Toda baixinha tem seu gigante perfeito - Nova Versão

Lucas

A chuva cai do lado de fora, estou na casa do Paulo meu melhor amigo, estamos jogando conversa fora e resolvendo alguns assuntos da minha empresa, fiquei tanto tempo lá que eu acabei me esquecendo da hora, me despeço do Paulo e saio de sua casa, vou andando em direção ao meu carro, o ruim de ir na casa Paulo é lugar bem afastado e para ir até meu carro tenho que passar por um beco, quando estou saindo observo uma garota, ela esta com um guarda chuva pequeno tentando se proteger da chuva, quando ela me vê acelera seus passos.
Dou um sorriso de lado e vou em direção ao meu carro, quando ligo o motor percebo que a garota caiu, eu me sinto culpado por ter assustado ela, eu decido dar uma carona para ela, no começo ela hesita muito, mas acaba cedendo, deixo-a em sua casa e vou para minha, que menina linda, um olhar bem tímido uma graça de garota, mas que merda eu estou falando? Chego em casa e vou para o meu quarto, tiro minha camiseta ouço meu celular tocar, atendo ao ver o número do Paulo.

— E ai Mano o que houve? — pergunto.
— Lucas, acabou de acontecer uma treta aqui, uns caras acabou de encostar na minha goma e faltou mercadoria.
— Serio? Mano eu não vou poder ir aí agora, então se vira com o que tem.
— Parça eu não sei o que fazer, os cara tá me cobrando!
— Paulo, você deveria ter me avisado enquanto eu estava ai, então avisa para eles que amanhã eu estarei no meu escritório, fala para eles aparecer lá.
— Tá bom chefe.
— Paulo não vacila, esses meu clientes é muito importante, se chegar mais alguém aí, fala que tá sem mercadoria.
— Beleza.

Desligo o celular e me jogo na cama, esse Paulo as vezes vacila muito, levanto e vou até a cozinha, pego um copo de água, sinto umas suaves mãos tocar no meu ombro.

— Lucas — ouço a doce voz da minha mãe.
— Oi mãe, o que a senhora faz fora da cama? Tá se sentindo mal?
— Não meu filho, eu estou bem, eu ouvi seu carro chegando, muito serviço?
— Um pouco, vem vou levar a senhora para o seu quarto.
— Tá bom meu filho.

Coloco o copo na pia, minha mãe é uma senhora cheia de classe, mas por conta de um tumor na cabeça, ela está mais impossibilitada de sair e comandar as coisas.
Estou indo para o quarto junto com ela, ajudo minha mãe deitar, me sento na cadeira e fico a encarando.

— O que foi Lucas? O quê te preocupa tanto? — Minha mãe pergunta me encarando.
— Não é nada, só estou pensando no meu serviço.
— Lucas você tem que pensar em outras coisas fora o serviço, como sossegar e arrumar uma namorada, uma moça do bem que possa cuidar de você, porque uma hora eu não vou mais estar aqui.
— Ei dona Eloísa pode parar com esses pensamentos pessimista, eu não quero ter prejuízo por agora, eu tenho que cuidar da senhora.
— Meu filho uma hora você vai conhecer alguém especial, essa pessoa vai mudar a sua vida.
— Tá bom mãe — falo rindo dela — enquanto isso não acontece, eu fico de boa só pensando no trabalho.

Espero minha mãe dormi, vou para o meu quarto, descido ir tomar uma ducha antes de deitar, então a menina que eu dei carona veio na minha mente.
Que menina linda, com um olhar meigo e assustado, sua pele morena e cabelos  longos e cacheados, uma voz doce e tão calma, seu nome é igual a ela doce, Eduarda esse é o nome da baixinha perfeita pra mim... Mas que porra eu estou falando? Eu não posso querer me aproximar de uma garota tão nova igual a ela, mas eu tenho que dizer a baixinha é cheia de marra.
Me jogo na cama e fecho os olhos, logo aquele olhar meigo vem em minha mente, eu preciso tirar ela da minha cabeça, se não vou endoidar isso é uma coisa que eu não posso me dar o luxo agora, quando estou quase dormindo meu celular toca.

— Alou — falo irritado.
— Lucas, aqui é o Guinho meu chefe quer falar com você!
— Quem é seu chefe? — pergunto impaciente.
— Felipe.

Dou um salto da cama, mas o que o Felipe quer comigo essas horas?

— Lucas está aí?
— Já é mano passa para ele — respondo.
— Lucas, ando sentindo sua falta aqui — Felipe fala — você me deixou bem surpreso ao não entregar as mercadorias de hoje.
— Não tenho nada para você Felipe, agora se não se importa eu preciso desligar.
— Só vim avisar que eu estou na sua cola Lucas.
— Caguei para você Felipe, eu estou de boa.

Desligo o celular, que cara mais filho da mãe, fica ligando essas horas, eu sabia que não deveria ter me envolvido com esse canalha no passado, agora ele vai ficar atrás de mim até que eu volte a trabalhar para ele.
Volto a deitar na cama, então meu celular apita vejo uma foto da Eduarda de costa na janela do seu quarto, solto um suspiro longo, não posso deixa que uma garota inocente seja prejudicada por estar comigo na hora errada.