Prólogo

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Quatro anos atrás...

- Não chore Elise, não torne as coisas mais difíceis do que ela já são.
- Não vai Enzo, por favor. Só falta mais quatro meses para outono e eu não vou ser mais uma colegial. Me espera só mais quatro meses e poderemos ficar junto. - Ela segurava em meus braços me forçando a olha-la, aquilo estava acabando comigo. Mas eu não podia ficar não podia ficar com ela, ela era uma criança e isso era errado de todas as maneiras. Eu não queria que ela sofresse. Ela era tão forte e vê-la frágil em meus braços me suplicando, estava me cortando em mil pedaços. Eu precisava fazê-la me odiar só assim ela me esqueceria. Sei que essas palavras provavelmente me assombrariam para o resto da vida, mas eu teria que usá-las, ela tinha que seguir em frente, e teria que fazer isso sozinha.

Pego suas mãos que estavam trêmulas e suada, devido seu estado de choque, e as tiro de mim, não tive nenhuma intenção de ser delicado, apenas as arranco brutalmente de mim, aquilo com certeza doíam mais em do que nela. Ela me olha assustada como se aqui não fosse real.

-Chega Elise! Já aguentei demais seu chorinho de adolescente mimada, supera. Eu vou embora e mesmo que não fosse nunca iria ficar com você. Você é uma criança para mim, nada mais. Para de criar ilusões sobre nós. Pois nunca haverá um nós. Já tive paciência o bastante com você, já estou no meu limite, não sou babá para aguentar suas criancices nem seu amigo para aturar sua infantilidade. -Falo o mais rude que consigo, pois ser rude não era fácil para mim.

Seus olhos eram com uma Cachoeira em época de cheia, esbanjavam águas descontroladamente.

-Mentira Enzo. - Ela gritava exasperada. Seu desespero era sincero sem qualquer tipo de exagero ou hipocrisia.

-Diga que isso é mentira Enzo, eu sei que você também gosta de mim.

- Para de se iludi, não sinto nada por você, a não ser pena. Pena é tudo que sinto por você criança. Eu tentei ser paciente com você, mas já basta. Para de agir como uma lunática desesperada vê se cresce Elise.

- Você não é Assim! Sei que está fazendo isso para que eu te odeie e não sofra com sua partida, mas eu entendo meu amor, eu entendo. Só me diga para eu te esperar, e eu te esperarei não me importo com o tempo só diga que você vai voltar. Só isso e eu vou te esperar o tempo que for preciso.

Meu Deus aquilo era demais para mim, senti minhas lágrimas vindo em alta velocidade com chamas de fogo em minha garganta e tive que dar tudo de mim para controlar, não iria mesmo me quebrar na frente dela, pois isso estragaria tudo. Eu só queria abraça-lá e dizer que tudo ficaria bem, que eu iria voltar. Mas eu fiz algo que nem mesmo eu me perdoaria pelo resto de meus dias.

Segurei-a pelos ombros com força, só o suficiente para ela sentir minha irá, aquela que eu fingia ter.

- Eu tenho nojo de você garota, pensei que fosse mais esperta. Não quero ter nada com você nem hoje nem nunca. Você nunca será boa o bastante para mim. Agora nem se quer pena consigo sentir de você, só sinto asco.

Senti a pressão de sua mão em meu rosto e percebi que tinha feito um excelente trabalho.

-Parabéns professor, você conseguiu. Conseguiu-me fazer senti por você todo o oposto do que sentia segundos atrás. EU TE ODEIO ENZO, TE ODEIO! - ela gritou aquelas palavras que me cortaram como facas afiadas, me portando ate a divisão da alma. Eu precisava que ela saísse, pois eu não conseguia controlar aquela avalanche de sentimento que estava fervendo dentro de mim. Ela vira de costa para mim e vai embora é eu me sento no palco com as pernas trêmulas, e deixe aquelas lagrimam quentes que estavam me queimando por dentro saírem rasgando de dentro de mim, em toda minha vida aquilo tinha sido o pior sentimento que já senti, doía muito, me senti fraco,pequeno, como se estivesse carregando o peso do mundo em meus ombros, deixo minha angustia vazar pelos meus olhos e me entrego a minha miséria.

Sky of Gold (SEM REVISÃO )Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt