3 Temporada Capítulo 4

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- Seria o que então? - ela me olhava dentro dos olhos, já dava pra sentir nossas respirações se aproximando, ela estava mascando chiclete de menta, eu sei que tava.
- atração? - nesta hora alguém entrou no quarto, e adivinha era o Polegar junto com a Bruna.
- Oque está acontecendo aqui? - perguntou a Bruna e eu pude ver no olhar do Polegar a alegria dele em descobrir que eu me interessava por meninas.
- Vem Bruna, vamos deixar os dois. - disse o Polegar puxando a Bruna pra fora do quarto o que foi meio inútil ela volto do mesmo jeito.
- Bruno e Luiza? - perguntou a Bruna enquanto a Luiza se afastou de mim.
- Não ta rolando nada falow tia?
- É bom mesmo vocês são primos!
- não somos nada, a Gaby é prima dela eu não!
- mesmo assim não estava rolando nada. - disse a Luiza enquanto ia saindo do quarto.
- Bruno não estava mesmo?
- Claro que não, você atrapalho! - fui saindo do quarto e fui atras da Luiza.
Polegar narrando:
- Por que fez isso Bruna? - disse irritado e feliz ao mesmo tempo de saber que ele é interessado em uma menina!
- Como por que? O Bruno e muito novo, sei lá eles foram criados juntos.
- Foda-se vey, ele não tem nada de novo 14 anos já é um homem.
- Que homem o que Polegar? É um moleque.
- Beleza, mas não atrapalha mais meu filho jáe?
- Agora ele é seu filho?
- Ah Bruna não quero discuti mano, vou dormir. - disse saindo do quarto e como sempre ela veio atrás.
- Polegar sabe que dia é hoje?
- sábado?
- NÃO! Hoje eu completo 2 meses de gravidez!
- Hum maneiro. - meu celular começou a tocar e era uma menina que conheci no baile.
-atendendo-
- Alô.
- ei delicia.
- e ai.
- vem aqui em casa?
- amanhã já e? Flw tchau.
- ligação finalizada -
- Quem era Gabriel? - pergunto a Bruna.
- PH.
- oque ele queria? - ela estava desconfiada, peguei a toalha e entrei no banheiro e ela fico perguntando o que ele queria e eu a ignorei.
Gaby narrando:
Assim que o Bruno saiu atrás da Luiza eu fui atrás ver oque estava rolando entre eles, isso seria o maior babado da família eu não poderia perde.
Ela estava saindo de dentro de casa quando o Bruno a surpreendeu, eu sentei atras do sofá na sala e fiquei ouvindo a conversa dos dois.
- conversa -
- Espera Luiza, por que saiu deste jeito?
- Não quero que pense que esta rolando algo entre a gente.
- Ninguém vai pensar nada, por que não está.
- Nós somos primos Bruno, SÓ PRIMOS entendeu?
- Eu sei disso, quer dizer nem primos somos, mas não tá rolando nada para de bobeira.
- Tudo bem, vou pra minha casa já está tarde.
- Eu te levo.
- Não Bruno eu posso ir sozinha, é aqui perto. - por rápidos segundos eles ficaram calados, me levantei um pouco pra ver oque estava rolando e eles estavam abraçados, mas não era um simples abraço, eles se abraçaram de um jeito... Eu senti que estava rolando um sentimento ali, logo eles se soltaram e ela foi, eu me levantei rapidamente e entrei na cozinha pro Bruno não me ver, ele não ia gostar de saber que eu estava ouvindo a conversa deles.
Bruna narrando:
Enquanto o polegar tomava banho aproveitei pra olhar o celular dele, e ligar pro tal numero que tinha ligado pra ele.
- inicio da ligação -
- Já com saudades? - era voz de vadia, sim vadia.
- Aqui é a mulher dele sua piranha, o que você quer com meu marido vagabunda?
- Ah querida o que eu quero com ele e só com ele falow?
- vou descobrir quem é você sua arrombada, sai fora do Polegar tá ouvindo?
- Cala a Boca sua chifruda, achei que você não se importava, ele fica com a favela toda. - quando eu ia responder ela desligo nessa hora o Polegar saiu do banheiro, eu joguei o celular na parede a intenção era acerta ele, mas ele abaixo rapidamente.
- que isso Bruna?
- Que isso Bruna? Que isso Bruna? TO CANSADA DESSAS VAGABUNDAS TE LIGANDO GABRIEL, VOCÊ PERDEU O RESPEITO COMIGO MESMO VEY! - eu o empurrei.
- Você estava mexendo no meu celular?
- TAVA IDAI? - a Gaby e o Bruno entraram no quarto.
- Af qual o motivo da Briga agora? - perguntou a Gaby.
- Seu pai Gaby ta saindo com todas as piranhas do complexo.
- ele sempre fez isso. - disse o Bruno.
- Sai vocês dois daqui que eu quero conversa com a Bruna. - completou o Polegar o mesmo já estava nervoso.
- EU NÃO QUERO CONVERSA.- eu sai do quarto gritando.
E o Polegar veio vindo atras, eu aumentei meus passos e ele aumento também, eu sai de dentro de casa e fui andando rapido pela rua, eu estava com muita raiva dele, não estava afim de conversa.
- Bruna espera. - ele gritou com raiva e eu não respondi e continuei andando, ele veio mais rapido e me segurou pelo braço.
- ME SOLTA POLEGAR, VAI IR VER SUAS VADIAS.
- para de gritar porra! E vamos voltar pra casa agora. - ele disse me puxando pelo braço, todos ficaram olhando, vizinhos como sempre adoram uma confusão, principalmente quando se trata do polegar.
-OQUE VOCÊS ESTÃO OLHANDO? NUNCA VIRAM UMA BRIGA DE CASAL NÃO? - eu disse as pessoas que estavam olhando e o Polegar aperto meu braço.
- isso é culpa sua, fica fazendo show.
- show? Você tá me traindo cara! - disse enquanto entravamos em casa.
- Você acredita em tudo oque te dizem bruna, seu mal é esse.
- Gaby fala pro seu pai o que você me disse naquele dia que brigamos. - o Polegar olhou com olhar desconfiado pra ela.
- Eu? Não lembro o que eu disse. - ela se fez de desentendida.
- Você me disse que seu pai me trai com todas.
- mas é o que dizem. - ela disse de cabeça baixa.
- mas não é verdade. - mentiu o Polegar.
Como não é Gabriel? Eu ouvi muito bem o que essa mulher disse, serio mesmo CHEGA.
- vai fazer o que Bruna? Quer termina, termina. - ele já estava nervoso.
- tá vendo só, você não se importa nem comigo nem com seu filho.
- eu me importo, mas oque eu posso fazer caralho?
- NADA VOCÊ NÃO PODE FAZER NADA. - sai do quarto e fui pro quarto do Bruno e me tranquei lá, não quero conversa com ninguém.
Polegar narrando:
- por que disse isso a ela Gaby?
- por que é o que dizem e você sabe que é verdade.
- filha aprende, todos homens traem e sempre iram trair, por mais linda por mais perfeita que a mulher for, o homem não dispença um pente&rala entende?
- não concordo com isso. - disse o bruno.
- claro que não, você vive num mundinho que não existe. - eu disse.
- tudo bem gente, vocês não vão começar a brigar agora né? - disse a Gaby.
- não filha, agora falando em mundinho, quando volta a suas aulas?
- segunda. - disse o Bruno.
- fala serio que a gente vai ter que ir pra aula mesmo? já terminamos o ensino fundamental.
- exatamente o fundamental, não o médio e ainda tem faculdade. - eles deram um sorriso irônico e trocaram um olhar.
- só por que a gente mora na favela vocês tem que ser burro?
- você fez faculdade pai? - pergunto o bruno.
- não, mas eu era o melhor aluno na escola, mas não quero falar do passado. - eu nunca quero né.
Sai do quarto deixando os dois lá, já que eu percebi que eles não iriam desistir iam ficar perguntando e eu não gosto de falar sobre oque já passou, sai de casa e fui pra boca, chegando lá a Vitoria estava lá.
- Oh meu amor tá com problemas em casa?
- é a Bruna tá enchendo o saco.
- também velho a Bruna ta se fazendo de sonsa a anos, uma hora essa bomba explode. - disse o PH -
- Foda-se mano, não quero mulher enchendo o saco. - a Vitoria veio sentar no meu colo, mas eu levantei na hora e fui falar com a Amanda.
- koe Amanda tá fumando maconha desde quando? - eu nunca tinha visto minha irmã usar porra nenhuma.
- ah muitos anos, você que não repara as coisas mesmo. - sentei do lado dela e comecei a fumar também, aquilo me relaxava de uma forma inexplicável, pareci que todos meus problemas tinham sido resolvidos.
- problemas em casa Gabriel?
- como sempre né...
- não sei por que você e a Bruna continuam juntos, vocês vivem brigando, você não se da bem com seu filho e sua filha é uma estérica.
- eu também não sei, to cansado desta vida velho, to querendo ter minha vida de antes de volta, sem me preocupar com o que os outros pensam ou deixam de pensar.
- Então o que te prende aquela sem sal?
- Chefe - O PH disse nos interrompendo
- Falaê - Eu disse
- Lá no quartinho, é uma parada importante - Ele falou, se virando em direção ao quartinho, levantei e fiz o mesmo.
- Parece que vão invadir o morro - Disse o Fernando que já estava no quartinho nos esperando
- É, os caras passaram o radio aqui pra cima, dizendo que a PM tá armando uma invasão pesada - Completou o PH
- Quando?
- Hoje de noite provavelmente, temos que ficar em alerta.
- Tô ligado - Conversamos um pouco, dei algumas ordens básicas e sai do quartinho, já estava escurecendo e resolvi voltar pra casa.
Chegando lá, entrei no quarto, a Bruna estava dormindo, eu não sei porque lembrei rapidamente da nossa história, eu estava praticamente decidido a terminar tudo... Entrei no banheiro e tomei um rápido banho.
- O morro vai ser invadido, então você já sabe que é proibido vocês saírem de casa - Falei saindo do banheiro, a Bruna já estava acordada
- O Bruno saiu - Ela falou praticamente estérica pra variar
- Liga pra ele - Falei saindo do quarto, sai de casa e fui direto pra boca.

