Névola- Batalha Sobrenatural (vol. 2)

Capitulo 19 - Sentindo bebê se mexer.

Lucio dorme nos meus braços enquanto eu ando de um lado para o outro no quarto onde Vitor está.

- Sabe, Zames disse que você com certeza está me escutando e eu espero muito que você esteja me escutando, quero que saiba como estou me sentindo. - Respiro fundo para não chorar - A mãe de Lucio morreu, ele agora é uma criança órfã e ninguém pode cuidar direito dele porque ele simplesmente é uma cegueira para todos. Eu aceitei cuidar dele e eu já gosto muito dele, só que eu tô com medo de falhar com ele... Eu só tenho dezessete anos, vou completar dezoito daqui uns dias e vou ser mãe duas vezes, vou ser princesa de um reino sobrenatural, vou entrar em uma guerra com a minha mãe que na verdade não é minha mãe... - Deixo as lágrimas escorrerem dos meus olhos - E eu tô com medo de perder você... Eu tô com medo de não conseguirmos destruir ela e você ficar assim para sempre, o que dizer para nosso filho quando ele crescer? Aqui está seu pai e mostro seu caixão para ele? Não quero... - Mais lágrimas escorrem dos meus olhos - Eu nem sabia mas já amo Zames e Jucy como meus pais, eu também descobri que amo muito meu falso pai o Gário e que ele é um lobisomem. - Sorrio ao lembrar deles - Eles são pessoas incríveis, mas eu sinto que não está completo e com certeza você sabe porque, você sabe que está do seu lado é o que eu mais quero. - Seguro a mão gélida de Vitor - ... Eu ainda nem escolhi o nome do nosso filho, Jucy me mostrou uma lista mas eu não gostei de nenhum, o importante é que ela não desisti de me ajudar a escolher o nome. - Coloco Lucio em um carrinho de bebê que eu trouxe para o quarto - Mas sabe o pior de tudo é que eu já sinto a dormência, ela está em todas as minhas mãos, não é um tipo de dormência que você não sente nada é uma dormência fraca, eu li no livro que não vou sentir nada mesmo quando a dormência se expandir por todo meu corpo... Espero que o bebê já tenha nascido até lá, eu tenho medo dele não nascer... - Coloco a mão na boca para abafar meu choro - Porque eu não sinto ele mexer, Jucy diz que ouvi o coração dele mas eu não ouço, eu não sinto nada... - Respiro fundo para me acalmar - Eu estou com medo deles estarem mentindo para mim... Medo dele não está vivo... Zames disse que talvez ele precise de um incentivo para se mexer, acredite eu já até coloquei chocolate na minha barriga mas nada... - Pego a mão de Vitor - Você precisa sentir ele, com certeza você irá sentir o coração dele e saberá se ele está vivo ou não. - Coloco a mão gélida de Vitor na minha barriga e sinto algo se mexer dentro de mim - Aí meu deus! - E se mexe novamente - Ele se mexeu... - Sinto as lágrimas de Felicidade descer pelo meu rosto - Zames!? Jucy!?

Rapidamente a porta é aberta com violência.

- Shiiii. - Aponto para Lucio que dorme tranquilamente no carrinho.

- O que foi, meu amor? Você está chorando. - Jucy vem toda preocupada me abraçar.

- O bebê se mexeu, eu coloquei a mão do Vitor na minha barriga e ele se mexeu.

- O incentivo do bebê foi o amor paterno dele. - Disse Zames.

- Mas ele sente? Ele ouve? Você te certeza? - Pergunto.

- Absoluta. - Zames coloca a mão na cabeça de Vitor e da sua boca sai uma fumaça negra - Ele está vivo sim, é como se ele estivesse na paralisia do sono.

- É melhor vocês saírem rápido, Lucio está com cara de choro.

Zames e Jucy saem do quarto às pressas. Lucio se acende como uma iluminaria. Sorrio e vou até ele tentar acalma-lo.