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A música clássica vindo de seu toca disco ecoava pelo quarto pequeno de Addams, que ficava no lugar mais alto da casa, iluminado por uma janela circular como a de seu dormitório na escola, mas sem os plásticos adesivos dividindo o mosaico. Às vezes acordava e só queria ver de novo aqueles reflexos coloridos no chão de madeira.
Ainda tinha sua cama de infância, com um polvo desenhado na pezeira de madeira escura, uma mesa pequena também de madeira à frente, encostada na parede, um guarda roupa no canto, mais uma mesa com seu toca discos, um baú no canto e um quadro com uma página de jornal. Ela não precisava de mais nada. Quanto menos coisas ocupassem o quarto, melhor ela respirava.
Já vestindo o uniforme da escola, as tranças morenas de sempre caindo sobre seus ombros e a franja bem penteada, Wednesday estava sentada em frente a sua máquina de escrever, também na frente do quadro com uma página de jornal, enquanto folheava o livro que estudou durante as férias inteiras.
Começou a estudar mais sua mediunidade, com todas as técnicas no livro de Goody, não tinha como aquilo tomar controle dela. Quando conseguiu total controle sobre seu dom, uma obsessão do passado voltou como uma forma de aproveitar seu tempo em casa e só provar que suas visões estão muito bem controladas. Ela nem sabia exatamente a quem queria provar, mas provaria, de qualquer maneira.
Sua obsessão pelo Escalpelador de Kansas City começou ainda na infância, aos 6 anos já sabia todos os detalhes do caso. É o assassino em série mais furtivo dos Estados Unidos, ela conseguia contar cada vítima dele e, agora, conseguiria localizar ele. Bastava encontrar qualquer objeto que tivesse estado na cena do crime, isso já lhe daria um ponto exato para começar a busca. E foi exatamente isso que Mãozinha fez.
A vítima número 11 acabou deixando sua bola de boliche cair ao ter sido raptada, e, com ela em mãos, logo tinha o Escalpelador em mira.
Seu maior obstáculo foi atravessar o detector de metais do aeroporto. Mas, uma vez chegando a Kansas City, nada poderia detê-la. Ou, pelo menos, era nisso que ela acreditava. No primeiro contato com o assassino tão procurado, uma visão tomou sua mente, não uma das que ela havia preparado, mas algo muito mais forte.