo...

- Você vai me pagar Lorenzo! - dizia com lágrimas descendo no canto dos olhos.

Abri meu apartamento e logo a Carol veio me abraçar. Eu retribui o abraço na mesma intensidade, o que eu estava sentindo não desejo a ninguém. Ele jogou no lixo tudo que eu planejei pra nós dois, ele me fez passar por otária... Imagine quantas amantes ele não teve, enquanto estava comigo e dizendo que gosta de mim? Falso, canalha, mentiroso, vagabundo... Eu odeio ele.

- Você está bem? - olhei pra ela com os olhos marejados - não , não está bem.

Me sentei no sofá jogando minhas sapatilhas no canto e a bolsa em outro e o celular bem longe.

- Eu sou uma burra amiga. Sinceramante como eu pude acreditar que ele me amava? - ela sentou ao meu lado e eu deitei no seu colo.

- Você não tem culpa dele ser um cafajeste que não da valor a uma mulher como você! - eu ri do jeito que ela falou.

- Eu preciso ficar sozinha, vou pro meu quarto. - ri forçado pra ela e fui pro meu quarto.

Fechei a porta sentei no chão , colocando a cabeça entre as pernas. Chorei por te sido enganada, por amar demais, pelo meu futuro frustrado, por ter sonhado demais. Chorei por que era a única coisa que eu podia fazer. Uma dor que não cabia no peito, minha vontade era de morrer. O que está acontecendo comigo?

Vi um vaso com o resto de flores da semana passada , eu não pensei duas vezes taquei o vaso no chão, peguei um pedaço de vidro e comecei a passar nos meus braços, doía mais a dor que eu estava sentindo era pior, o sangue pingava no tapete, eu sabia que era errado, mas morre estava sendo a melhor opção agora. Os dois braços estavam vermelhos, cortados e a minha vista foi escurecendo, meu coração acelerava, fui ficando tonta, sabia que ia desmaiar, não vi mais nada.

~~~

Carol

Não quis sair de casa pra não deixar a Sabrina sozinha, tinha medo do que ela poderia fazer. Eu nunca vi minha amiga dessa forma abalada por ninguém. Sempre foi segura de si e era os homens que caíam aos seus pés.

A tarde se passou e a Sabrina não saia do quarto, nem veio almoçar. Estou com mal presentimento, resolvi bater na porta.

- Amiga? Vem almoçar, você deve está morrendo de fome. - ela não respondia, comecei a entrar em desespero. - Amiga abre aqui por favor, não vai adiantar nada você ficar trancada aí. Sabrina - gritei - Abre essa merda! Não estou gostando dessa brincadeira - Sabrinaaa - comecei a bater freneticamente na porta, com muita força, mais nada de abrir.

- Meu Deus o que eu faço pra quem eu ligo pra pedir ajuda? - no mesmo andar fui no apartamento do Caio. - Bati freneticamente.

- O que foi Carol ? - a mãe do Caio me atendeu.

- Tia por favor chama o Caio, é urgente. - falava apressada, ela saiu em disparada e eu ouvi ela chamando ele.

- O que foi Carol? - ele indagou quando me viu com os olhos cheio de lágrimas

- Vem comigo rápido!!! - ele correu junto comigo.

- O que aconteceu?

- A Sabrina está passando por uns problemas aí , se trancou no quarto ontem a noite e não saiu daí pra nada. Gritei pelo nome dela e nada.

Dona do MorroWhere stories live. Discover now