Cap. 25

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Ficamos ali na sala de espera umas 2 horas, eu já não aguentava mais de ansiedade.

- Caramba, eles tão demorando, quero notícias. - Disse Michel.

- Pior que nao passa nenhum médico por aqui. Que droga. - Falei.

Em seguida, apareceu uns médicos trazendo a maca com Gabriel em cima, ele estava voltando da nestesia. Colocaram e acomodaram ele no quarto enquanto o médico conversava comigo e com Michel.

- Olha, nao sabemos o porque da convulsão, fizemos o exame e não consto nada, bom, pensei que possa ser devido a notícia, ele ficou afoito, ele teve recaídas, vômitos e tudo mais. Talvez seja isso.

- Mas isso pode voltar acontecer doutor?

- Não sei. Não sei.

- E a falta de ar? - Perguntou Michel.

- Bom, eu acho que foi devido ele tentar se levantar.

- Como assim?

- Quando eu cheguei no quarto dele, Gabriel estava fazendo a maior força do mundo para se levantar da cama, pra poder andar, então todo fôlego dele foi embora ali, quando ele caiu no chão, começou a convulsão.

- Ah entendemos. - Falei.

- Bom, nessa noite precisamos que algum de vocês dois fique com ele. Mais somente um.

- Acho que ele vai gostar de acordar e te ver Michel. - Falei.

- Pode até ser, mais amanhã de manhã tenho um negócio do carro dele pra resolver logo pela manhã. Você pode ficar? - Ele disse.

- Claro. Tudo bem então. Eu fico. - Sorri.

Michel foi embora e eu entrei no quarto. Me deitei no sofá, me cobri e dormir. Bem mal, mais dormi.

*09:47*

- Helena? Helena? Helena? - Ele deu um gritinho. - Helena?

- Oi? Você ta bem? O que foi? - Perguntei afoita.

- Estou bem, bem. - Ele deu um sorrisinho. - Quero agua, você pode pegar pra mim?

- Claro, espera um momento.

Peguei a água, levantei o travesseiro dele e entreguei.

- Obrigado. Tô morto de sede.

- Você me assustou ontem.

- Desculpa. Não sei o que aconteceu.

- Sem problemas. Michel estava aqui, mais precisou ir embora pra resolver coisas do seu carro.

- Que bom.

- Bom por que?

- Porque pude ver você acordando. - Naquele momento fiquei mais vermelha que pimentão.

- Para com isso.

- Tô falando sério. Bora toma café?

- Hum, ainda não trouxeram.

- Já vai dar 10:00hrs, eles trazem esse horário.

- Ah entendi. Vou no banheiro.

Quando voltei tomamos café. Assistimos TV. Almoçamos. Desliguei a TV. E ele quis conversar antes de tirar um cochilo.

- Me conformei.

- Com o que? - Perguntei.

- Em nao poder mais andar.

- Que bom não é?

- Mais o menos ne.

- Você vai fazer as fisioterapia..  eu vou te ajudar..  jaja voce ta 10.

- Serio que vai me ajudar?

- Sim.

- Mesmo eu não podendo andar, ainda pode dizer que me ama?

Fiquei em silêncio e disse: - Posso ser bem sincera?

- Claro que pode. Já sei que vai falar que nao.

- Eu te amo mais que antes.

- Que? Jura? Você me ama? - Diz ele sorrindo cheio de lágrimas nos olhos.

- Sim, amo. Amo muito.

- Obrigado. Obrigado. Eu.. eu..

- Você não me ama eu sei.

- Eu to aprendendo.. sério.

- Que bom. - Sorri apaixonada.

- Vou dormir.

- Okay. - Beijei sua testa.

Hoje não tem faculdade, feriado. Ainda bem. Já tomei banho e vou passar a noite aqui, vou tirar um cochilo.

-----Gabriel-----
- Oi.. Tô entrando. - Michel disse.

- Fale baixo. Ela ta dormindo.

- Você ta bem?

- Na medida do possível.

- Melhor que nada.

- É mesmo. Te trouxe chocolate pra te alegrar.

- Valeu Mano. - Eu sorri.

Conversamos bastante, até que Helena virou de posição no sofá, e eu fiquei admirando-a.

- Esse olhar quer dizer alguma coisa? - Michel me perguntou.

- Talvez.

- Hum, tem alguém dando chance pro coração?

- Gosto dela. Gosto mesmo.

- Isso é ótimo.

- Ela é diferente das outras, ela tem garra, tem força, é decidida, é linda, é delicada, carinhosa, ta comigo porque realmente me ama, nao porque quer ir pra cama comigo, me aceita, ela é incrível. Eu acho que estou deixando meu coração ser levado por ela.

- Que bom, dou maior apoio. Quando você estava em coma, vi essa menina chorar feito criança, ela vinha aqui todos os dias te contar histórias e te mostrar músicas, vi ela te defender com unhas e dentes.

- Ela é demais.

----Helena----

Ouvi a conversa dos dois sobre mim, e depois fingi acordar, a felicidade me dominava.

- Oi meninos, vou lavar o rosto e já venho.

- Tá bom. - Michel disse.

- Ela é linda até quando acorda. - Ouvi ele disser.

- O que estão conversando? - Perguntei.
- Sobre voce. - Michel disse e Gabriel o cutuca com vergonha.

- Bem ou mal?

- Bem sempre. - Disse Gabriel sorrindo.

Para Sempre (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora