Duda

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Os dias tem passado bem rápido, mesmo longe Lucas vive me protegendo, Léo faz minha escolta todos os dias, eu acho legal da parte do Lucas querer me proteger, mas isso está ficando chato.
Estou em uma lanchonete acompanhada da Tiff e uns amigos, eu consegui fugir do Léo, sei que não deveria fazer isso, mas eu preciso ter um momento com os meus amigos.

— Então Eduarda — Giovanna pergunta com sua voz irritante — cadê aquele seu amigo que foi na festa da Tiff?
— Ele não é só meu amigo — respondo — ele é meu namorado.
— Quem diria que você desencalharia — Beto fala.
— Vocês são dois inútil — Tiff fala —eu chamei vocês aqui para falar sobre as ideia para o nosso passeio do terceirão, e não para cuidarem da vida da Duda.
— Bom — falo observando eles — nós podemos ir para um parque aquático.
— Parque aquático?
— Sim — respondo — vai ser ótimo três dias sem aulas e só diversão.
— Ótima ideia.

Ficamos conversando sobre os planos do passeio escolar, estou muito distraída ouvindo a conversa deles, Gio e o Beto decidem ir embora, peço um lanche e um de laranja, Tiff esta me observando.

— Então, você não me disse o que houve com você e o Lucas! — Tiff fala tomando um gole da sua coca.
— Eu perdi minha virgindade com o Lucas — falo — ele foi perfeito.
— Amiga — ela fala em um tom de surpresa — não sei se confio muito no Lucas.
— Eu em Tiffany, o que foi que o retardado do John te falou?
— Ele disse que o Lucas é suspeito de ter mandado executar a própria irmã e também ser um traficante barra pesada.
— Isso que o John te contou é tudo mentira, o Lucas já mais iria fazer mal para a própria irmã dele.
— Mas mesmo assim ele é um traficante.
— Tiffany, o Lucas não é nada do que o John falou, acredita em mim, o Lucas é um homem de bem.
— Se você diz ok.

Tiff não parece muito convencida, o John me paga por inventar mentiras a respeito do Lucas.
Já está tarde estou indo embora para casa, a rua está um pouco deserta, continuo andando quando estou chegando perto de casa um carro preto me fecha, quando estou prestes a sair da frente do carro um homem armado desce gritando.

— Entra no carro se não eu atiro.

Ele está com a arma apontada na minha cabeça, faço o que ele manda, entro no carro sem reação, algumas lágrimas estão caindo, será que agora eu vou morrer?
O carro para outro homem entra no mesmo, ele começa amarrar minhas mãos, com uma fita ele tampa minha boca.

— O Lucas é um otário em deixar a mina dele desprotegida e sozinha — o homem que está dirigindo fala.
— Otário é pouco mano — o que está ao meu lado responde — essa garota é nosso bilhete da sorte.
— Bilhete é pouco, mas tenho que confessar o lazarento arrumou uma mina bonita.

Eles soltam uma gargalhada, estamos nos afastando da cidade, meu celular começa a tocar, meu coração acelera um dos bandidos aponta a arma em minha direção, ele paga o celular abre um sorriso.

— Olha só — ele fala — foi só falar no otário que ele liga, você não deveria ter dispensado a escolta que te deu bonequinha, você está muito ferrada.

As lágrimas continuam a caírem, o carro para em frente a uma casa velha, eles me puxam com brutalidade, ao adentrar da casa velha, meu estômago revira em ver a sujeira, como alguém consegue viver nessa sujeira?
Eles me trancam em um quarto escuro e fedorento, por que eu fui teimosa? Espera aí penso, se eles sabiam que eu tinha uma escolta, quer dizer que eles estavam me vigiando, com toda certeza eles devem conhecer o Lucas, será que eles são amigos do Felipe? Não, o Felipe não iria querer se meter com o Lucas assim.
Estou tentando soltar minha mão, mas é impossível, a porta do quarto se abre, vejo outro homem, esse eu não sei quem é, mas ele não é estranho.

— Finalmente vamos nos conhecer Eduarda — o homem falar tirando a fita da minha boca.
— Quem é você? O que você quer comigo?
— Tenho certeza que o Lucas falou de mim para você.
— Se ele tivesse falado eu não estaria perguntando.

Ele se irrita, ele fecha a mão e me dá um soco no rosto, o gosto de sangue a minha boca, eu poderia chorar, mas não vou dar esse gostinho para ele, cuspo em seu rosto, o mesmo se irrita.

— Vagabunda como ousa, eu vou te espancar e te matar, só que ao invés de joga-lá numa vala, vou desmembrar seu corpo e entregar para o Lucas em uma mala.

Esse homem é o Paulo, meu coração está batendo forte, o Lucas não merece sofrer tanto, o homem se aproximar ele começa abaixar minha calça, estou lutando contra ele, mas o mesmo é mais forte que eu, as lágrimas vem em meu rosto, eu não posso morrer, e nem deixar me estrupar, meu Deus me ajude.
Paulo está começando a retirar minha calcinha, percebo que ele parou, ouço um barulho de coisa se quebrando, minha mente está atordoada, meu coração a mil, de repente sinto uma tontura acabo desmaiando.

Toda baixinha tem seu gigante perfeito - Nova VersãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora