Cap. 56

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----- Helena ----- 2 semanas se passou ----

- Alô mãe? Tudo bem? Eu estou com saudades. - Falei praticamente chorando no telefone.

- Oi filha, também estou com muitas saudades, estamos todos bem aqui, e você como está ai?

- Estou bem mae, claro, com saudade de todos, mais bem.

- Você vem pro casamento da Fernanda?

- Mais o casamento dela vai acontecer daqui 5 meses só.

- Então filha

- Até lá já cheguei mamãe.

- Ah que bom filha.

- Fernanda está ai?

- Está, vou passar pra ela. Beijos te amo.

- Tá bom, também te amo.

- Oi amiga. Como está?

- Tô morrendo de saudade nega, volta pra ca? Tá tudo muito estranho sem você por aqui. - Ela fala chorando.

- Calma amiga, vou tentar tirar uma folguinha aqui, pra poder ir ai.

- Acho bom! E ai? Tá namorando?

- Que isso mulher, to aqui a duas semanas só.

- Mais ja beijou alguém por ai?

- Claro ne queridinha, não sou de ferro.

- Ah ta.. Eu também to bem com Richard.

- Que bom amiga. Agora tenho que ir, tenho aula daqui 10 minutos, beijos, manda beijo pra todos ai, te amo muito.

- Beijos amiga, também te amo muito.

Desliguei o telefone, eu estava começando com a dor de cabeça mais insuportável da face da terra, pensei em ser a mesma dor da vez que fui parar no hospital com meus pais, so que meu corpo não tava correspondendo muito bem, eu estou com essa dor de cabeça terrível, junto com umas tonturas chatas e vomitando a toa, acho que é saudade da mamãe, e de todos la, ou a comida daqui não está caindo muito bem pra mim. Bom, deixa eu ir pra sala, porque ainda tem chão o dia.

------ Gabriel ------

- Mãe? Me ajuda, preciso tomar um banho.

- O que houve? - Mamãe pergunta assustada.

- Não paro de vomitar, meu corpo precisa de uma água geladinha.

- Vem filho, te levo la. - Fala ela empurrando minha cadeira.

Ultimamente ando tão mal, quase sem força, não sinto mais gosto de comida nenhuma, cada dia mais difícil, continuo fazendo as fisioterapias mesmo sem força, Michel vem aqui em casa todos os dias e refaz todos os exercícios comigo, e está funcionando. Mais meu corpo está debilitado.

- Mãe? Tá tudo girando. - Falei já virando o olho sem conseguir nem falar direito.

- Filho, isso é efeito das quimio. - Fala ela com calma.

- Não mãe, tem algo muito estranho. - Falo isso e tombo pra frente, a última coisa que vejo é mamãe me gritando.

----- Gabriela, Mãe de Gabriel -----

Vejo meu filho tombando Pra frente, e no desespero grito - Filho? Filho? - Levanto seu corpo e sua cabeça - Filho acorda, fala comigo Pelo amor de Deus - Dou uns tapinhas em seu rosto, mais nada adianta. Resolvi ligar pra emergência que em menos de 40 minutos ja estava colocando meu filho dentro da ambulância.

Ao chegar no médico, eu e Michel que veio correndo ficamos esperando por notícias um bom tempo, até que o doutor chegou :

- Oi dona Gabriela, como está?

- Nada bem doutor, e meu filho?

- O caso dele se agravou mais do que esperávamos.

- O que quer dizer com isso? - Michel perguntou.

- Quero dizer que não temos mais o que fazer, as quimioterapias não estão adiantando, e assim as rádios também não vão.

- E agora doutor? - Perguntei chorando.

- É doutor, o que fazer agora? - Michel pergunta limpando algumas lágrimas de canto.

- Peço para que assinem a autorização da cirurgia.

- Mais ela é arriscada. - Falei.

- Eu sei, mais é a única coisa que podemos fazer no caso dele.

- E se ele morrer com a cirurgia? - Michel pergunta me abraçando.

- Ele vai morrer de qualquer jeito, fazendo ou não. Se não fizer ele morre, se fizer ele morre, so que com a cirurgia tem 2,3% de chances de conseguir salva-lo. O teu filho está em coma, ele não acorda de jeito nenhum.

- Tá bom doutor, eu vou assinar o documento. Quando a cirurgia será realizada? - Perguntei.

- Amanhã pela manhã.

- Tá bom.

Para Sempre (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora