Capítulo Dezessete - Rose

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Olá amores, então queria explicar uma coisa, sempre que eu colocar, por exemplo, "Capítulo Dezoito - Rose" é porque este personagem irá narrar. Estou explicando para vocês não ficarem confusos.

Esse capítulo é especial, ele irá contar sobre nossa tão amável Julliet.

Amei escrevê-lo .

Beijinhos e boa leitura.

Juliana Schroeder.

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Oito anos atrás...

Acordei naquela manhã com ótimo animo, pois o dia lá fora estava radiante. Olhei-me na penteadeira ao lado da cama, meu cabelos castanhos mel, estavam bagunçados pelo fato de ter acabado de acordar, meu olhos castanhos esverdeados brilhavam como nunca. Algo iria acontecer.

Olhei a floresta e ela estava encantadora, sentia uma imensa vontade de passear por ela.

Entrei no banheiro para tomar um banho, me despi e adentrei a água quente, a água estava tão relaxante, por um momento consegui esquecer que estava sozinha ali. A água tinha esse poder sobre mim, me tirava da realidade.

Eu e mamãe morávamos na capital dos Estados Unidos, mas depois de descobrir alguns problemas de saúde, resolveu que queria ter sossego e decidiu vir para a floresta. Depois de cinco anos morando aqui ela morrera, na época eu tinha apenas vinte anos. Desde então tenho morado sozinha aqui, completei vinte e cinco anos a algumas semanas atrás, e como sempre comemorei sozinha.

Terminei meu banho, resolvi por um de meus vestido floridos já que o dia lá fora estava tão lindo.

Antes de sair tomei um rápido café-dá-manhã.

A floresta estava espetacular, nunca a vira tão encantadora, os pássaros estavam nos galhos das árvores a cantar melodiosamente, os esquilos corriam por entre as folhas secas que repousavam no chão, e logo à frente um pouco distante pude ver um licórnio, ele era magnífico, já havia visitou outros antes, mas nenhum possuía a beleza daquele, sua crina loira amarelada era como o sol a brilhar diante de nossos olhos, ela caia por cima de seu corpo totalmente branco como a neve que cai em um dia de muito inverno, era uma combinação incrível, gelo e fogo em perfeita sintonia.

Comecei a me aproximar devagar, tomava cuidado em cada passo em que dava se fizesse algo errado o magnífico animal se assustaria e correria.

Em um lento ato, ele se virou pra mim, achei que fosse correr, mas não, seus olhos negros ficaram fitando-me, não via medo neles. Ele parecia querer dizer-me algo, mas como não podia, queria mostrar-me.

— Mostre-me o que deseja querido!- Falei calma e serena, para que o animal não se assustasse.

O grande animal começou a andar, desviou de alguns galhos, pulou um tronco que havia no caminho, ao longe avistei uma cesta, logo nos aproximamos e fomos diretamente à cesta que eu havia avistado.

A curiosidade tomou conta de mim, nem pensei duas vezes e a abri.

Paralisei.

Meus olhos e meu cérebro não conseguiam trabalhar, estavam chocados. O licórnio deu um empurrãozinho em meu braço que me fez voltar ao normal.

Logo peguei a cesta, e fui em direção a minha casa. Ali não era seguro. O licórnio me seguia o caminho inteiro.

Por sorte a porta de casa era bem larga, então o grande animal conseguirá entrar. Eu não iria conseguir deixa-lo para fora.

Coloquei a cesta encima da mesa e me aproximei.

Ainda não conseguia entender, o que aquele bebê fazia no meio da floresta. Eu até podia entender a parte do licórnio me ter levado até ele, pois os animais tem ótimo coração.

O bebê estava envolto em uma manta creme, com bordados em toda sua volta.

Comecei a reparar, era uma menina, uma maravilhosa menina. Parecia ter apenas dias de vidas. Mas ainda assim eu conseguir visualizar seus olhinhos verdes, e seu pouco cabelinho ruivo, ela era linda. Não havia notado, mas ao seu lado havia uma carta. A peguei e abri, nela dizia:

"Querida Rose.

Você não me conhece, mas eu lhe conheço. Fiquei lhe vigiando durante um tempo para ter certeza que seria capaz de cuidar de meu bebê. Minha menina. Fico lastimada por ter que cometer tal ato, mas é preciso. Preciso salvar minha preciosa.

Deve estar se perguntando por qual motivo, pois bem, irei lhe explicar tudo.

O Rei dos Trolls ordenou que fosse entregue a eles todas os bebês do qual nascessem a partir da lua cheia e até seu término. Ele de algum modo sabia que todas as crianças recém nascidas na lua cheia, possuíam em seu sangue um poder milagroso de cura. Eles recentemente sofreram um ataque, não sei por quem, e agora querem nossos bebês para usá-los, e creio que se não fizermos o que querem, iram nos atacar e destruir todo o reino, pois não temos força suficiente para lutar contra eles.

Os Trolls são criaturas sombrias, e assustadoras, não sabemos do que eles podem ser capazes.

Minha pequena menina nasce nesse período, e não podia deixar que a levassem. O futuro do reino dependerá dela.

Ela será minha sucessora, ela está designada futuramente a ser a Rainha do Reino das Fadas, pois um dia eu não estarei mais apita a fazer isso, e ela assumirá e governará o reino. Por isso precisamos protegê-la.

Tenho dois pedidos para
lhe fazer, gostaria que cuidasse dela como se fosse sua filha, gostaria que a amasse como tal. Que a mostrasse que no
mundo sempre irá existir coisas ruins, mas que não podemos deixá-los nos enganar, nem tirar nossa esperança.

Ela deverá sempre irradiar
a alegria que é marca
registrada das fadas, sei que ela será uma menina alegre e encantadora.

Quando ela completar vinte anos, estará na hora de lhe contar
toda a verdade.

O licórnio irá te ajudar no que for preciso, ele será seu amigo, e mais fiel guarda que já tevês.
Cuide bem do Mrs. Mercúrio.

Gostaria imensamente se lhe desse o nome de Julliet, pois
na nossa linhagem a antiga fada Julliet, foi a responsável
por grandes feitos em nosso reino, ela estava sempre alegre, era amorosa com todos, e não havia uma pessoa que ela não agradasse. Creio que nossa menina será assim.

Eu a amo mais que minha própria vida, e sei que você a amara igualmente.

Com amor Titânia, a Rainha das Fadas."

Mercúrio me olhava fixamente, esperando por uma reação minha.

Olhei a menina linda que agora dormia na cesta.

Involuntariamente sorri, e Mercúrio relinchou.

— É amigão, vamos ter um trabalho enorme.

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Licórnio = Unicórnio.

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