Vicky

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Eleonor - Você deve estar enganada, Paulo Fiore é meu pai, casadissimo com a minha mãe a mais de 20 anos. - Falei nervosa e espantada com sua aparência semelhante a minha.

XX - Olhe pra mim somos parecidas, cabelos pretos lisos, cor da pele, seu formato de rosto parece com o meu. Isso me leva a crer que nosso pai pulou a cerca. Mas será que dá pra você chamar ele aqui ou me deixar entrar?

Eleonor - Essa semelhança não quer dizer nada, eu não te conheço e eu to no meio da minha festa de aniversário. Por que te deixaria entrar - Gritei

XX - Deixa-me entrar, por favor, vim de longe atrás do meu pai, prometo que vou sentar em um canto e esperar os seus convidados irem embora não quero estragar a sua festa, mas eu só quero e preciso falar com o meu pai.

Eleonor - Entra antes que eu mude de ideia, mas Olha aqui se você estragar minha festa eu vou pessoalmente arrancar fio por fio desse seu cabelo, ouviu garota? - Falei a encarando nos olhos.

XX - Creio que isso não será necessário, eu cumpro a minha palavra e você cumpre a sua parte de me deixar falar com o meu pai e todas saem ganhando no final fofa.

Sai da frente e deixei-a entrar, ela cumpriu o combinado e sentou no sofá sem fazer escândalo nenhum e ficou mexendo no celular, alguns amigos do Pedro deram em cima dela, mas ela enxotou todos eles.

Pedro - Quem é aquela garota Eleonor? Ela é sua amiga?

Eleonor - Espera o pessoal ir embora que você saberá.

Pedro - Iiihh, isso não ta me cheirando bem.

Eleonor - Eu sei, só vamos manter a calma e aproveitar a minha festa, esse é o meu momento maninho nada pode atrapalhar- Falei pegando o copo que estava na mão dele e virando na boca.

Pedro - Acabou de virar um copo de tequila sabia disso?

Eleonor - Eu percebi, mas não ligo, vamos dançar vem - falei e fui puxando ele.

Não deixei aquilo me abalar, peguei algumas bebidas e puxei o Pedro pra dançar comigo e a Fernanda e o Nathan, aquele era o meu dia, nada mais importava. Quando deu uma hora da manhã, os convidados já estavam indo embora. No final só havia, a Fernanda e o Nathan lá em casa.

XX - Será que posso falar com o senhor Paulo agora?

Eleonor - Agora você pode. Vou chama ló espera aí.

Fui atrás do meu pai que estava no escritório junto com a minha mãe bebendo uísque.

Eleonor - Papai, tem uma garota querendo falar com você lá a sala.

Paulo - Mas filha está tarde, não seria melhor deixar pra amanhã?

Elena - Se a menina está aqui agora, vamos lá saber do que se trata, anda Paulo.

Meu pai levantou com a maior má vontade do mundo, minha mãe veio atrás e por fim, estava à família toda na sala.

Paulo - Então menina, do que se trata?

XX - Não se lembra de mim?

Paulo - Eu deveria lembrar?

XX - Talvez, mas sei de um nome que você vai te lembrar, Susan Miller.

Paulo - Susan Miller trabalhou em minha empresa há 20 anos atrás. - falou espantado.

Xx- Eu sabia que você ia se lembrar, mas você esqueceu só de um detalhe, vocês tiveram um caso e pouco tempo depois, Susan saiu da empresa sem dar explicações, e então nove meses depois eu nasci. Eu sou Victoria Miller Fiore. É um prazer te conhecer papai.

Paulo - Eu não acredito isso é impossível.

Victoria - Eu trouxe uma carta que minha mãe escreveu pra você, mas nunca enviou, foi o que me trouxe até aqui. Foi onde descobri que você era meu pai.

Elena - Me deixa ler isso, eu não acredito Paulo que você tenha me traído - Gritou.

Paulo - Éramos jovens demais quando nos casamos, foi uma infantilidade minha na época Elena.

Elena - Sua infantilidade gerou uma filha fora do casamento Paulo, e isso eu não vou aceitar nunca - Gritou e tacou um vaso de porcelana na parede e foi andando em direção ao quarto.

Victoria - Eu não queria trazer problemas eu juro, eu só queria te conhecer... - interrompi

Eleonor - Então, ela é mesmo sua filha pai?

Paulo - Sim, eu tive um caso há 20 anos trás com a Susan e do nada ela sumiu e parou de dar noticias agora eu entendi o porquê, ela não queria acabar com o meu casamento.

Victoria - Ela não queria destruir uma família, e ela guardou esse segredo até o final de sua vida. - lagrimas rolaram por seu rosto.

Paulo - Vicky? Tudo bem se eu te chamar assim? Faz quando tempo que a Susan morreu?

- Vicky - Dois messes, ela morreu em um acidente de caro, desde então eu sou sozinha, até que a um mês eu achei aquela carta e resolvi vir trás de você, eu não quero ser sozinha no mundo pai. - Chorou.

Eleonor - E você não será sozinha, agora você tem uma irmã e um irmão também, vai ficar tudo bem - Nós abraçamos.

Pedro - A Eleonor está certa, você pode ter perdido a sua mãe, mas a partir de agora, você tem seu pai e dois irmãos.

Paulo - Eu preciso ver a Elena, ela não aceitou muito bem essa historia toda. - Alguém interrompeu.

Elena - Eu não tenho que aceitar nada, pra mim chega, Paulo acabou - Gritou.

Paulo - Por favor, Elena, vamos conversar.

Elena - Nós vamos conversar... Mas juntos com os meus advogados.

Eleonor - Mãe pra onde você vai com essas malas?

Elena - Não sei minha filha, mas de baixo do mesmo teto que o seu pai eu não fico, adeus Paulo. - Disse ao Bater a porta.

EleonorWhere stories live. Discover now