Cap. 35

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- Helena? Helena? Acorda preciso falar com você, acorda.

- Que que foi?

- Olha pra mim.

- Gabriel? O que está fazendo aqui? - Falei me cobrindo com o cobertor.

- Nossa você está linda assim, e muito sexy.

- Fala logo o que voce quer. - Falei dando uma risadinha.

- Minha mãe me ligou.

- Sério? E o que ela queria? - Falei sentando na cama.

- Ela disse que quer ficar comigo.

- E você?

- Eu? Eu pensei muito, muito mesmo. E acho que eu preciso ir embora daqui mesmo, preciso voltar pra minha casa, estou com saudade de la. E não quero nenhuma enfermeira cuidando de mim. E eu to morrendo de saudades da minha mae. - Falou ele abaixando a cabeça. - Quero ir pra casa, morar com ela. Sinto falta de ter uma família.

- Que otimo meu amor, você tem que ir mesmo. Morar com ela.

- Voce acha isso amor?

- Acho sim.

- Ufa pensei que tinha feito besteira.

- Não não.

- Amor? A gente ja esta se chamando de amor?

- Não gosta? Eu paro.

- Eu não gosto.. Eu amo coisa irritante.

- Voce nao vai levantar não?

- A gente ta namorando? - Falei abaixando o tom de voz na última palavra.

- Oi? Namorando? - Ele fingiu que estava tossindo.

- É isso. Namorando..  me fala?

- Não.. ainda não..

- Entendi. - Abaixei a cabeça, e ele com a mão a levantou novamente.

- Não fique assim, ainda não está no tempo certo. Vamos esperar um pouco.
- Pra que?

- Pra que sim. Tem que ser no momento certo, pra ser especial.

- Te entendo. - Falei rindo. Mais eu entendia mesmo, e sabia do que ele estava falando, ele tava falando da cadeira de rodas.

- Levanta preguiça. Vou arrumar minhas coisas.

- Pra que?

- Vou embora esqueceu?

- Já? - Falei com uma voz manhosa.

- Sim dengosa. Vamos levanta.

- Tá bom. - Falei rindo e me despreguiçando.

A tarde veio e ele se foi, voltou pra casa dele junto com a mãe. Eu já estava com saudade, mais ele tinha que ir com a mãe dele.

---- Gabriel -----

Sair da casa dela me dava um alívio, porque eu sabia que já estava começando a incomodar, mesmo que falem que não. Chegando em casa minha mae ja estava lá, e ja tinha arrumado tudo certinho, e o melhor estava fazendo minha comida preferida.

- Cheguei.

- Filho, demorou. - Ela falou abrindo um enorme sorriso pra mim.

- Oi.. demorei pra Sair do carro na verdade.

- Ah filho, acontece. Venha até a mesa, vou colocar comida pra você.

- Mãe? Como a senhora sabe minha comida preferida?

- Te conheço Gabriel. Parece que não, mais conheço.

- Mãe.. Eu te amo. - Eu disse e vi os olhos dela encherem de lágrimas. - Eu estava com saudade, com muita saudade.

- Eu te amo filho, e senti muito sua falta. - As lágrimas no rosto dela rolaram.

- Vamos comer mae. Vamos. - Ela se sentou e comemos.

Depois sai no sofá e ela do nada começou.

- Eu tentei vim te procurar antes.

- E porque nao veio?

- É uma longa história entao vou resumir pode ser?

- Pode mae. Fala.

- Depois que voce foi embora, aquele homem começou a bater em mim, na verdade quando ele batia em você, na hora eu não podia falar nada, porque se não ele ia te bater com a cinta de ferrenho e ai sim você ia se machucar de verdade, depois voce foi embora e eu dei graças a Deus, assim você não ia apanhar mais.

- Mãe, mais ele te batia muito?

- Todos os dias, toda hora se deixasse. Depois falei que ia embora daquela casa e ele me trancou no quarto durante 3 dias, so com água. E me levou embora daqui, fui parar no Canadá, nao conhecia ninguém e não sabia de ninguem. Eu lembrava do seu número e resolvi ligar. A empregada disse do seu acidente e eu disse pra ele que precisava vir no médico, inventei uma dor e vim. Te pedi a chance e voltei pra la. Ele soube da verdade nao sei como e me bateu, bateu, bateu muito, a ponto de me ver desmaiada e ser levada para o hospital.

- Eu vou matar aquele filho da pu**. Eu vou matar ele.

- Não dá mais meu filho.

- Como não mae?  O que aconteceu?

- Primeiro quando eu voltei do hospital, ele não foi me buscar la, cheguei em casa e ouvi gemidos de mulheres, ele estava com duas na nossa cama. Sai de la e ele veio atrás, nossa casa tinha uma escada, no meio da nossa discussão dei um forte tapa na cara dele. Ele me empurrou e eu cai no chão com tudo, assim eu empurrei ele com meu pé, e ele caiu escada a baixo, foi levado ao hospital e morreu la com crise de cirrose. Nem fui ao velório, e ai decidi te liga.

- Mãe. Que história, parece mentira.

- Mais nao é filho, olha isso. - Ela me mostrou uma cicatriz. - Doeu e muito, isso foi com a cinta de ferro.

- Mãe que absurdo. Que bom que a senhora voltou eu te amo.

- Eu te amo muito meu amor.

Passamos o resto do dia juntos.

Para Sempre (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora