Conto: Sorriso no escuro

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Já era bem tarde quando Catarine saía da casa de seus avós, que fica algumas quadras de distância, ela estava sozinha naquela rua deserta, já era tarde e ela havia passado o dia brincando com seus primos, indo embora seus avós até tentaram pedir que ela ligasse para sua mãe, mas ela não quis, já na esquina seu avô a chamou e disse para não assobiar até chegar em casa, antes que ela pudesse perguntar o porque ele já havia entrado em casa novamente.

Continuando a caminhada, no caminho as palavras de seu avô ecoavam por sua mente inquieta em cada instante que seus olhos percorriam sua volta assustados, mas ela queria desafiar o sobrenatural, ela queria saber o porquê não podia assobiar, comecei então com uma canção que veio a sua mente, mas que ela não conhecia, não se lembrava de onde era, era uma musica estranha, mas como se ela já conhecesse à muito tempo.

Ao terminar nada aconteceu, como ela já esperava, entretanto, algo estava diferente. Foi quando as luzes da rua se apagaram, um Blackout, ela se arrepiou nesse momento, em seguida as luzes das casas se apagaram, ela tentou pegar o celular pra chamar sua mãe, mas estava sem bateria, foi quando a temperatura subitamente mudou de um clima fresco de primavera para um frio de inverno. E começou aquela risadinha, como uma criança, aquilo não a assustaria normalmente, porém, dadas as circunstâncias ela ficou paralisada no meio do caminho, e a luz de um poste ascendeu, ela ouviu um riso se adentrando no terreno que havia do lado esquerdo da rua, ela foi atrás do riso, não era curiosidade era se algo a chamasse.

Um impulso, a luz se apagou novamente, ela fechou os olho e assobiou, ao abrir brevemente seus olhos, estranhando o fato haver um silêncio perturbador, ela viu algo simplesmente horrivel, uma ser magro e corcunda, alto, a cabeça estava oculta pelo escuro da noite, mas os dois olhos pareciam vibrar, e a boca tinha dentes grandes e tortos, estava escuro demais, mas ela conseguia vê-lo, e quando a luz voltou, a coisa sumiu, ela correu, correu como nunca correu antes. Nunca mais desafiou o sobrenatural. Nunca mais assobiou, mas todas as noites antes de dormir, ao apagar a luz, ela ouve o mesmo sorriso daquela noite.

Que medo! Pra minha sorte eu não sei assobiar.
E você teria coragem de assobiar no meio da noite em uma rua escura?

O Lado Negro 1Where stories live. Discover now