Capítulo 20

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Sarah.

Eu sentia o gosto metálico de sangue na boca desde a hora que aquele maldito me deu o tapa no rosto.
Minha cabeça toda latejou com o golpe, e agora, eu sentia meu rosto dormente.
Quando o brutamontes apontou para minha cabeça a arma que vinha pressionando nas minhas costas, o mundo pareceu tomar outro rumo.
Eu iria com certeza morrer.
E talvez, coisas piores que a morte aconteceriam comigo quando eu entrasse naquele carro.
Por isso, quando meus olhos avistaram a morena vindo em nossa direção, com um olhar assustado, eu mal pude acreditar. Achava ser uma pegadinha que minha mente amedrontada estava pregando em mim.
Júlia... A chance de ser Júlia o ser humano a aparecer ali era quase impossível, mas sim.. Era ela.
Com roupa de enfermeira, e com uma seringa na mão.
Brutamontes não pareceu se importar muito se ela havia visto seu rosto, ou se ela estava presenciando ele ameaçar minha vida com uma arma. Ele apenas queria que ela sumisse.
Pedi por socorro silenciosa, movendo meus lábios. Era minha única chance, não importando quem ela era, ou o quanto estávamos enroladas com aquela situação de "quem fica com o Ian" .
Então Júlia deu um passo para trás, e o olhar que me dirigiu deu a certeza de que ela faria alguma coisa.
Eu apenas rezava para que quando ela agisse eu ainda estivesse bem.
Estava dentro do carro com o brutamontes há uns quinze minutos. Ele dirigindo calmamente, e eu com os pulsos amarrados por uma fita metálica, sentada no banco de trás.
Era um carro de duas portas, o que me deixava sem nenhuma chance de escapar.
"Como se eu pudesse mesmo sair correndo por aí quando o maldito brutamontes tem uma arma".
Me restou apenas esperar.
Chorei por um tempo, tinha tanto medo de morrer, ou que ele fizesse coisas piores comigo. Ou até que me batesse de novo, mas que em vez de no rosto, ele acabasse machucando minha barriga, meu filho.
Respirava fundo, tentando me acalmar. Eu não podia perder o controle. Controle era tudo. Pessoas nervosas se afogavam. Pessoas no controle viviam.
Ele parou com o carro numa rua não muito movimentada.
- O que quer comigo? Para onde está me levando? - perguntei baixo, tentando controlar as lágrimas.
- Para dar um passeio, docinho. - ele sorriu pelo espelho.
A raiva e o medo me queimavam por dentro.
Obviamente que este cara estava me sequestrado. Mas desde que colocou a arma nas minhas costas, ainda dentro do hotel de Vinícius, que ele está com brincadeirinhas, como se fôssemos amigos.
"Vinícius" , minha cabeça começou a latejar.
Esse filho de uma Puta Devia estar metido em algo muito sujo.
Com certeza que aquele homem havia me pegado por culpa dele.
"Se eu sair viva disso, eu vou dar um soco no meio daquela cara de pau dele. "
O brutamontes olhou para os lado, mesmo o vidro sendo extremamente preto, ele queria se certificar que ninguém estava a me vendo.
- Agora vamos colocar uma coisinha...- ele se virou, com um pano preto na mão.
- O que vai fazer comigo? - o medo começou a se apoderar de mim, fazendo minha voz falhar.
- Relaxa docinho, você só não pode ver a onde estamos indo. - e depois minha visão se perdeu no escuro do tecido.
- E precisamos trocar de carro. - ouvi alguma movimentação, depois senti meu corpo ser puxado do carro.
Ele me arrastou puxando pelo cotovelo, me impedindo de fugir.
"Até porque você está encapuzada Sarah. E muito provavelmente acabaria , no mínimo, com a cara no chão se saísse correndo por aí. "
Respirei fundo. Minha mente não estava muito positiva, qualquer ideia que eu tinha, logo se agilizava em mostrar o quanto eu poderia falhar ao tentar.
O brutamontes que me segurava teve a gentileza de abaixar minha cabeça para que eu entrasse em outro carro, e com um empurrão meio desajeitado, me deitou no banco.
O estofado do segundo carro era muito mais macio, mas não tirava de mim a angústia e o medo.
Preferia mil vezes estar no duro tapete da varanda, com os braços de Ian em volta de mim.
E assim que a imagem de Ian entrou em minha mente, eu desabei.
As lágrimas desciam grossas pelo meu rosto, fazendo uma pequena piscina entre meu rosto e o estofado do carro.
Eu ia acabar morrendo.
E eu nunca mais estaria no duro tapete da varanda, nos braços de Ian.
Ele não saberia da vida maravilhosa que tínhamos gerado juntos.
Eu nunca mais iria ouvir ele me chamar de seu anjo.
