I Miss Your Touch

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"Harry?"


"LOUIS!" Saltei desesperado enquanto me localizava pelo quarto. Estava tudo branco com algumas cortinas azuis no canto das persianas, meu lençol também era azul claro e havia uma cadeira do lado da minha cama, lá estava Des.


"Sente alguma dor, enjoou ou qualquer tipo de mal estar?" Perguntou um homem de jaleco ao lado de Des fazendo anotações.


"Não!" Respondi rápido procurando com os olhos atordoado por toda parte na espera de encontra-lo "Cadê ele?"


"Tudo bem, já está liberado!" O médico disse se dirigindo a saída do quarto "Ah.. Seu amigo chegou em estado grave e pela profundidade do corte e sua perda de sangue, ainda precisa de muitos cuidados mas estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance."


"Ele não é meu amigo.." Respirei fundo enquanto meu pai e outra enfermeira de ajudava a levantar da cama e começava a sentir algumas dores na região da cabeça "Ele é meu melhor amigo.. Meu namorado e meu noivo."


"Noivo?" Meu pai perguntava surpreso e contente me ajudando a caminhar. Apenas sorri em resposta.


"Quando eu posso ver ele? Pai, você já foi ver o Louis? Ele está bem?" Comecei a enche-lo de perguntas e antes que Des conseguisse me responder algumas, fomos interrompidos:


"As visitas ainda não foram liberadas... É melhor você descansar até lá!" A enfermeira falou sem ao menos ser mencionada.


"Eu não vou para casa.." Olhei para Des e percebi que ele sabia que eu não sairia de lá tão cedo, não deixaria Louis nesse lugar sozinho.


"Vamos comer alguma coisa.." Meu pai falou me levando para fora do quarto, onde dava direto a um corredor silencioso e gelado, típico de um hospital, o que fez com que parecesse que meu cérebro se apertasse de dor "...Ninguém quer que você desmaie de novo."


Por mais que minha cabeça se espremesse de dor, não era a única dor que eu sentia e nem de longe a mais importante, já que eu sabia que essa logo passaria.

Era um hospital bastante grande, com várias escadas, elevadores e pessoas correndo por todos os lados. Subimos por uma dessas escadas e pedimos informações para uma moça que trabalhava ali.

Conforme íamos passando por todas aquelas portas de todas aquelas salas, meu coração congelava a medida em que pensava que qualquer uma daquelas portas, poderiam ser a de Louis.

Andamos bastante até que encontrássemos uma lanchonete no último andar, longe dos pacientes. Sentamos ao lado de um grupo de médicos e, por mais que não quisesse comer nada, meu pai pediu para nós dois.


"O pai do Louis esteve aqui.." Des deu inicio a conversa depois de um tempo em completo silêncio na mesa.


"Por que ele veio? Eu não quero ele aqui!" Senti meu sangue ferver apenas de saber que aquele cara passou por aqueles corredores.


"Filho, ele é pai do Louis. Você não pode fazer nada quanto a isso..."


Theory - Larry StylinsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora