Taylor Swift - Out Of The Woods

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Acho que vi lenha na garagem e vou tentar acender a lareira.

Mas algo me pára.

Algo ou alguém, pois vi um vulto.

Desço mais um degrau nas escadas e ouço algo a cair no chão e a partir-se. Engulo em seco e sorrateiramente desço o resto dos degraus.

Quando entro na cozinha, tudo o que vejo é um vaso com uma planta no chão. Pedaços do vaso estão espalhados ao longo do espaço, juntamente com a terra. Junto as sobrancelhas, quando vejo a planta em pé.

De repente, a planta "desmaia" e torna-se preta. Arregalo os olhos. Baixo-me para apanhar os pedaços de vaso, mas apanho um choque elétrico tão grande que sou empurrada para o outro lado da cozinha. As minhas costas batem com força contra a parede e de repente, parece que toda a energia foi sugada para fora do meu corpo. Tento levantar-me, com dificuldade e ando novamente até à planta, mas apanho outro choque, sendo novamente empurrada com força, contra a parede.

- A sério? - Uma voz surge. Olho à minha volta, mas não vejo ninguém. De repente, uma porta desconhecida da minha parte, abre-se e um rapaz moreno de olhos castanhos e estrutura média sai de lá de dentro. Trás umas sapatilhas Adidas Star pretas com riscas brancas, skinny jeans pretas rasgadas nos joelhos e uma camisola de malha grossa cinzenta. A cobrir o cabelo castanho, tinha um chapéu preto. - Por um vaso? - Ele ri-se. De repente, como se fosse a gravidade, sou puxada do chão e encostada à parede, de onde não me consigo mexer, por mais assustador que seja. - Pensei que fosses outra coisa.

- Quem és tu? - Finalmente perguntei, encarando como deve de ser o moreno.

- O meu nome é Liam Payne e sou mais uma das poucas experiências dos teus pais, que correu bem.

- Tu também foste afetado pelos cientistas?

- Cientistas? A sério, Shayenne? Eles são teus pais! - Fala, como se fosse a coisa mais fácil de aceitar do mundo. Alargo as narinas. - Chateada? Sabes, quando os teus pais me fizeram isto, eu até pensei que fosse uma coisa de outro mundo. Mas acredita, é a melhor coisa que temos dentro de nós.

- Fala por ti, barbichas. - Atirei, olhando-o com um ar odioso. Ou pelo menos tentei.

- Tem calma! - Eleva os braços, em forma de rendição. - Eu sei que tens muito a dar, mas não consegues controlar o que tens dentro de ti. E isso... Bem, pode ser mau, neste momento.

- De onde é que vens?

- Do mesmo sítio que tu. De um espermatozoide. - E, como se fosse a maior anedota do mundo, o rapaz desata-se a rir. - Ok, esquece que eu disse isto. Eu venho de Londres.

- E-

- Por favor, não faças perguntas. - Corta-me. - Tens algo que se beba?

- Bem, eu acabei de chegar. - Tento parecer séria. - Mas deve de haver qualquer coisa para que fiques ainda mais bêbedo.

- O quê? - Ele junta as sobrancelhas.

- O quê? Pensas que não se nota? Estás podre de bêbedo. Deixa-me adivinhar: problemas amorosos.

- Como é que sabes?

- Oh! - Disse como se não fosse nada. - És previsível e transparente.

- Juro que se não fosse pelo Harry, já estavas morta. - Murmura. Arregalo os olhos.

- Harry?

- Sim, amor. Harry. Harry Styles. Aquele que te fez essa marca no pescoço.

- Ele está cá? - Elevei as sobrancelhas.

- Não só está cá, como está aqui, na casa. - Fala e ouço algo à entrada.

Engulo em seco ao ouvir o clicar das botas contra a madeira. Olho para Liam, que me olha com pena. As botas castanhas apareceram no meu campo de visão, juntamente com as skinny jeans pretas, uma camisola de malha branca dobrada nas mangas e o seu cabelo apanhado num coque, no topo da sua cabeça. Na sua boca, uma pastilha, que ele mastiga, enquanto me olha.

- Impressionante o que fizeste com a Eleanor e com o Jackson, na bomba de gasóleo. - Ele sorri de lado. - O Louis até que te treinou bem. E surpreendeu-nos a todos! Aquele que costumava ser o falhado do grupo, afinal, virou o herói da história. - Os seus braços são abertos. - Bela casa. Estava a pensar em pegar-lhe fogo e deixar-te aqui trancada, mas isso seria muito fácil e assim não tinha o que realmente quero. Agora... Só te vou fazer uma pergunta, muito simples. Só quero que me respondas e, talvez, te deixe viver. Onde estão os teus pais?

- Os meus pais estão a salvo. - Falei, pela primeira vez, com ele.

- Tu sabes perfeitamente a quem me refiro! - Dá largos passos na minha direção. O seu maxilar bem definido e os seus olhos verdes a brilharem. Sinto fúria a radiar dele. - Tu odeias-te e odeia-los pelo que te fizeram. Mas Shay, isto não é uma maldição, isto é um presente. O melhor e maior presente que alguma vez podes ter. Agora... Onde estão os cientistas?

- Não sei. - Respondi imediatamente.

- Bem, parece que vai ser uma longa noite. - Liam comenta, cruzando os braços.

- O Louis vai voltar. E vocês vão sair daqui com as três pernas partidas! - Ameaço. Harry e Liam riem-se.

- Não te preocupes, love... - Harry olha-me com maldade nos olhos. - Eu já tratei do teu namoradinho.

The Twins // h.s.Where stories live. Discover now