Eu não iria mais poder dizer que o amava.
Depois de um tempo indeterminado em que estava chorando em silêncio no banco traseiro, me permitindo lamentar sobre meu destino, o carro parou.
Ouvi barulho de metal rangendo, me parecendo um portão se abrindo.
- Onde estamos? - perguntei, usando toda a pouca força que me restava para levantar com as mãos nas costas, e sentar no banco onde estava deitada.
- Nenhum lugar que você possa saber, docinho. - ele riu, e depois de andar mais um pouco com o carro, parou. - Vamos..
Abriu a porta ao meu lado, me puxando de dentro do carro.
- O que vai fazer comigo?- perguntei nervosa, voltando a chorar.
- Docinho...- ele agarrou meu cabelo, falando com os lábios próximos ao meu pescoço me causando um arrepio de medo. - Acho que você está fazendo perguntas demais. Se quiser continuar com essa boquinha livre, é melhor calar-se.
Senti o sangue gelar em minhas veias.
Eu podia sentir a ereção dura do homem se apertando na minha bunda.
Eu iria morrer.
Eu iria mesmo morrer.. Ou coisas piores aconteceriam.
Fui sendo puxada por um caminho plano. Quando eu precisava subir um degrau ele me avisava.
Passamos por várias portas, que eram fechadas com estrondo logo após passarmos, até uma última, que pelo barulho que fez ao se fechar, presumi que era bem mais pesada.
- Senta aí..- me sentou a força numa cadeira gelada.
O lugar estava todo muito gelado, provavelmente não havia nenhuma janela ali. Eu sabia pelo cheiro que sala tinha, cheiro de coisas guardadas, de cômodo fechado por muito tempo.
Minhas pernas e mãos tremiam.
Eu não pensava tanto assim na minha própria vida, meu desespero maior era pelo meu bebê.
Ele tinha que conhecer a vida antes de sair dela.
Estava tão atordoada que não fazia ideia de quanto tempo se passara desde que o brutamontes me sentou na cadeira gelada e dura. Mas eu sentia a presença dele. Seu olhar queimava minha pele como se pudesse me tocar, e eu me lembrava bem de sua ereção me roçando a bunda quando chegamos ali.
Ouvi um barulho metálico de microfonia, e um segundo depois a voz de um homem encher a sala.
- O que está acontecendo aqui? - ele perguntou com uma voz aparentemente calma, mas pelo palavrão baixo que o brutamontes soltou ao meu lado, imaginei que fosse alguém a quem ele devia se reportar, e ele estava fazendo merda.
Brutamontes se levantou, e pelos passos eu soube que se afastou de mim, apertando algum botão plástico na parede.
- Peguei a garota dele senhor. Agora esse filho da Puta verá o que é bom.
O homem deu uma risada cínica, que gelou algo dentro de mim.
Senti meu corpo se retrair. Era o medo em mim aumentando, me tomando para um abismo sen controle. Algo me dizia que o homem dono da voz que saía de algum lugar era pior, muito pior que o brutamontes.
"Vamos lá Sarah.. Controle. "
- Pegou a garota de quem exatamente? - a voz fria cortava o ar.
- Corradi, senhor.
Se fosse outra situação eu chegaria a rir com o maldito erro cometido pelo brutamontes que me pegou.
Eu claramente não era "a garota" de Vinícius Corradi.
Mas ali, onde eu estava, na situação em que estava, eu não podia rir. Devia agradecer a Deus pelo brutamontes não ter me tocado mais nenhuma vez, e implorar para que o homem cuja voz me dava mais medo que todos os músculos e armas do Brutamontes não quisesse saber de mim.
- Tire o capuz dela. - a voz ordenou, e num segundo depois uma lâmpada fluorescente me cegava.
Fiquei tanto tempo com os olhos apertados de medo, ou simplesmente encarando a escuridão do capuz, que a luz fraca da sala suja onde estávamos me pareceu um dia ensolarado.
Realmente era um cômodo sem janelas e sujo. Olhei rapidamente em volta, sem perder o brutamontes de vista.
Parecia uma sala de interrogatório que vemos em filmes de polícia, com uma mesa, cadeiras e um grande espelho, por onde, imagino, que o homem dono da voz que saía de caixas de som me via.
A voz grave do homem soltou mais uma risada pela caixinha de som no canto da parede, desta vez trazendo alguma emoção, que não me convenceu ser graça.
- Sarah Veron. - a voz falou apenas meu nome, deixando que o silêncio seguinte o engolisse junto de meu fôlego.
"Ele sabe quem eu sou.."
- Estou certo? - perguntou com um tom de voz meloso.
Afirmei com a cabeça para o brutamontes que me encarava com desânimo.
