Olhava pró camarotes e se ele estivesse ali? Mesmo ele sendo um idiota, ninguém merece ser traído. Me esquivei das cantadas do Pedro e fui procurar a saber com o garçom que fiz amizade, para saber mais do lugar. Uma mulher desconfiada é pior que o FBI.

Xaveco vai, xaveco vem no garçom, e ele me deu todas as características do suposto dono desse lugar e bingo era o Lorenzo.

Eu sinto que estou bem encrencada. Perguntei também se o dono estava hoje e mais uma vez estou ferrada.

Disse para as meninas que iria ali e já voltava. Na porta da entrada para o camarote, tinha uns seguranças que riram quando eu disse que era namorada do Polegar.

Por isso eu quero que ele oficialize nosso namoro para não ter mais isso. Vinte minutos esperando do lado de fora já me arrependendo, abriram e me levaram para a sala do chefe. Preparada psicologicamente para a enxurrada de perguntas do Lorenzo. No corredor até a sala dele vi um monte de gente limpando armas, e também me cumprimentaram como patroa.

Abri a porta do escritório dele, estava ele no telefone e assim que me viu desligou.

- Pode continuar no telefone Amorzinho! - disse em um tom irônico.

- O que você está fazendo aqui?

- Esse lugar é pra se divertir certo? Então foi que vim fazer! - me sentei na cadeira de frente para ele e comecei a girar.

- Cheguei na sua casa e a Carol me deu o recado que você mandou pra mim. O que você acha que está fazendo aqui?

- Ela deu o recado certinho? Boa garota! Eu, nada meu amor! - ele me olhava tão irado, seu rosto já estava vermelho. Ele caminhou até mim, com um olhar tenebroso... Já comecei a me arrepender até de ter saído de casa.

- Você vai pra casa, daqui a uma hora eu vo ligar e espero que você atenda porque se não...

- Se não o que? Me poupe Lorenzo... Eu estou com as minhas amigas e vou voltar com elas e ponto final.

- Você é ridícula Sabrina, olha essa sua roupa de prostituta, olha como você está se comportando... - levantei e olhei bem no fundo dos seus olhos e dei dois tapinhas no seu ombro.

- Você vai engolir cada palavra Polegar, cada palavra... - ri mais os meus olhos marejavam.

Abri a porta e saí em disparada, desci as escadas procurando o Pedro. Ele estava no bar, dei tchau para as meninas e também todos que estavam na mesa. Estava certa do que iria fazer, aquele idiota iria pagar por cada palavra que ele me falou. No estacionamento encostei o Pedro em seu carro e comecei a beija - lo. Minha raiva era depositada nesse beijo, me via totalmente cega pela raiva que sentia ódio , eu odeio o Lorenzo odeio!

- Calma delícia, ta certa que quer fazer isso? - beijei - o de novo e fiz que sim com a cabeça. - É que eu não quero ninguém dizendo não na hora H.

- Esse tempo todo de amizade e você não me conhece, que decepção em! - Ri e entramos no carro. Decidimos ir para uma praia deserta, o Lorenzo poderia descobrir onde eu estava... Com os faróis ligados e eu e o Pedro no capô fazendo a festa.

~~

Lorenzo

Cheguei na casa da Sabrina e a Carol disse que ela tinha saído com umas amigas da faculdade. Que amigas? Não conheço nenhuma da faculdade. E eu sei que não é só amigas tem amigos também. Sai da casa dela irado, ela não avisa pra onde vai. Minha mulher não sai assim sem me dar satisfação. Entro no meu carro indignado pela ousadia dessa garota metida a mulherona...

Ligo para o Bruno avisando que estava indo para a boate, saber de tudo por lá. Faz tempo que não passo nessa boate. Passo o rádio pros manos ficarem de olho no morro pra mim e qualquer coisa passa o rádio pra mim.

Chego no bar e vou direto pro meu escritório e vejo os balancetes junto com o Bruno.

A boate não da tanto dinheiro como o morro mas com ele pago os comparsas. Já estava com os dedos com calos de tanto ligar para o número da Sabrina. A raiva subia, esticava as mãos, estralava meu pescoço, sentava e levantava da cadeira várias vezes. Minha vontade era de surrar a Sabrina.

Um dos meus seguranças entra e fala que a Sabrina estava querendo falar comigo. Claro que autorizei que ela subisse. O que ela está fazendo aqui? Como ela descobriu que eu sou dono daqui? A Carol liga pra mim pra saber da amiguinha dela, na hora ela entrou e eu logo desliguei.

Olhei de cima a baixo, ela estava simplesmente maravilhosa.

A minha mulher é sem igual. Mais se eu deixasse meu extinto falar mais alto eu não saberia o porque dela está aqui.

As palavras de ironia dela era de matar, a cara de nojo que ela fazia pra mim me fazia ficar mais irritado.

Depois de uma pequena discussão ela foi embora com uma promessa de me fazer pagar pelas palavras que disse.

Deu medo sim, não vou negar.

Assim que ela saiu contei no relógio daqui a uma hora ligarei para ela e espero que esteja em casa... Se não estiver não sei o que vai acontecer!

#Se gostarem curti e comenta, desculpe aí pelo erro de algumas palavras é o corretor!

Dona do MorroWhere stories live. Discover now