Cap 2.

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Quando foi de manha Fernanda pulou em cima de mim e disse : - Acorda Preguiça.

Sentei na cama, e mal conseguia abrir os olhos, : - Bom Dia Feh, o que faz aqui tão cedo?

- Vim trazer o número e o endereço.

- Mas ainda são 8 horas da manhã. Estou dormindo ainda.

- Eu tenho que ir no banco. Meu cartão bloqueou sem eu menos usar. Preciso ir cedo pra não pegar fila.

- Tá bom, deixe o número aqui, feche a porta quando sair.

- Voce nao esta bem não é?

- Claro que não. Meu mundo virou.

- Seu pai ainda não chegou sabia?

Levantei da cama num pulo: - Como você sabe disso?

- Sua mãe não dormiu a noite toda, a espera dele. E nada.

- Preciso ficar com minha mae.

- Na verdade, ela nao quer companhia.

Sentei na cama com a mão na cabeça, e disse : - Tudo bem. Já vou levantar e dar um rumo. Não aguento ver minha mãe sofrendo.

- Tá bom. Mais tarde passo aqui. - Beijos.

- Ela me deu um beijo na testa e saiu.

Ouvi ela dizer - Tchau tia. Vai ficar tudo bem. Te amo.

- Aquela menina não existe.

Levantei tomei um longo banho, coloquei um roupa bem soltinha e fui pra sala.

- Mãe? - Falei baixo para não assusta-la.

- Oi minha querida. Venha aqui - Disse ela secando algumas lágrimas.

- Olha esse número é de uma casa em Chicago. Que tal tentarmos.

- Claro filha. Que bom. Eu ja não aguentava mais procurar.

- Quer que eu ligue?

- Não filha. Vai tomar seu café, eu vou resolver tudo isso.

- Tudo bem.

Minha família era ótima de dinheiro, minha mãe como filha única ficou com a herança do meu avô, e minha vó não quis nada daquele dinheiro, afinal ela também tem. Meu pai tem um grande dinheiro. Minha mãe trabalha em uma empresa como dona, foi treinada pelo meu avô, o lado bom, é que em quase qualquer lugar tinha uma empresa do meu avô. E graças a Deus, em Chicago tinha uma. Vi meu pai encostar na parede do fundo de nossa casa, bambeando. Sai correndo la pra fora e gritei : - Mãe ajude aqui. Ela veio correndo e quando estávamos tentando coloca-lo pra dentro, meu pai disse :

- Voce nao presta pra nada Mariana, saia daqui, saia da minha casa e da minha vida, sua vag.. - Interrompi meu pai.

- Cala a boca pai.

- Fica na sua. - Meu pai mirou um tapa para dar na cara da minha mae, quando eu simplesmente entrei na frente e recebi aquele tapa que ardia mais que tudo.

- Mãe vamos deixar ele aqui na sala.

- Falei com dor no rosto e no coração.

- Filha voce esta bem? - Disse minha mãe chorando.

- Sim está mae. Não se preocupe. - A Abracei.

- Liguei para a mulher, e pedi para fechar logo o contrato. Ela disse que em uma semana tudo está certo.

- Nada que o dinheiro não faça ne dona Mariana. Que bom, quero ir embora daqui.

- E vamos filha. E vamos.

Minha mãe saiu do quarto. E ficou cada um pro seu lado. Meu pai ainda estava esparramado pelo chão. Depois de 3 horas dormindo meu pai acordou com uma forte dor de cabeça. E ouvi ele dizer - Minha cabeça, que dor, o que será que houve? Sai e fui pra sala. Minha mãe dormia no quarto.

- Pai, se levanta. Vai tomar um banho, vou fazer algo pro Senhor comer. E vou pegar um remédio pra você tomar. Ande.

- Porque seu rosto está vermelho? - Explico depois. Ele tomou um longo banho, comeu os dois sanduíches que fiz pra ele acompanhado de um suco de maracujá, logo depois ele tomou o remedinho para a dor de cabeça e se sentou ao meu lado : - O que houve?

- Voce ia bater nela, e eu entrei na frente.

- Não queria que fosse assim.

- E não vai ser.

- O que quer dizer com isso?

- Mamãe conseguiu uma casa pra nós morarmos em Chicago.

- Tão longe assim?

- Apenas 1 hora longe daqui pai.

- Eu sei filha. Eu amo sua mãe, eu te amo.

- Mas não fez nada pra mudar isso.

- E nem vou fazer. Vocês não podem atrapalhar minha Campanhã.

- Voce so pensa em você mesmo. Não está nem ai nem mim e nem pra mamãe. Você só pensa nessa maldita eleição. Acha que já ganhou, e mal sabe o que ainda vai acontecer. Para pai. Parece que colocaram uma pedra de gelo no seu coração. Você é um grosso. Você se tornou uma pessoa horrível. Agressivo. E que só vive de aparência. Eu realmente to cansada disso. A gente não é obrigada a conviver com essa sua palhaçada. Chega. Acabou isso. Eu te amo pai. Mais eu quero o meu pai, e não o homem que voce se tornou.

Meu pai não disse uma se quer palavras, dei as costas e fui para o meu quarto. Ali o ouvi chorar pela primeira vez, e aquilo me comoveu, mas suas palavras continuaram a me destruir toda : - Elas estão certas. Mas estão enganadas. Que vão embora.

Chorei, chorei como se tivessem me batendo.

Para Sempre (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora