SasuSaku - O Recomeço #Wattys2016

Chapter 32.

Sakura estava com a cabeça no ombro da amiga enquanto Hinata fazia carinho em seu cabelo.

— "Hinata? Hinata?" — a Hyuuga se afastou bruscamente, recebendo o olhar interrogativo.

— Há alguém na minha cabeça! — disse assustada.

— Alguém na sua cabeça? Hinata, fica calma! — falou a amiga.

— "Sou eu, Shikaku." — a voz continuou insistindo.

— Kami-Sama! O pai do Shikamaru está dentro da minha cabeça!

— O pai do Shikamaru? — Sakura questiona.

— "Nesse momento, eu preciso que você tenha calma, Hinata!" — a garota assentiu, embora atordoada — "Primeiro quero que me diga, Naruto e você estão juntos?"

— Claro que estamos.

— "Ótimo. Quero que repasse pra ele exatamente o que te direi: estamos em guerra!"

— Guerra?! — ela encarou Sakura, e foi o suficiente pra rosada entender.

— Aí kami!

— "Vocês têm que voltar, não podemos nos preocupar com Sakura e Sasuke nesse momento!"

— Não, sem problemas. Eles estão com a gente agora.

— "Então venham para cá o mais rápido que puderem!"

— Estamos muito longe, não sei quanto tempo demoraremos pra chegar por terra.

— "Onde vocês estão? Mandarei alguém!"

— Na antiga casa de Sakura e... 

— Não, Hina. Não pode dizer pra eles onde é a casa do Ita-nee! — intervei-o Sakura.

— O...o campo aberto onde viram Sakura pela primeira vez. Estaremos lá. Mande alguém!

— "Mandarei Shikamaru e Sai. Fiquem no aguarde!"

— O-ok...

E então se fez o silêncio. Sakura encarou Hinata, e as duas se levantaram. Desceram o mais rápido que puderam com seus corações aflitos.

— Sasuke-Kun?! — chamou Sakura.

— Naruto-Kun?! — Hinata fez o mesmo. 

Em menos de dez segundos os garotos aparecem. Sasuke saindo do quarto e Naruto vindo da sala.

— O que aconteceu? — Naruto é o primeiro a questionar. 

— A guerra... estamos em guerra! — diz Naruto. 

— O que?! Claro que não. Tobi nos disse que Madara...

— Não importa o que ele disse. Shikaku entrou em contato com Hinata. A guerra começou. — diz Sakura interrompendo o moreno.

— Ele entrou na minha cabeça, Naruto-Kun... estou com medo. Meu pai e a Hanabi estão na Vila. — a Hyuuga desmancha em lágrimas, não conseguindo conter seu desespero.

— Não se preocupe, Hina. Vamos chegar a tempo. — Naruto foi atè ela abraçando — Vai ficar tudo bem, eu vou proteger você.

A rosada suspirou pensando em seus dois lados do coração. De certo modo era a vila de konoha, era Suna e as outras vilas. E ela queria proteger. Mas por outro, era Itachi.

Itachi estaria lá?

Estaria lutando?

O medo de ter que enfrenta-lo era tão amassador e doloroso, que ela nem se deu conta que estava chorando até Sasuke tocar seu ombro. Ela o encarou por um segundo, e depois empurrou seu braço saindo dali. Entrou no quarto do nukenin ao qual chamava de irmão, se ajoelhou ao lado da cama e puxou de lá uma caixa.

Sempre teve curiosidade de saber o que tinha ali, mas havia prometido que só a abriria em extremas emergências.  E essa, era com certeza uma emergência. Para sua surpresa, ao abrir a caixa pôde ver muitas shurikens, kunais, papel bomba e uma espada.

— Acha que posso ficar com essa? — era Sasuke na porta. Sakura não o encarou —A akatsuki confiscou a minha.

A rosada não responde, então Sasuke se aproxima tocando a lâmina e a tirando na caixa. Sakura continuou ali de joelhos vasculhando tudo até que percebeu uma parte do fundo levantada. Ao puxar acaba descobrindo um fundo falso.

— Mais segredos... — murmura.

Ela tira de lá uma caixa menor que tinha uma folha de papel com apenas dois nomes.

Sakura Haruno...

Sasuke Uchiha...

— O que é isso? — pergunta Sasuke se aproximando.

— Haruno... já ouvi isso antes. É o meu sobrenome. Itachi sabia e não me contou.  — magoada, ela suspira e pega o álbum que tinha dentro da caixa. 

LEMBRANÇAS estava estampado na frente do álbum. Virou a primeira páginas e viu várias fotos dela com uns oito anos, mais velha e até depois dos dez. Surpreendentemente, nenhuma sobre seu consentimento. Fotos tiradas a distância durante vários momentos.

— Ele cuidava de mim até quando eu não o via... — limpou o rosto com a palma das mãos e virou outra página.

Para sua surpresa, não reconheceu a proxima criança. Diferente dela, essa tinha cabelos negros. Fotos tiradas de todo lugar e em vários momentos. Andando pela vila, no exame chunnin, em casa, dormindo, comendo. Em todo lugar!

Num ato desesperado, Sasuke tira o objeto de suas mãos o olhando atordoado.

— S-Sou Eu...

— Sasuke? Sakura? — Naruto entra no quarto e Sakura o encara enquanto Sasuke mantinha os olhos no álbum — ha desculpa, não queria atrapalhar vocês.

— Não atrapalhou nada. — a rosada se levanta.

— Precisamos esperar Shikamaru e Sai no Campo. — diz Naruto.

— Tudo bem. Encontramos vocês lá fora.

— Não demorem. — diz o loiro e sai.

Sakura assente e encara o moreno que ainda estava de olho no álbum. Ela volta a se ajoelhar e tira o álbum de suas mãos. Sasuke a encara franzino as sombracelhas, e a rosada pega em sua mão o colocando de pé.

— Não é a hora, Sasuke-Kun. Precisamos ir agora.

— Você estava certa... — ele murmura abaixando a cabeça.

— Ei... — a rosada levanta sua cabeça, fazendo-o a encarar — Não importa. Devia se sentir bem com isso. Ele te ama, assim como eu.

— Sakura... — ele engoli em seco suas próprias palavras.

— Temos que ir agora, Sasuke-Kun.

O moreno assente e segue a rosada pro lado de fora da casa. Naruto e Hinata já estavam por lá. A Hyuuga chorava sendo amparada pelo loiro, quando Sakura se aproximou e tocou o ombro da amiga.

— Vai ficar tudo bem, Hina. Vamos salvar todo mundo. — diz determinada.

— Eu não quero perder ninguém, Saky.

— Acontece que eu também não, então, se recomponha e vamos lá, amiga!

A Hyuuga assente, mas quando foca em seu amado seus olhos enchem de lágrimas novamente e ela o aperta num abraço.

— Naruto-Kun, se você...

— Não se preocupe, minha Hina-Chan, eu não pretendo morrer antes de virar Hokage.

— Você promete?

— Prometo, Hina. Agora, vamos andando para encontrar com Sai e Shikamaru. — diz Naruto passando na frente de mãos dadas com Hinata.

Sakura seguindo logo atrás e Sasuke ao seu lado. Não trocaram uma palavra até chegarem lá.

Continua...