Capítulo 37 - Amigos e amores

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Eu demorei? Sim! Eu caprichei? Sim! Ficou bom? Espero que sim!

Gente, se alguém faz esgrima e encontrou alguma informação que não procede, peço perdão, mas eu assisti a uns vídeos na internet para poder escrever a cena e foi o que entendi do espanhol do cara e pelas minhas observações... Rsrs! Era para ser maior, mas eu vou escrever as outras informações com mais detalhes no próximo. Beijos e abraços!

Capítulo 37 - Amigos e amores

        A rainha dos fadens estava impaciente aguardando o retorno de Lúcio e de sua neta. Havia muitos problemas para resolver. Estava em pé na sala de uso particular do rei, não pela falta de cadeiras, mas pelo nervosismo. Mal ele passou pela porta ela anunciou:

- Lúcio, eu devo ir agora mesmo.

- Mas Majestade, e sua neta? Não é melhor ficar ao menos para comer conosco?

- Aurora é o principal motivo. Os fadens precisam do meu pronunciamento. E eu vou mandar o Eli trazer algo para ela. Ele disse para algum guarda seu se estaria no Reino Encantado ou no Bosque?

- Não, ele se afastou do grupo durante as buscas.

- Sem avisar? Estranho. Bom, ele vai aparecer logo e vou pedir que traga o espelho de Aurora.

- Nós temos muitos espelhos por aqui, não se preocupe.

- Ainda assim, é muito importante para mim, Lúcio. Vou deixar na casa que você providenciou para ela.

- É a antiga casa do Abner. Pode deixar lá, então.

- E ela vai se mudar quando? Hoje mesmo?

       Lúcio ficou sem graça. Esperava que a rainha simplesmente não tocasse nesse assunto. O que ele poderia dizer? Que estava tentando aproximar a Aurora do próprio filho? Que gostaria que ela passasse alguns dias com eles? Lúcio não sabia se Solange iria aprovar, mas queria muito a moça como nora e queria apenas o bem de seu povo.

- Ainda preciso garantir a segurança dela como plebeia morando sozinha no meu reino. Seus dons foram ampliados, está separada de tudo e de todos. Muito confusa, perdeu a mãe. Acho que precisa ficar mais um tempo com a família. É o melhor para ela.

- Ficar por aqui? Não seria inconveniente? Ninguém sabe que é sua sobrinha!

- Não a quero em qualquer lugar. Ela ficará bem e eu mesmo vou providenciar sua proteção. Não se preocupe.

- Talvez... Seja o melhor para ela. Não é bom que fique sozinha. Então... Quero retornar bem cedo pois sei que Estela vai acabar fazendo alguma loucura para ver a prima e não posso deixar o Reino Encantado sem alguém no comando.

- Insisto que coma conosco. Em breve irei me juntar a todos. Quero apenas conversar com o Vicente antes de descer. Creio que seus netos ficarão muito felizes.

       Solange assentiu com a cabeça e o rei sorriu, verdadeiramente contente por tê-la convencido.

***

        Aurora não conseguia disfarçar a alegria por ter conversado com Felipe. Estava radiante. Essa felicidade acentuou sua beleza, devidamente contemplada durante o trajeto do jardim até o salão onde eram realizadas as refeições. Rosa, a beldade sem títulos, era o assuntou favorito entre os guardas. Alguns acreditavam que Henrique estava por trás daquela estadia. Uma qualquer no palácio, pobre, sem família e linda em cada detalhe. O fato de Vicente tê-la trazido dava mais credibilidade a essa hipótese, pois o gentil cavaleiro fazia as vontades de Henrique. Havia apostas de alto valor a respeito do tempo que demoraria até o mais belo de todos se cansar da moça. Era até mesmo um desejo secreto, visto que depois de desdenhada, eles gostariam de conquistá-la. Ao contrário de Branca de Neve, ela era uma mulher que além de exuberante, estava acessível a qualquer um.

O Conto dos Contos - A origem dos contos de fadasWhere stories live. Discover now