How many nights have you wished someone would stay?

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Suas mãos, pouco geladas, se posicionaram em volta de todo meu pescoço fazendo com que arrepiasse todo meu corpo.

"O-Oi, desculpa, Lou. Eu.."

"Estava pensando em que?" Louis perguntou.

Minhas mãos se encaixaram com as suas, mesmo ainda no meu pescoço. Inclinei minha cabeça um pouco mais para cima, me fazendo ver direto nos seus olhos, o que me fez soltar um pequeno suspiro naquele momento, e então respondi:

"Em você!" Sorri e vi que rosto se encher de luz, chegando cada vez mais perto de mim e fazendo seus lábios se enrolar junto aos meus.

Eles se encaixavam tão bem e percebi isso na primeira vez que imaginei nosso primeiro beijo. Sempre soube que ele foi feito sob medida para mim.

"Eu não gosto de ficar assim.. Me sinto pequeno!" Louis reclamou enquanto descíamos as escadas, rumo a cozinha.

"Ahh, então você se sente pequeno?" Perguntei sarcástico o abraçando ainda mais por trás, contornando todos seus ombros com meus braços enquanto minha visão era completamente tapada por todo seu cabelo.

"CALA A BOCA!" Tomlinson gritou enquanto descíamos os últimos degraus diante nossa uma pequena crise de risos "Você é um idiota!"

Sentamos os dois no balcão da cozinha e devorávamos cada um, um pote com cereais com leite. Esse era o seu favorito.

Passamos o resto da manhã assistindo filmes e comendo doces. Louis estava deitado no sofá maior e eu, deitado no seu colo enquanto ele me fazia cafuné durante todo o filme, ele sempre fazia isso.

"Amor?" Sua voz soava como uma melodia rumo aos meus ouvidos. Abri os olhos e percebi que tinha dormido o filme inteiro "Eu preciso ir.."

Eu não queria ouvir essas palavras tão cedo.

"Não, não vai, por favor!" Implorei, mais sem sucesso.

"Eu preciso ir, babe, já faz dois dias que eu estou aqui e eles vão começar a me procurar. Você sabe que eles viriam aqui e eu não quero que ninguém te machuque..." Enquanto Louis falava, percebi que seus olhos estavam mais cheios e por mais que eu também preferisse me desabar ali mesmo, não podia deixá-lo triste.

Não era pelo fato de que ele estaria indo embora dos meus braços ou que não poderia mais dormir aqui, mas sim porque eu não saberia quando eu poderia vê-lo novamente.

Talvez alguém lá fora me entenda, entenda como é esconder tudo de novo e talvez alguém também entenda como isso machuca. Se amar não é errado, por que não pode ser certo de qualquer maneira que for?

Eu demorei tanto para chegar até aqui com Louis e é como se estivéssemos andando em círculos novamente.

Eu quero poder andar de mãos dadas com ele, como um dia fizemos. Queria poder beijá-lo em público sem me preocupar com nada, de alguma forma, sinto que preciso gritar meus sentimentos por ele para o mundo, mas não posso.

No entanto, sabia que tudo iria ficar bem, se isso.

"Eu sei, Loueh... Eu te chamava assim, lembra?" Percebi que meu dia estava completo ao ver um sorriso novamente estampado em seus lábios finos e corados, nem que pela última vez "Me promete mandar mensagem avisando que você chegou bem? Você sabe que pode me ligar qualquer hora..."

"Eu sei e eu vou mandar, prometo. Eu te amo tanto, Harry..." Louis foi soltando cada palavra lentamente, acompanhando suas mãos que caminhavam pelos meus braços até a cintura.

Theory - Larry StylinsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora