Capítulo 9.

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»» S T Y L E S.

Londres - 01:27 a.m.

   Deitado no escuro eu pensava sobre muitas coisas que aconteceram na minha vida. Tenho insônia então isso fico horas em claro pensando sobre tudo. Dizem que pensar é uma virtude, mas isso as vezes me enlouquece. Penso em iniciar uma conversa com alguém porém acredito que a maioria das pessoas estão dormindo agora, principalmente por ser meio de semana.

   Resolvo tentar dormir pela centésima vez. Assim que largo o celular e fecho os olhos, acredito que passam-se no máximo dez segundos o ouço apitar. Ligação em uma hora dessas? Leio o nome que aparece na tela antes de deslizar o dedo e atender a chamada. Louis.

   "O que foi?"

   "Harry, precisamos que venha aqui para a delegacia agora." Ele diz com um tom de quase desespero na voz.
   "Por quê?"

   "É uma longa história, mas só digo que deu merda. Tipo, fodeu muito tudo."

   Não entendo bem o que aconteceu, apenas aviso que estou chegando e vou colocar uma roupa. Acabo pegando uma calça qualquer, camisa cinza velha, coloco um tênis, pego um casaco pesado pois, pelo horário, imagino que está bem frio lá fora, amarro meus cabelos com uma bandana surrada, tirando os fios rebeldes do rosto e pego meu distintivo juntamente com uma pistola. No carro, vou com pressa pelas ruas nem tanto movimentadas.

   Assim que chego à delegacia, vou logo para a área das reuniões e estão todos os principais lá: Liam, Louis e Niall. Eles estão sentados em volta da enorme mesa central retangular e parto em direção à cadeira da ponta, na qual eu sempre sento. Cruzo as mãos sobre a mesa e digo:

   "Então rapazes, digam-me, o que aconteceu?"

   "Bom, acredito que o senhor se lembra da investigação principal, a que é sobre os tráficos de droga e prostituição de Londres..." Liam começa falando rapidamente e olha em direção ao Niall dizendo com um aceno de cabeça pra ele continuar.

   "Claro que me lembro." Concordo virando me pra Niall.

   "Pois então, estávamos fazendo uma revisão sobre os arquivos e, assim que fomos procurar tais arquivos, não encontramos nada. Absolutamente nada, nenhum resquício sobre as investigações, tudo que tínhamos sobre o caso simplesmente sumiu." Ele me olha com preocupação. Sorrio.

   "Eu tenho uma copia de tudo em un pen-drive na minha sala... Vou lá pegar" digo indo em direção a porta enquanto os garotos se entreolham com uma pontada de dúvida.

   A delegacia estava fechada, então não tinha ninguém lá além de nós. Segui por um corredor escuro que levava para um "jardim" — o qual nem flores possuíam — que separava a delegacia da minha sala e do depósito de inspeção de detentos para serem levados para a prisão. Assim que passo pelo corredor sinto como se estivesse sendo observado. Sabe? Quando você vê que não tem ninguém consigo porém sente a presença de um ser quase imaginário te rondando? Era isso que me dominou neste momento, mas segui firme.

   Me virei para fechar a porta atrás de mim e ir em direção à minha sala e logo que viro novamente meu corpo para a esquerda levo um susto. A sala em minha frente encontra-se em chamas, posso ver elas através das paredes de vidro e estão começando a se alastrar. Puta merda. Minha primeira reação é ir até lá, abrir a porta e acabar com esse fogaréu. Depois de muitas tentativas consigo abrir a porta e entro indo direto para a mesa central na segunda gaveta em busca do pen-drive, mal vejo que a porta atrás de mim havia se fechado sozinha e me desesperei quando vi que não abria por mais que eu fizesse muita força. Comecei a suar e tirei minha camisa abanando-a para tentar acalmar as chamas em vão.

Danger » H.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora