Capítulo Doze

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Acredito que estejam querendo me esfolar viva, sim, vocês têm esse direito.

Como o final de semana do Enem foi super corrido, não tive tempo de fazer um capítulo bom para vocês.

Então agora irei recompensa-los. Hahaha. Dediquei-me muito nesse capítulo, eu particularmente gostei demasiado dele. Espero que vocês também gostem.

NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR, E DEIXAR AS SUAS OPINIÕES NOS COMENTÁRIOS.

Beijinhos da tia, e boa leitura <3.

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Seu olhar era confuso, não parecia estar me reconhecendo. Como ele não me reconheceria? Morávamos na mesma casa, convivíamos praticamente o dia inteiro juntos.

— Eu por acaso te conheço?- Agora minha dúvida era confirmada, ele não estava me reconhecendo.

— Não se lembra de mim Luck?

— Porque eu lembraria? Não sei nem por qual motivo estou aqui.

— Nós morávamos nos Estados Unidos na mesma casa, como não se lembra?

O pavor era evidente em minha voz, eu estava demasiada assustada. Se Luck não se lembrava de mim, o que será que pode ter acontecido com Carlos? Não quero nem imaginar.

— Eu... Eu, não sei do que você está falando. - Luck gaguejava para falar, por conta desta confusão.

As outras pessoas na sala não haviam se pronunciado, não haviam dito nem sequer uma palavra.

— Que estranho- Julliet foi responsável por quebrar o silêncio.

Seus olhinhos me olhavam, aproveitei para lhe lançar um olhar de agradecimento.

Todos estavam se olhando à espera que alguém dissesse algo, o que no caso não foi feito.

Segundos se passaram e uma tela holográfica surgiu no ar, como um passe de mágica. Elizabeth apareceu e disse:

"Se acomodem nos quartos, cada quarto é designado a uma pessoa, ele te dará tudo o que quiser, mas tenham cuidado. Todo desejo terá uma consequência."

Do mesmo jeito que a tela apareceu, ela se foi. Julliet me olhou, e a incentivei a entrar no seu quarto.

Ainda não tinha reparado, mas em cada porta havia um número gravado em dourado. O meu era o um.

Adentrei o quarto, meus olhos não conseguiam acreditar no que viam, era exatamente igual ao que tinha em minha casa. O que foi dito na tela agora fazia um pouco de sentido. O quarto era do jeitinho que eu queria. Só uma coisa me pareceu estranha. Havia um espelho, um espelho enorme, em sua volta detalhes em ouro formavam uma esplêndida decoração, as linhas se cruzavam em perfeita sincronia.

Estava maravilhada com o espelho, mas se o quarto nos dava aquilo que desejávamos. Porque este espelho estaria aqui? Nunca havia visto um, nem ao menos parecido com aquele. Não que eu me recordasse.

A cama parecia tão confortável, que não resisti, me deitei e fechei os olhos, apenas apreciando o quão confortável ela estava. Não me dei conta que havia adormecido.
Acordei com um sussurro.

— Você tem que saber que eu estou contigo, como ainda não consegue perceber-me!

Era aquela voz novamente. Eu nunca a tinha ouvido tão nitidamente, mesmo sendo um sussurro, eu a ouvia muito bem. Sua voz era rouca, e não muito grosa, sempre que falava comigo sentia a preocupação que estava presente em sua voz.

Estava sonolenta, aquilo poderia ser muito bem um sonho, e eu logo acordaria. Mas parecia muito real, dei um beliscão em meu braço para ter a certeza de que não estava a ouvir coisas. Realmente não estava.

Levantei-me e caminhei até o espelho para ver minha aparência.
Não estava lá muito bem apresentável, meus cabelos estavam bagunçados em um coque frouxo que havia feito antes de dormir, meu rosto amassado, denunciava o quanto tinha dormido.

De repente minha imagem começou a mudar, uma névoa estava aos poucos aparecendo. A névoa sumiu, e deu lugar a um rapaz, seu cabelo loiro, formava um contraste perfeito com seus olhos profundamente negros. Seus lábios eram finos, e de um rosado discreto. Em seu olhar eu via preocupação.

— Até quem fim pode me ver! Mas será apenas por alguns segundos!

Em milésimos de segundos a névoa havia voltado, e o rapaz desaparecido.

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