Capítulo IV ➰

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Anteriormente...

"Foram poucos momentos que tivemos juntos, mas todos eles significaram mais do que eu posso explicar. Palavras não seriam capazes de descrever o quanto estes pequenos momentos significaram para mim."
...

Harry's POV

"Aquela miúda me paga." Caminhava eu, em direção ao dormitório de Beka, -o período das aulas já havia acabado. (Meninos não podem ir ao dormitório das meninas e vice versa, então estou indo escondido). Pensava em uma forma de me vingar daquela garota. Como ela se atreve a me desafiar e na frente de quase metade do colégio. Estava furioso, mas ainda assim, impressionado. Sim! Impressionado, com sua coragem. Mesmo estando só, sem ninguém a apoia-lá, ela teve coragem de me enfrentar. Foi a primeira vez que o fez, mas não voltará a fazê-lo de novo.
Sou retirado de meus pensamentos ao ouvir uma voz, que vinha do dormitório de frente ao de Beka.

Era uma voz doce e calma. Era como ouvir anjos cantando. Logo percebo que aquele se tratava do dormitório de Tori. Pude ouvir também o som de um instrumento, que provavelmente deve ser um violão ou uma guitarra. "Então quer dizer que além de cantar, ela também toca?"- exclamei baixo, tão baixo que cheguei a achar que fosse um pensamento. Eu já havia ouvido ela cantar outras vezes, mas nunca reparei que sua voz era tão doce, talvez por que das outras vezes ela perceberá que eu ouvi e calou-se logo. Mas nunca a vi tocar nenhum instrumento.

Esta miúda é mesmo imprevisível. Parece tão frágil, tão sozinha. É tão pequenina e delicada, que parece um bibelô. Vocês devem estar se perguntando se ela é feia? Não, realmente não. Deve ser uma das garotas mais belas da escola, muito mais bonita que Beka, que usa meio kilo de maquiagem para ser mais apresentável, sem falar no cabelo liso sem vida, que todo mundo sabe que não é natural, mas ainda assim, ela insiste em dizer que é. Tori não precisa de nada disso. Seus cabelos castanho escuro, ondulados e longos estão sempre atados em um rabo de cavalo alto, com alguns fios soltos e seus grandes olhos negros, que mais parecem poços de tristeza. Sim! Eu reparo em tudo isso, posso lhe fazer mal, mas não sou cego e sei reconhecer as qualidades das pessoas, ainda mais se for uma miúda bonita igual Tori, embora isso não me faça diferença alguma na forma de tratá-la.

A pergunta que ecoa na mente de vocês, por que eu a maltrato tanto? Nem mesmo eu sei. Eu apenas tenho a necessidade de vê-la mal, triste e isolada, isso faz-me sentir bem. Eu gosto de saber que ela tem medo de mim e de ser superior a ela, ainda mais sabendo que ela não tem ninguém para defendê-la, parece que nem mesmo seus pais ligam
para ela. Já tentei deixá-la em paz, às vezes parece que uma ponta de remorso sugerem meu peito ao vê-la daquela forma, mas é inevitável.

"Oi gatinho"- ouvi a voz de Beka ao abrir a porta do seu dormitório. Ela estava vestida com uma camisola de seda, que não lhe cobria mais que a poupa da bunda. "Como pode ser tão vadia?". Pensei.

"Oi gostosa"- disse com um sorriso malicioso, agarrando pela cintura e empurrando-a para dentro do dormitório enquanto a beijava loucamente.

•••

"Fica mais um pouco papi"- ouvi-a dizer manhosa, enquanto colocava as minhas calças.

"Amanhã"- disse frio e ela não insistiu.

Sai do quarto, dando de cara com o dormitório de Beka, que encontrava-se com a porta aberta. E tive a curiosidade de entrar. Coloquei apenas minha cabeça para dentro do quarto, para me certificar de que não havia ninguém lá dentro e como eu já suspeitava, não havia. Então empurrei um pouco mais a porta e entrei. O quarto dela era incrivelmente organizado. As cores rosa e verde bebê, contrastavam perfeitamente com a mobília branca. Era muito mais agradável que o quarto de Beka. Pude ver que em cima de sua escrivaninha havia alguns livros, canetas e também um porta retrato, que carregava uma foto dela e de um rapaz a carregá-la no colo, ela beijava o seu rosto, então deduzi que aquele devesse ser seu namorado. Sua cama encontrava-se forrada e sobre ela um violão preto, personalizado com alguns desenhos de notas musicais. "Ela deve amar este violão". Foi aí que uma ideia me surgiu a cabeça.

"Aquele miúda nunca mais voltará a me desafiar"- falei para mim mesmo.

Sai do quarto dela antes que esta retornasse. Não queria que ela me visse. Se bem, que, converterá ela saberá quem que foi eu que fiz.

Estava indo para o meu dormitório, quando a vejo caminhado na direção oposta. Ao ver-me, percebo que ela abaixa a cabeça e tenta desviar, indo para o lado esquerdo, mas eu sou mais rápido e agarro seu braço e empurro-a para a parede, colocando o meu corpo próximo ao seu, para não lhe dar chance de escape.

"Onde pensa que vai?"- sussurrei no seu ouvido

"Deixe-me"- disse ela em súplica e eu sorri, encarando-a no fundo de seus olhos

"És tão idiota"- atirei-lhe e vi algumas lágrima escorrerem de seu rosto- "Não chore agora baby"- disse e enxuguei suas lágrimas com meu polegar, fazendo uma certa força, que deixou o local um pouco vermelho.

Ela olhou-me confusa com minha reação e eu apenas lhe dei um sorriso sínico.

Soltei seu braço e deixei que ela saísse. Rapidamente vi-a dobrar o corredor e desaparecer.

Tori's POV

Segui para o meu quarto, ainda confusa com o estranho comportamento de Harry. Chegando no meu dormitório percebi que havia deixado a porta aberta e uma sensação ruim se apoderou de mim. Empurro a porta, entro e a fecho. Acendo a luz e logo pude ver...

"Ele não pode ter feito isso"- digo para mim mesma, já aos prantos.

•••

Perfect é simplesmente perfeita ♡♡
🎶 "Baby, I'am perfect, I'am perfect for you" 🎶
Segundo single. Mal posso esperar pelo clipe (^o^)/
ᗷᒪᗩᑕK KIᔕᔕE

Life |H.S|Where stories live. Discover now