Bruno narrando:
Conversei um pouco com a Gaby depois que o Polegar saiu de casa, fui para o meu quarto e liguei pra Luiza

-Inicio da ligação-
- Fala Bruno
- Eu quero conversar com você sobre o que aconteceu
- Não temos nada a falar Bruno, você sabe, somos primos
- Por favor Luiza - Ela ficou em silêncio - Tô chegando aê
-ligação finalizada-
Sai rapidamente de casa, depois de avisar a Bruna. A casa da Luiza não é muito longe, então cheguei lá em pouco tempo. Bati na porta e ela logo veio abrir, linda como sempre

- Entra - Ela falou sem olhar nos meus olhos
- Eu vim abrir o jogo Luiza - Ela levantou a cabeça e ficou em silêncio - Eu sempre gostei de você
- Não faz assim Bruno, somos primos
- Para com isso velho, agente não é primo e você sabe disso
- Mas é como se fosse
- Do que você tem medo Luiza? - Falei me aproximando dela
- Eu também gosto de você, mas a Bruna nunca vai ser a favor disso, todos vão comentar
- Eu tô pouco me fudendo pra esse povo aqui do morro e a Bruna é como se fosse uma mãe pra mim, eu converso com ela e resolvo.
- Eu não sei, preciso pensar
- Pensar em que?
- Pensar em tudo - Fiquei em silencio - É melhor você ir pra casa, parece que vão invadir o morro.
- Tarde demais - Começamos a ouvir tiros, ajudei ela a fechar todas as portas e janelas e fomos pro quarto. Ficamos o tempo todo em silencio, não tínhamos absolutamente nada a falar, os tiros continuavam cada vez mais intensos, isso não era nada anormal nos dias em que invadiam o morro, nessas horas o Polegar deve ta matando dezenas de policiais que querem justiça, ele é idiota demais, as vezes eu me pergunto porque eu nasci filho do maior bandido do Rio Janeiro ou quem sabe até do Brasil ...
Aos poucos aquele barulho foi diminuindo, já era madrugada e resolvi voltar pra casa, a Luíza não estava nada confortável depois da nossa conversa, então eu resolvi respeitar. Cheguei em casa tava tudo escuro e a Bruna estava assistindo televisão, provavelmente esperando o Polegar chegar

- Oi Bruna - Falei me dirigindo ao sofá
- Oi - Ela falou limpando as lagrimas
- O que aconteceu?
- Eu e seu pai
- Ele é um idiota Bruna, você sabe disso - Falei me sentando ao seu lado - Cada vez eu fico com mais raiva dessa cara, como ele pode fazer isso contigo? Uma mulher que sem pre esteve ao lado dele
- Quando eu me casei com ele sabia exatamente como ia ser o meu futuro, a culpa é minha Bruno, não dele -
- Deixa disso, você sabe que a história não é bem essa - Falei. Um silêncio enorme tomou conta da sala, os primeiros raios solares começavam a entrar pela janela, dei um beijo em sua bochecha dela e subi pro meu quarto, estava exausto e preocupado com a Bruna.

''O Polegar é um monstro e infelismente eu sou filho dele''
Esse era o meu pensamento diário, que só inundava meu coração de tristeza e ódio talvez...

A Princesinha do MorroWhere stories live. Discover now