Capítulo Onze

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Os cabelos de nossa mais nova colega de quarto eram tão impressionantes que nem havia percebido a cor surpreendente de seus olhos, ao me olhar fixamente vi um azul tão vivo quanto de seu cabelo, nunca em toda minha vida havia visto um azul como aquele, era quase que hipnotizante.

— Olá.

Julliet havia quebrado o silencio, pois se dependesse de mim, não diria uma só palavra, estava admirada com aqueles olhos, e intrigada ao mesmo tempo.

— Oi meninas. Prazer sou Anabeth. - Disse se aproximando com um leve sorriso nos lábios.

— Sou Julliet, muito prazer.

A pequena menininha ao meu lado, conseguia ter mais coragem e atitude do que eu, até o momento eu não havia dito uma palavra se quer.

— E você como se chama?- Ela estava dirigindo a palavra a mim.

— Me desculpe, estava distraída. Chamo-me Lucy, prazer.

— Esse nome, ele não me é estranho. Já ouvi algo sobre ele, só não me recordo o que.

Apenas fiquei em silêncio, não havia entendido muito bem, o que acabará de me ser dito.

Julliet com seu jeito conquistador, já foi logo perguntando tudo sobre Anabeth.

A menina de cabelos azuis tinha a mesma idade que eu, só tínhamos diferença de poucos meses. Morava em algum lugar afastado dos Estados Unidos que não me recordo o nome.

(...)

Já havia se passado muito tempo desde que havíamos começado nossa conversa, falamos tudo sobre nossas antigas vidas. E refletimos sobre o que estava por vir, sabíamos que não seria nem um pouco fácil, mas daríamos o nosso melhor para não desistir.

— Acha que um dia sairemos daqui Lucy?- Anabeth estava com uma expressão séria, mas eu via medo em seu olhar.

Eu não conseguia sentir medo, não sei por qual motivo, mas sabia que daria um jeito em tudo aquilo.

— Se depender de mim sim, farei de tudo para sair desse lugar. Não consigo confiar em ninguém aqui, nem mesmo em meu pai!

— Espera, seu pai está aqui? - Julliet como sempre curiosa perguntou.

— Sim querida, mas não sei se posso considerá-lo como pai, um pai não abandonaria uma filha, e depois a traria para um lugar como esse.

As duas ficaram em silêncio, podia ouvir o barulho do vento do lado de fora. Em meio aos assobios do vento, ouvi passos, passos que vinham em direção ao nosso quarto.

A porta se abriu, assim revelando um rapaz, era alto e estava todo de preto, seu cabelo era preto e desarrumado, típico de um garoto que não estava nem aí para aparência. Logo atrás dele, outro rapaz, mas esse um pouco mais baixo. Também tinha cabelos pretos, mas ao contrário do outro seus cabelos estavam arrumados. Sua cara fechada mostrava que não era de muitos amigos.

A porta já estava se fechando, quando outro menino entra.
Não consigo acreditar no que meus olhos estão a ver, não pode ser ele.

Inúmeras dúvidas apareciam em minha mente. Quando ele me olhou nos olhos, eu tive a certeza. Reconheceria aqueles olhos azuis em qualquer lugar.

— Luck!

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