Conto: Dia dos Mortos

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O relato que vou lhes contar é verídico e aconteceu no dia de finados de 1999.

Eu estava no cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre (RS), onde o meu pai está enterrado há 10 anos, quando me encontrei com um amigo chamado Leandro, amigão do peito.
Nós resolvemos então visitar outro cemitério, o Jardim da Paz, onde está sepultado um amigo nosso que havia falecido nesse mesmo ano de 1999.
Então estávamos descendo as escadas do cemitério São Miguel e Almas para sair, quando nós encontramos em nossa frente com uma menina de aproximadamente 6 a 7 anos de idade, de vestido branco.

Ela veio correndo em nossa direção e passou por nós, e nos tocou. Ela era fria como uma pedra de gêlo. O meu amigo até mexeu com ela, brincando, dizendo: "cuidado para nenhum morto te pegar!"

Sabe o que ela nos respondeu? "Feliz dia dos mortos!"

Nós ficamos nos olhando, e quando olhamos para ela, ela havia sumido repentinamente.
Paramos no inicio da escada onde havíamos avistado a menina pela primeira vez e olhamos para a gaveta de um túmulo que tinha lá. Ficamos apavorados, pois era simplesmente a gaveta que estava enterrada uma família com pai, mãe, filho e filha.

Adivinha quem era a filha? Exatamente, a menina que tinha passado por nós. O seu nome era Jennifer.

Desde esse dia quando eu escuto o nome Jennifer, aquela menina me vem na cabeça, e eu rezo um Pai Nosso e um Ave Maria pela sua alma, para que descanse em paz.

Aquela inocente criança, com aquele lindo rostinho, nunca mais haverá de sair da minha memória.
Desde então sempre quando eu vou visitar meu pai, eu sempre rezo para o meu pai e para aquela menininha e sempre coloco uma rosa branca no túmulo dela.

Esssa foi minha experiência "Além da Imaginação", e que jamais esquecerei.

O Lado Negro 1Where stories live. Discover now