Capítulo 5.

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Ian Veron.

Tinha passado um dia muito bom com Sarah e Ester na casa do lago, mas a sensação que tive ao chegar lá me perturbou o dia todo.

Me lembro de Ester ter dito algo sobre irmos lá quando estávamos triste, e quando me lembrei do lugar a tristeza veio junto. Era como no sonho que eu tinha com o homem morrendo, era a mesma dor, eu era consumido por uma agonia, uma tristeza aguda demais.

Tentei me distrair o máximo que eu podia, e uma das melhores distrações que eu tinha era Sarah.

Ela devia me odiar, isso eu já tinha percebido. Mas algo em seu corpo, quando eu chegava perto, me dizia o contrário. Ela tinha reações não muito diferentes às minhas, e me agarrei a isso para continuar em frente. Sarah iria ser minha, eu não podia continuar naquela angustia de apenas querer que ela fosse, eu tinha que tê-la.

Estávamos naquilo de "casamento arranjado", que até aquele momento eu ainda não tinha aceitado muito bem, e isso me mantinha um pouco mais longe, respeitando a distancia que ela queria.

Mas conforme as horas que passávamos juntos iam se estendendo, eu sentia ainda mais a necessidade de tocá-la, de sentir seu cheiro, de vê-la sorrir.

Quando voltamos para casa ela estava dormindo, então tive que pegá-la no colo, e levá-la ao nosso quarto.

Sua pele estava quente, e os lábios entreabertos, um castigo para meu corpo, não era como se eu tivesse deixado de ser homem só por não me lembrar do rosto dela. Eu me lembrava muito bem de algumas reações que o corpo humano tinha em contado com outro corpo, e Sarah parecia ter o tipo de corpo que se encaixaria perfeitamente no meu.

Mamãe nem nos viu chegar, Ester foi para seu quarto, e eu depois de deixar Sarah na cama fui tomar um banho.

Deitei ao seu lado na cama, tentando fazer o mínimo possível de movimentos para não acordá-la. Porém ela mexeu seu corpo esbelto, se arrastando na cama, até encontrar o meu corpo, e se encaixar nele.

Respirei fundo, isso sim tinha sido o golpe de misericórdia. Tive que respirar fundo mais muitas vezes, me controlando, "Você tem que dar o espaço dela Ian, ela pediu." Eu tentava me convencer, mas era difícil dizer isso quando ELA havia me procurado na cama, e quando sua bunda estava tão colada no meu corpo.

Seu cheiro me invadia, com seu calor causando reações à minha pele.

Minhas mãos comixavam de vontade de tocá-la, e quando percebi meus dedos desciam por sua coxa nua, sentindo sua pele macia e lisa. Todo meu corpo se arrepiou, como ela estivesse me acarinhando e não o contrário.

Mais um movimento brusco dela, que quase me levava a loucura, e suas pernas estavam jogadas sobre meu corpo.

Depois de muito tempo de auto controle, de desculpas, e de muita força para não agarrá-la naquele instante, eu consegui dormir com meu pau latejando muito.

Mais uma vez tive aquele sonho. O homem morria. Escapava de mim, e eu não podia fazer nada para impedir.

Acordei ofegante, suando, me sentando bruscamente na cama. E ainda mais do que a primeira vez eu necessitava sentir a vida de Sarah. O quarto estava muito escuro, eu não a enxergava, só sentia seu cheiro e seu calor.

Ela estava agarrada a mim, com minhas pernas e braços enrolados em volta de seu corpo.

Tateei no escuro pelo colo dela, até encontrar o meio de seus seios. Minha mão tocou seu seio redondo e delicado, mas minha agonia de saber se ela estava bem era tão grande, que não me atentei a esse fato.

Na noite anterior, só de pensar na pele dela eu já chegava a beira de perder meu controle. Mas ali na madrugada, minha ânsia de tocá-la era apagada pelo medo de perdê-la.

Pela Segunda VezOnde as histórias ganham vida. Descobre agora