- E pode perceber Ricardo, que digo Veron, e não Corradi. - seu tom de voz fumegava de ódio. O brutamontes, que agora eu sabia se chamar Ricardo, se encolheu um pouco. - Essa é esposa de Ian Veron, seu idiota.
Brutamontes arregalou os olhos, perdendo um pouco da cor do rosto.
- Quantas vezes eu te falei que não queria nenhum Veron metido nisso porra? - a voz ainda gritava raivosa do outro lado das caixinhas de som.
- Senhor... Eu pensei que ela fosse... Você falou que era amante dele sua Puta.. - brutamontes falava nervoso, se dirigindo a mim.
Eu já etava nervosa, e com o súbito comportamento agressivo dele o medo só aumentava.
- Eu não disse nada disso.. Eu disse que era uma amiga dele. - não consegui controlar minha voz, que saiu na forma de um grito, que pensado bem, muito malcriado.
- Calem essas bocas. - O homem do outro lado das caixas de som parecia realmente estar com raiva. - Já me basta aquela porra de Loirinha Veron, que fica fazendo perguntas por aí, e os malditos paparazzis seguindo os Verons para todo lado. Agora tenho mais essa, Ricardo..
Respirei fundo, quase perdendo o fôlego. Meu Deus.. Ele estava falando de Ester.
- Desculpa Senhor. Eu realmente achei que ela fosse a garota do Corradi.- O brutamontes Ricardo tentava se defender conversando com o interfone.
- Filho da Puta. Vou ver o que faço com isso..
Um silêncio pairou dentro da sala, sem que diminuísse nem um pouco a tensão.
- Docinho.. Você me enganou. - Ricardo, o brutamontes, me olhou do outro lado da sala com um sorriso cínico no rosto e uma aparência nervosa, a beira do descontrole.
O ódio cresceu em mim. Esse idota tinha me metido nessa. Ele e Vinícius, mas com o Vini eu me acertava depois.
- Eu não te enganei porcaria nenhuma. Eu nem dirigi minha palavra a você. - falei sem conseguir esconder a raiva da voz.
Mas me arrependi um segundo depois de ter falado.
Brutamontes deu um riso seco, com os olhos faiscando de raiva.
- Docinho.. - ele começou a chegar perto de mim, andando lentamente. - Você é realmente linda sabia? E tem uma boquinha muito afiada.
Um arrepio subiu minha coluna.
Senti quando seus dedos tocaram meu pescoço, descendo pelo meu colo até o meio dos meus seios, depois puxar de leve a gola da minha blusa para ter uma visão melhor.
Comecei a tremer.
Porque eu havia aberto minha boca?
Eu devia ter ficado quieta. E com as mãos amarradas eu não poderia fazer nada. O homem era muito maior que eu.
- Hum.. Realmente linda.
Sua mão subiu pelo meu pescoço de novo, revirando meu estômago a cada pedaço de pele que tocava.
Segurou uma mecha do meu cabelo, esfregando-a em seus dedos, e com um movimento lento se abaixou até estar com o nariz enfiado atrás da minha orelha, entre meus cabelos.
- E cheirosa demais.. Meu Deus.
Senti meu corpo começar a enrijecer, e o medo me tomar.
O pesadelo de qualquer mulher estava prestes a se realizar comigo, o medo que secretamente carregamos conosco a cada manhã quando abrimos nossos olhos.
Eu sentia isso.. Ele me queria, e ele não iria parar enquanto não tivesse.
Seus gestos, seu olhar, sua voz nojenta me chamando de linda, seus toques em minha pele, tudo. Tudo nele indicava seu desejo insano em mim.
- Por favor.. - tentei falar alguma coisa, mas era difícil, o nervosismo havia secado minha garganta, me deixando numa rouquidão sofrida.
Meu corpo tremia tenso, duro de nervosismo, o que não ajudava em nada na minha ridícula tentativa de libertar minhas mãos das várias voltas de fita adesiva que as seguravam firme atrás das minhas costas. Minha cabeça se recusava a pensar que aquilo era real. Não era possível. Se não fosse pela dor que eu sentia em meus pulsos pelo esforço, eu acreditaria que aquilo não passava de um pesadelo.
Senti quando os lábios dele tocaram meu ombro. O nojo e o desespero quase me fizeram vomitar.
- Não.. Por favor. - resmunguei sem força nenhuma.
Minha visão começou a ficar estranha, escurecendo, me levando para um mal estar instantâneo.
"Não Sarah.. Não desmaie. Se desmaiar você estará morta. "
O Brutamontes continuava com seus toques nojentos, apalpando minha coxa, sussurrando elogios em meu ouvido enquanto mordia minha pele.
E o medo que eu sentia não era descritível.
Apertei meus joelhos um no outro com o máximo de força que pude, não deixando que ele me tocasse entre as coxas.
- Vamos lá docinho, não seja difícil. - ele apoiou as duas mãos nos meus joelhos, e sem precisar de muita força já estava me vencendo, abrindo minhas pernas.
- Me solta.. - gritei debatendo o máximo que podia meus joelhos, que o brutamontes segurava com força.
- Para.. Com.. Essa porra.. Vem aqui.. - ele tentava se desviar dos chutes irregulares que eu dava, e num solavanco ficou com seu tronco no meio das minhas pernas. -Agora esse short vai nos atrapalhar...
Quanto suas mãos tocaram no botão do meu short, descendo meu zíper, com um vislumbre da minha calcinha azul clara, eu não pude conter os gritos desesperados que saíam de mim.
Meu corpo se encheu de adrenalina, era meu instinto de sobrevivência falando mais alto, minha vontade de não ser machucada por aquele homem nojento tentando me salvar.
- QUE MERDA VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO TOCANDO NELA RICARDO? - a voz estrondosa ressoou por toda a sala, raivosa, descontrolada naquele grito, se sobre saindo aos meus pedidos de socorro.
O brutamontes me soltou imediatamente, e eu sem força nenhuma me apoiei na cadeira.
- Porra Ricardo. Você já fez merda suficiente. Acha que alguém ia esquecer se a garota saísse daqui estuprada seu filho da Puta? - o homem continuava a gritar palavrões na caixa de som, me despertando do estado de choque em que estava.
Eu ofegava, como se estivesse prendendo o fôlego a anos. Precisava me acalmar. Quase tive um colapso nervoso, perdendo a consciência, perdendo meu controle, deixando tudo mais fácil para o brutamontes.
Aquele filho da Puta etava do outro lado da sala, passando a mão freneticamente na cabeça.
- VOCÊ IA ESTUPRAR UMA DAS MULHERES MAIS CONHECIDAS E INFLUENTES DA CIDADE SEU MERDA? Ela é seguida por porra de repórteres por onde vai, e ninguém ia livrar a sua cara disso, idiota... Nem com a nossa influência.
Os gritos dele ecoavam na minha cabeça... Meu Deus.. Se ele demorasse mais alguns minutos para aparecer talvez fosse tarde demais.
- Saia daí agora. - a voz do homem soou baixa pela sala.
Ricardo obedeceu, saindo bufando, batendo a porta com muita força atrás de sí.
Respirei fundo. Finalmente sozinha. Não que eu estivesse aliviada por estar naquele lugar, mas a tensão que o brutamontes me passava era demais. E agora eu não sei se conseguiria manter o controle com ele dentro daquela maldita salinha comigo. O medo estava a um passo de me sufocar.
Minhas mãos ainda tremiam com o medo, e minha cabeça ainda estava atordoada.
- Srt. Veron.. A senhora sabe o porque está aqui? - a voz do homem soou pelas caixinhas de som mais uma vez, me lembrando de que não.. Eu não estava sozinha.
Mexi com a cabeça negando firmemente.
- Vinícius Corradi, amigo da sua família deve muito dinheiro para mim. E eu preciso que ele pague.
Senti um nó se formando na minha garganta.
- Já dei muitos avisos, mas esse Corradi é um cara liso, sempre se esquiva dos meus homens. Ricardo queria dar um aviso mais expressivo quando te pegou. Você não tem nada haver com o assunto, mas até que adiantou. - ele deu uma pausa, esperando que eu absorvesse suas palavras. - Vinícius resolveu que vai pagar a dívida, e quer que eu te solte. Então, para que isso dê certo para ambos os lados, preciso que você colabore.. Fui claro? Você vai fazer tudo o que eu mandar.
Afirmei com a cabeça.
- Bom.. - ele deu um suspiro pesado. - Há quanto tempo está com Ricardo?
A voz do homem me deixava alerta, com o medo pairando em minha volta.
- E-eu.. Eu não sei quanto tempo. - minha voz falhou.
- Hum.. Vou ver alguma coisa para você comer.
Fiquei sozinha no silêncio absoluto que se fazia dentro da sala.
Era sufocante. Era amedrontador.
Respirei fundo.. "Fique calma Sarah.. Vinícius vai pagar a dívida e todo mundo sairá bem dessa.. " era o que eu tentava me convencer.

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Uma coisa particular muito triste aconteceu na minha vida essa semana. Uma fato que realmente me abalou e eu não pude escrever tão bem, nem tão rápida quanto desejava.
Não está um capítulo muito grande, mas achei interessante postar essa parte.

Peço desculpas pela demora mais uma vez.

Agradeço aos que me dão força ;*

PS: Uma leitora comentou que estava esquecendo o livro com a demora que eu tenho em postar. E eu entendo vocês, poxa eu demoro muito. Mas não faço por querer e sempre posto o mais rápido que consigo. Desculpa pelo transtorno.

Pela Segunda VezOnde as histórias ganham vida. Descobre agora